Home / * PORTAL / MAR ABETTO | Artista pobre, artista rico, o adeus a Jô Soares e Sirmar Antunes
Foto: Boca Migotto

MAR ABETTO | Artista pobre, artista rico, o adeus a Jô Soares e Sirmar Antunes

por Boca Migotto

Começo explicando que parte deste texto foi escrito a pedido do editor de Zero Hora, Daniel Feix, como uma espécie de homenagem ao ator gaúcho, Sirmar Antunes, morto no sábado, 6 de agosto, de forma inesperada.

Agora, na minha coluna, podendo desenvolver um pouco melhor, optei por aproveitar a homenagem para refletir sobre a condição do artista brasileiro. Para isso, decidi aproximar Sirmar Antunes de Jô Soares, pois ambos morreram quase juntos. Jô na sexta, dia 5 de agosto e Sirmar, como vimos, no sábado. Dito isso, inicio esta coluna com parte do texto publicado em ZH, no dia 13 de agosto, último sábado.

Perdemos um gigante. Um gigante que, há dois meses, frequentava minha casa diariamente. Ao contrário do que o leitor possa entender dessa afirmação, no entanto, devo esclarecer que, infelizmente, o Sirmar nunca pisou, presencialmente, na minha casa. Não éramos tão próximos. Obviamente, conhecia ele, conhecia sua carreira e tínhamos inúmeros amigos em comum. Mas nunca trabalhei com o Sirmar, não nos frequentávamos pessoalmente e, na verdade, poucas vezes tive o privilégio de conviver com ele. O que é lamentável. Mesmo assim, em especial nos últimos dois meses, Sirmar frequentava minha casa com relativa insistência.

Leonardo Machado – este sim, amigo próximo e habitué dos churrascos lá em casa – também ator e que também nos deixou prematuramente, sempre me perguntava: “o que tu preferes, Boca, uma boa morte ou um legado?” A resposta a essa pergunta, acredito, se traduz através da vida e obra do Sirmar Antunes e do próprio Leo. De certa forma, é inerente à capacidade inata dos artistas da interpretação de tornarem-se próximos e eternos. O Leo já nos deixou há quatro anos. O Sirmar há pouco mais de uma semana. Ambos compartilharam os sets de filmagem, juntos, inúmeras vezes. E por conta disso, ambos serão lembrados, também, através dos personagens que viveram no cinema.

Foi assim que Sirmar frequentou minha casa nos dois últimos meses. Na pele de inúmeros diferentes personagens nos filmes do diretor Tabajara Ruas. Isso porque, envolvido na realização do documentário A próxima estação de Tabajara Ruas (Boca Migotto, 2022), revisitei toda sua obra e, dessa forma, acabei por me aproximar também do Sirmar.

A ideia deste documentário, o qual fui convidado pela Cinemateca Paulo Amorim para dirigir, era homenagear Tabajara Ruas, que estava (está) completando 80 anos de vida. Após a morte inesperada de Sirmar, no entanto, não deixa de ser, também, uma homenagem ao nosso “lanceiro negro”. No lançamento do documentário, na terça-feira, dia 9 de agosto, Sirmar – assim como o próprio Leo – foi lembrado por todos presentes. Pudera, ele está em todos filmes de Tabajara Ruas e já estava escalado para o próximo. Entretanto, Sirmar vai muito além. E poderia ir, ainda, muito mais. Caso não tivesse que lutar com a sua própria condição de brasileiro desprivilegiado antes de dedicar-se a própria carreira. E aqui entra Jô Soares, nosso contraponto. Antes, porém, é importante afirmar que não quero diminuir a grandeza de um artista como Jô Soares por conta do seu privilégio. Entretanto, é importante que façamos essa reflexão.

Também artista, também morto recentemente, Jô foi homenageado de todas as formas possíveis – e merecidas. Nas minhas redes sociais, talvez, a principal das homenagens foi de conhecidos que postaram fotos ao lado dele, tiradas quando participaram, como entrevistados, do seu tradicional Programa do Jô. Eu considero um tanto esquisito esse negócio de postar fotos ao lado do homenageado para, justamente, homenageá-lo. Fica parecendo que a tal homenagem é um tanto quanto autocentrada, tipo “viram, EU o conhecia”. Mas enfim, tem coisa muito pior por ai e já faz tempo que deixei de tentar compreender as atitudes humanas após a massificação do uso das redes sociais. Voltemos ao Jô.

Jô Soares nasceu rico. Filho único do empresário paraibano Orlando Heitor Soares e da “dona de casa” Mercedes Pereira Leal, já carregava no seu sangue o DNA do privilégio. Seu bisavô por parte de mãe, Filipe José Pereira Leal, foi diplomata e político no Brasil Império, tendo sido, também, presidente da Província do Espírito Santo, enquanto que seu tio-bisavô (existe isso?) paterno, Francisco Camilo de Holanda, foi presidente da Província da Paraíba. Seu pai morreu pobre – até onde um privilegiado no Brasil pode chegar na sua pobreza – mas, ao longo de praticamente toda vida, foi extremamente rico. Para se ter uma ideia da fortuna dele, Jô frequentava o Copacabana Palace como se fosse sua casa. E, de certa forma realmente era, pois o pai de Jô possuía diversos apartamentos no hotel mais luxuoso no Brasil da Velha República. Lembrando que nessa época o Rio de Janeiro era a capital do país. Segundo matéria publicada na revista Carta Capital, assinada pelo jornalista Luis Nassif, Orlando Soares era proprietário de quatro apartamentos no último andar do hotel, mais uma casa em Petrópolis e um escritório de venda de títulos na Avenida Rio Branco, no centro da então capital federal. Segundo Nassif, “na época quando telefones eram raríssimos, seu escritório tinha uma mesa com quarenta aparelhos instalados”. Tal condição financeira permitiu ao filho único uma educação exemplar, com direito a um longo período de estudos em Lausanne, na Suíça, de onde Jô regressou apenas quando tinha 18 anos, por conta da falência melancólica do pai. Mas, nesse Brasil varonil, dinheiro nem sempre é o que mais importa. E isso deveriam aprender os “novos ricos”. A conta bancaria, obviamente, ajuda, mas nada como um sobrenome tradicional e uma rede de contatos constituída – e herdada – por décadas, ou até séculos, de convivência aristocrática. Jô tinha talento, sim, uma excelente educação, também, mas, sobretudo, um sobrenome de peso e os contatos que derivaram dessa condição social.

Assim, foi fácil acessar os corredores da TV Rio onde iniciou sua carreira logo ao retornar da Europa. Depois passou pela Record, Globo e SBT, onde pôde criar um programa de entrevistas nos moldes da TV americana, um sonho seu que a TV do amigo Roberto Marinho não quis produzir sabe-se lá porquê.

Artista versátil, além de atuar, Jô também escrevia e dirigia roteiros de TV e teatro, além de livros. Alguns se tornaram best sellers e foram adaptados para o cinema. Li quase todos, sempre muito bem escritos, inventivos e acessíveis. Escritos por ele e por Matinas Suzuki Jr., “O livro de Jô, uma autobiografia desautorizada – Vol. 1 e 2”, ajudam a construir os cenários reais da vida do menino José Eugênio Soares. Desde que nasceu, em 16 de janeiro de 1938, Jô cresceu cercado do bom e do melhor, pelos bons e pelos melhores. E isso é o suficiente para garantir uma boa vida e sucesso em qualquer profissão promissora, mesmo que, por ventura, falte algum talento. Não era o caso, sabemos. Os relatos dão conta de um menino com talento artístico nato, autossuficiente, corajoso e, claro, respaldado e incentivado pela família e amigos da família. Dentre alguns, Otto Lara Resende, Graciliano Ramos, Salgado Filho, Manuel Bandeira, Sérgio Buarque de Holanda, entre tantos outros nomes que nós, meros mortais, somos acostumados a ler, desde cedo, em livros, placas de ruas ou de bronze. Sagaz e dono de uma inteligência especial, o talento e os privilégios de Jô – todos aqueles que alguém bem nascido no Brasil pode ter – lhe permitiram uma vida de cinema. Falava cinco ou seis línguas – algumas mais fluentemente que outras –, conviveu com personalidades da arte, da política e da aristocracia nacional e internacional, teve as portas da TV Globo abertas para realizar programas históricos como Planeta dos Homens, Viva o Gordo e Veja o Gordo. Depois de 11 anos no SBT, onde estreou o Jô Soares Onze e Meia, retornou à Globo, no ano 2000, para seguir suas entrevistas, no Programa do Jô, por mais 16 anos. Nenhum artista, no entanto, chegaria a esse nível de excelência sem talento e muito trabalho. Mesmo assim, para mudarmos o Brasil das desigualdades de uma vez por todas, é preciso esclarecermos, sempre, que os privilégios fazem, sim, toda diferença na vida profissional de qualquer pessoa bem sucedida. Afinal, o talento funciona bem melhor quando amparado pelos privilégios. E isso precisa começar a ficar claro, caso contrário, seguiremos acreditando que a aqueles sem privilégios também lhes faltou talento. E não é verdade, afinal, a tal meritocracia apenas faz sentido quando saímos, todos, do mesmo lugar, com histórias de vida semelhante e educação equilibrada. Do contrário é preciso argumentar muito bem para afirmar que nascer em uma família rica e em meio a um ambiente aristocrático, estudar e viver na Europa, e contar com uma rede social determinante para se colocar na vida – em qualquer profissão, diga-se de passagem – não faz (e não fez) diferença alguma no sucesso profissional de Jô Soares e tantos outros.

Dito isso, vamos transitar um pouco pela vida de outro artista brasileiro, no caso, “feito a facão”, conforme se definia o próprio Sirmar Antunes. Negro, filho de pais humildes, de poucas condições financeiras, órfão de mãe aos 17 anos, logo cedo Sirmar percebeu que ser artista, pobre, e no Rio Grande do Sul, não seria tarefa fácil.

Começou fazendo teatro amador na escola, como forma de lidar com sua ansiedade. E deu certo, bastou algumas aulas de teatro para o jovem Sirmar passar a se concentrar mais em sala de aula. A atuação, no entanto, estava nele. Ainda criança, acompanhava as rádios novelas com sua avó para, depois, “imitar” as interpretações. A avó, espantada, dizia que o “menino era um artista”. Não deu outra, mesmo sabendo das dificuldades, Sirmar apostou no próprio sonho. No princípio o pai ajudava, mas chegou o momento que foi necessário orientar o filho para “uma carreira de verdade”. Ele sabia que o pai estava certo, uma profissão mais estável seria necessária. Por isso, na falta de uma rede social que lhe garantisse algo melhor, foi ser carteiro. Nada contra os carteiros, pelo contrário. Aliás, também Bez Batti retirou seu sustento dos Correios antes de ser tornar importante referência nacional como escultor. Mas não imagino Jô Soares entregando cartas pelo Rio de Janeiro enquanto batalhava por um espaço num palco iluminado. No caso de Sirmar, os Correios serviram como uma passagem necessária entre a realidade e o sonho. Enquanto seguia acreditando no seu sonho, se utilizou da realidade que lhe era possível para, junto a colegas dos Correios, montar um grupo de teatro amador. Segundo o próprio Sirmar, essa experiência rendeu ao seu grupo de teatro uma indicação ao Prêmio Açorianos da época. Sirmar insistiu. Queria ser como Grande Otelo, seu ídolo e principal referência. E insistiu tanto que conseguiu. Depois de algumas pontas como figurante, uma tentativa de inserção no mercado paulista, voltou ao Rio Grande do Sul para interpretar o personagem Juan Bispo, de Lua de Outubro, filme de Henrique de Freitas Lima. Conforme reportagem de Rafael Gloria, publicada no Jornal do Comércio em 9 de dezembro de 2021, Sirmar Antunes percebia esse longa-metragem como o divisor de águas da sua carreira. Antes de Freitas Lima o chamar para interpretar o antagonista do seu longa-metragem, o ator havia estreado, no cinema, como figurante dos filmes Carmem, a cigana (Pereira Dias, 1976), com Teixeirinha, e Domingo de Grenal (Pereira Dias, 1979). Foi preciso mais dez anos para que participasse de outro filme. Desta vez um curta-metragem, O dia em que Dorival encarou a guarda (Jorge Furtado e José Pedro Goulart, 1986). O curta viajou o mundo, ganhou prêmios, mas nada disso garantiu seu lugar no mundo das artes. Seguiu anos sem ser convidado para nenhuma produção. Foi quando se mudou para São Paulo, a convite do protagonista do curta, João Acaiabe, para trabalhar como educador em projetos artísticos da Prefeitura Municipal da capital paulista. Paralelamente, para pagar as contas e viver na paulicéia, atuou como assistente de iluminação para a TV Bandeirantes. Novamente, alguém imagina Jô Soares trepado em uma escada, afinando a luz dos refletores de um estúdio?

Após tantos anos, tentativas e muita insistência, após o reconhecimento nacional por sua interpretação em Lua de Outubro, Sirmar finalmente passou a ser chamado por diretores e diretoras do cinema gaúcho como Tabajara Ruas, Beto Souza, Betânia Furtado, Paulo Nascimento, Zeca Brito, Luiz Alberto Cassol, Mariani Ferreira e Guilherme Suman. Mesmo assim, foi preciso quase 40 anos de vida para se colocar como artista de cinema e, da sua arte, sobreviver dignamente. E digo sobreviver porque o glamour passageiro do tapete vermelho do Festival de Cinema de Gramado, uma vez por ano, ou algum prêmio que reconheceu seu trabalho e sua história, não lhe garantiram uma vida tranquila. Ao contrário, enquanto Jô passou seus últimos anos em um apartamento avaliado em quase 10 milhões de reais e morreu aos 84 anos, num quarto do caríssimo Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, Sirmar perdeu sua vida para um infarto, aos 66 anos (há controvérsias, já que alguns veículos informaram 67 anos), nos corredores (quase) vazios da Casa dos Artistas, na periférica Porto Alegre. No sábado, quando foi anunciada sua morte, também foi necessário iniciar uma “vaquinha” entre amigos e colegas para que ele pudesse ter um funeral digno. Salvo as raríssimas exceções é assim que morrem os artistas, pretos e pobres no Brasil. Nesse país marcado pela injustiça social, até na hora da morte os privilégios contam.

Apesar disso, as conquistas pessoais de Sirmar repercutem a presença, cada vez mais significativa e necessária, do artista negro nas telas do cinema gaúcho. E Sirmar era um ativista da luta antirracista. Costumava dizer que a representatividade do negro no audiovisual era fundamental e, por isso, tinha necessidade de se ver no cinema e na TV pois, através dele próprio, enxergava também seus pares. Conforme a reportagem de Rafael Gloria, citada acima, a diretora e roteirista Mariani Ferreira confere a Sirmar Antunes, Vera Lopes e Odilon Lopes algumas conquistas dos artistas negros na cinematografia brasileira. Segundo ela, sem a luta e as conquistas desses artistas negros mais velhos, que abriram os caminhos para a nova geração, não haveria propostas como o Macumba Lab, por exemplo, um coletivo de profissionais negros e negras do audiovisual gaúcho que pretende – e está conseguindo – desconstruir o cinema essencialmente branco e racista praticado no Rio Grande do Sul.

Por tudo isso, e muito mais, Sirmar foi escolhido para ser o primeiro ator a receber o Prêmio Leonardo Machado, instituído em 2021, no Festival de Cinema de Gramado, como uma forma de homenagear atores e atrizes do cinema gaúcho. Coincidência ou não, ao revisitar inúmeras vezes a obra de Tabajara Ruas, me chamou a atenção a sequencia final do seu mais recente filme, A cabeça de Gumercindo Saraiva. Nela, os personagens de Leo e Sirmar se despedem do major imperialista, Ramiro de Oliveira, interpretado por Murilo Rosa. Depois deste ter poupado a vida dos dois primeiros, o filho de Gumercindo, Leo, diz, então, que ambos estão quites: “Ficamos assim, vida por vida”. O Major pergunta o que isso significa e Caminito, personagem de Sirmar, lhe responde: “significa que nós, bárbaros, vamos embora”. Na última cena Leo e Sirmar, montados em seus cavalos, somem na cerração dos Aparados da Serra.

No entanto, se ambos desapareceram na brumas dos Campos de Cima da Serra, nas lentes de Tabajara Ruas, permanecem juntos, para sempre, nas nossas casas e na nossa história, através do nosso cinema. No caso de Sirmar, especificamente, seu rosto ainda simboliza muito mais. Sua pele negra, projetada sobre nossas telas brancas é, também, a representação icônica da resistência do povo negro ao apagamento da sua importância histórica para este país.

No Festival de Cinema de Gramado deste ano, do qual Sirmar seria um dos jurados da Mostra Gaúcha de Longa-metragens, o ator foi homenageado de diversas formas. Não poderia ser diferente, a comoção se dá, também, porque Sirmar foi embora no seu melhor momento. Já estava garantido no elenco do próximo filme de Tabajara Ruas, Perseguição e Cerco a Juvêncio Gutierrez, a ser filmado entre setembro e outubro próximos. Não deu para ele. Mas quem mais perdeu fomos nós. Mesmo assim, apesar da morte prematura e repentina que lhe chegou em seu melhor momento, Sirmar nos deixa um legado que, certamente, permanecerá vivo ainda por muitas gerações. E nisso, Leo estava certo. O artista, seja ele pobre ou rico, sempre se mantém vivo através da sua arte. Talvez até por isso, fascistas e ignorantes – todo fascista é um ignorante mas nem todo ignorante é fascista – odeiem tanto a classe artística. Pudera, independente da vida que leva o artista, na sua morte, todos são privilegiados pois serão eternos. Ainda ouviremos muito falar de Sirmar Antunes.

I. BOCA MIGOTTO

I., de Ivanir, Boca Migotto é cineasta, pesquisador, fotógrafo e escritor. Publicitário formado pela Unisinos, cedo se deu conta que estava na área certa – a Comunicação – mas no curso errado. Formado, então, largou tudo e foi para Londres. Nos dois anos que permaneceu na Inglaterra fez de tudo: lavou prato, fez café, foi garçom e auxiliar de cozinha, estudou inglês e cursou cinema na Saint Martins College of Arts and Design. Ao regressar para o Brasil, fez Especialização em Cinema e Mestrado em Comunicação, ambos pela Unisinos. Nesta mesma instituição, foi professor de Documentário no Curso de Realização Audiovisual, onde permaneceu por dez anos, atuando também em disciplinas dos cursos de Jornalismo, Comunicação Digital e Publicidade. Finalizou seu Doutorado em Comunicação pela FABICO/UFRGS, com extensão na Sorbonne/Paris 3. Foi quando morou em Paris, aliás, que decidiu lançar seu primeiro livro de ficção “Na antessala do fim do mundo”. Como cineasta – diretor e roteirista – realizou mais de vinte curtas-metragens e séries de TV, além dos longas-metragens “Filme sobre um Bom Fim”, “Pra ficar na história”, “O sal e o açúcar” e “Já vimos esse filme”. No momento está lançando seu novo livro “Um certo cinema gaúcho de Porto Alegre”, resultado da sua pesquisa de doutorado, defendida em 2021. Com essas duas últimas obras, Boca pretende fechar mais um ciclo de vida e de produções. A partir daí, o destino apontará novos caminhos e, quem sabe, o convide para escrever uma coluna quinzenal para a Rede Sina seja um indício de para onde seguir.
Please follow and like us:

Comente

comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.