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MENALTON BRAFF

COLUNA: BAÚ DO SÓTÃO

 

Menalton Braff nasceu em Taquara (RS) e radicou-se em São Paulo (Capital e interior) Formado em Letras, com pós lato sensu exerceu o magistério superior antes de mudar-se  para o interior onde se dedicou ao ensino médio. Tem 27 livros publicados, sendo nove infantojuvenis e catorze de literatura geral (contos e romances). Conquistou o Jabuti, livro do ano em 2000, com À sombra do cipreste, foi finalista da Jornada de Passo Fundo em 2003, finalista do Jabuti (contos) em 2007 e finalista do Jabuti e do Prêmio São Paulo de Literatura (romance) em 2008. Pela Editora Reformatório teve publicados Amor passageiro (coletânea de contos) e Além do rio dos Sinos (romance), livro com que conquistou o Prêmio Machado de Assis, da Biblioteca Nacional.  

dezembro, 2021

  • 24 dezembro

    BAÚ NO SÓTÃO | E por falar em eternidade

    POR MENALTON BRAFF Tenho aqui, à minha frente, as laudas do livro Eternidades na palma da mão, da Mara Senna, quem me concedeu o privilégio desta leitura prévia. Este é seu terceiro livro de poemas. Luas novas e antigas, o primeiro, já vem com o carimbo de alta qualidade poética, …

novembro, 2021

  • 17 novembro

    BAÚ NO SÓTÃO: Abundância de estrelas no céu

    Por Menalton Braff Seus duros pés fincados na plataforma cresciam dormentes de espera. Envolto pela multidão, era quase impossível mover-se do lugar. O reflexo do Sol a meio céu borrava com esplendores, para olhos cansados de ver como eram os seus, o letreiro dos ônibus ─ o destino que prometiam. …

  • 5 novembro

    BAÚ NO SÓTÃO | A inutilidade da Literatura

    Por Menalton Braff A palestra era para um público heterogêneo e o assunto era a linguagem literária. A certa altura, querendo exemplificar (o que sempre dá uma melhorada nos conceitos mais abstratos), parodiei um poema: “Certa mulher declara que nem se deu conta do envelhecimento e está perplexa por não …

outubro, 2021

  • 16 outubro

    O BAÚ NO SÓTÃO | O relógio de pêndulo

    por Menalton Braff Cumprimenta-me como se não me visse, como se o vulto parado à sua frente, na porta, fosse um objeto fora de lugar, jornal velho esquecido sobre uma cadeira. Seus olhos devassam ansiosos cada um dos desvãos da sala, procurando uma face, uma sombra, qualquer ângulo que lhe …

  • 8 outubro

    BAÚ NO SÓTÃO | Uma vida no palco

    por Menalton Braff Seu nome já me era quase familiar lá pelos anos 2000/2002, se não estou acomodando datas à minha própria história. O fato é que lá por aqueles anos o nome de Susan Sontag aparecia com frequência em resenhas críticas e que tais. Ensaísta culta, ficcionista inteligente. E …

setembro, 2021

  • 16 setembro

    BAÚ NO SOTÃO | Rua das Laranjeiras

    por Menalton Braff Não sei por que a rua onde fui morar tinha o nome de rua das Laranjeiras. E cada vez que me lembro dela, revejo as sombras em que brincávamos de esconde-esconde ao entardecer. Nossa vida era assim: de manhã, deixando nosso rastro escuro na geada do passeio, …

agosto, 2021

  • 23 agosto

    BAÚ DO SOTÃO | Canoa emborcada

    por Menalton Braff Daqui dessa distância posso ver um grupo de crianças brincando, mas estou longe demais para perceber qual é a brincadeira. Elas pulam e o movimento de seus braços parece jogar alguma coisa para o alto. Também não consigo ouvir seus gritos e risadas; posso, contudo, muito bem …

  • 5 agosto

    BAÚ DO SÓTÃO | Canções no exílio

    Quando recebi os originais de Depois do canto do gurinhatã, não podia imaginar o que estava para descobrir. Quando recebi os originais de Depois do canto do gurinhatã, não podia imaginar o que estava para descobrir. Já conhecia de leve e passagem alguns poemas da Viviane de Santana Paulo, uma …

  • 2 agosto

    Aquilo era o mar por Menalton Braff

    Nascido no interior; era a primeira vez que eu via o porto. Andava aí por meus quatro anos, alguém, provavelmente um de meus irmãos mais velhos, puxava-me pela mão. Na minha lembrança eu era muito pequeno e imagino que tenha sido pequena também a emoção sentida no momento de olhar …

julho, 2021

  • 23 julho

    BAÚ DO SÓTÃO: Alice e o Violoncelo por MENALTON BRAFF

    Um quarto só, quartinho, espremido entre uma claridade suja de outono e o cheiro forte de suor que a cama exalava: o lar. Um quarto atravancado de sons e objetos absurdos, sem lugar para a vida doméstica – o cubículo possível. Quando a noite começava a entrar pela janela, o …