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Trégua

Escrever sem ódio já foi permitido
Escrever com ódio já foi vivido
Com paixão, com amor, sem amor, sem paixão, desilusão.
Já cansei desse velho sentir
Olhar nostálgico e senil
Um brinde, logo é ano novo!
Sem mais ciscos,
Depois das gavetas,
Consigo ver
Esqueci de agradecer
O lápis e papel que tua ausência me presenteou
Sem mais dores, rancores, apenas aquele sorriso cúmplice
Você queria ajudar e ajudou,
Já posso dizer que o amor me tocou e passou
E o meu luto
Teve muito vinho tinto,
Caneta vermelha
Prometi todas vinganças
Derramei sangue em livros,
Fiz da música meu lugar de dormir,
Entrei para mar,
Virei seria,
Me esqueci de mim,
Só via conchas e dor,
Sambei o amor
Morri em cada rima,
Nenhuma alma sã
Entendeu,
Exceto eu
Já não acredito que mereças ler tal poesia
Enxergo os erros meus
E numa manhã quase cinza
A juventude imatura,
A dor que também provoquei
Te desafiei, eu sei
Super-heróis, eu vinguei
Do cinema mudo, ao teatro absurdo,
Suei, suamos e nos entregamos
Tua terra
Eu lua
Embriaguei-me de saudade
Acordei,
Nua, tua
Distante de mim,
Distante de nós,
Mas levantei,

Eu ainda era nós. 
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