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SINA EM PAUTA: LITERATURA FANTÁSTICA E O ATIVISMO FEMINISTA DA NIKELEN WITTER – 02/10 – SEG – 19H

02/11 – Segunda-feira – 19h
SINA EM PAUTA: A LITERATURA FANTÁSTICA E O ATIVISMO FEMINISTA DA NIKELEN WITTER
Apresentação: Mel Inquieta / Melina Guterres
Convidada: Nikelen Witter

 

Nesta segunda, às 19h, no Sina em Pauta, apresentado pela Mel Inquieta, vai rolar um bate-papo com a escritora e ativista feminista Nikelen Witter. Ela que historiadora e professora universitária. Autora de “Viajantes do Abismo” (finalista do Prêmio Jabuti 2020); do romance infanto-juvenil “Territórios Invisíveis” (finalista do Prêmio Argos 2013); e da coletânea de contos góticos “Dezessete Mortos”. É também co-autora de Guanabara Real e a Alcova da Morte (Prêmio Le Blanc e Prêmio AGES, 2018). Publicou também a obra “Dizem que foi Feitiço”, sobre a história das práticas de cura no Brasil. Desde 2016, é agenciada pela Increasy Consultoria Literária.

“Viajantes do Abismo”

Esta é a história de desertos que avançam cobrindo cidades. A história de um mundo à beira da destruição. Da gente desse mundo, de sua alienação e da violenta guerra em que se perdeu. Esta é a história de uma mulher que fazia curas e de sua amiga que dirigia um bordel. E de como elas enfrentaram tudo isso. Também é a história do tigre e da menina. Mas para conhecer todas elas, você terá de aceitar o chamado para olhar o futuro. E mergulhar no abismo.

Confira um trecho:
“A guerra estourou no fim de um inverno excepcionalmente quente. As notícias, mais rápidas que os combates, chegaram no início de uma tarde morna de setembro. As crianças foram arrastadas para dentro das casas, a maioria das janelas foi fechada e um silêncio irreal baixou sobre Alva Drão. Era como se a cidade acreditasse
que, fechada e quieta, o torvelinho passaria ao largo dela e todos sairiam ilesos.
Antes que a noite chegasse, as autoridades já haviam imposto um toque de recolher à população amedrontada. Não houve contestações. Todos sabiam que, sendo o principal entroncamento ferroviário do Sul da Tríplice República, os governistas fariam de tudo para garantir que Alva Drão não caísse nas mãos dos revoltosos.
E o medo seria sua principal arma. Contudo, este foi somente o primeiro movimento no tabuleiro.
Nos três dias que se seguiram, o crescente número de desalojados que se acumulava nas ruas foi recolhido pela governança municipal. Saíram das calçadas, onde ficavam mendigando por comida ou trocados, e foram transferidos para um terreno rigorosamente vigiado nas cercanias da cidade. A rádio falava de proteção aos cidadãos desamparados. Mas não era o que a população acreditava. Aos sussurros, era possível perceber o pânico rondando o ar, como a poeira quente vinda dos desertos.
Na madrugada de domingo, os saques começaram.”
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