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GARE: Gestão do espaço público e o centro de Santa Maria – Homero Boucinha

Desde 1999, sonhamos com a Gare bela e efervescente.

Naquele ano, artistas, estudantes, professores, ferroviários e população em geral foram às ruas e aos trilhos a fim de conquistar para o Município o que a privatização da RFFSA abandonou.
Fomos vitoriosos, o tempo passou e continuamos trabalhando e freqüentando a Gare, guardando e aguardando.
Recentemente a Administração Municipal lançou um Edital para viabilizar sua restauração, mas que precisa ser corrigido, em seu aspecto técnico-jurídico e quanto ao modo de produção e gestão do espaço público. No caso, uma gestão tripartite: prefeitura, setor de produção cultural e setor comercial, e assim garantir visitantes e turistas para as atividades culturais e econômicas a serem implantadas, como no passado glorioso do transporte de passageiros.
Queremos que a Gare volte a ser movimentada e alegre; e diversa.
E por que não um Trem Turístico, como em outras cidades do Brasil?
E por que não uma Maria Fumaça restaurada, com vagões adaptados para novas atividades?
Existe em Santa Maria a Lei que dispõe Sobre a Política de Desenvolvimento Sustentável e Sobre o Plano Diretor de Desenvolvimento Territorial do Município.
Nesta Lei está instituída a Política de Produção Social e Cultural da Cidade.
Para cumprimento da finalidade desta Política, diretrizes devem ser observadas, como a “criação de um território cultural que liga a Praça Saldanha Marinho à Gare da estação, pela Avenida Rio Branco, assim como também a Rua Dr. Alberto Pasqualine (antiga 24 horas)”.
Ou seja, a conexão do Calçadão até a Gare, por meio da Avenida Rio Branco (antigamente chamada de Avenida Progresso), unindo o centro comercial com o centro histórico de Santa Maria.
Avenida Rio Branco: o segundo maior acervo contínuo em Art Déco das Américas.
E temos o Parque Itaimbé que vai até os trilhos.
Restaurar a Gare é revitalizar o centro de Santa Maria: vida que se faz com música, teatro, dança, artes plásticas e visuais, Museu Ferroviário, circo, artesanato, feiras e produtos orgânicos, Trem Turístico, reciclagem, gastronomia, Carnaval e festas populares, Brique da Vila Belga, debates, informação, uma nova riqueza, trabalho e renda, um novo horizonte na nossa história.

Homero Antunes Boucinha,
55 anos, ambientalista e integrante dos Coletivos de artistas e apoiadores do Espaço Cultural Victorio Faccin e da Gare de Santa Maria.
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