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Camila Vernelho em Irina Chernobyl no espetáculo "Contador Geiger – Histórias em Rádio-Atividade", onde além de atuar, é autora e diretora Foto: Dartanhan Baldez

ENTREVISTA: CAMILA VERMELHO

por Melina Guterres

“Minha sina é resistir. Sempre foi e sempre será”

Ela é produtora e apresentadora do programa Baleiro das Artes da Rádio UniFM 107.9 e Rádio Bloco,
Operadora de Controle Mestre na TV Campus UFSM, Conselheira do segmento do Audiovisual no Conselho Municipal de Política Cultural de Santa Maria-RS, roteirista formada pelo Instituto Brasileiro de Audiovisual – Escola de Cinema Darcy Ribeiro (IBAV-ECDR) no Rio de Janeiro-RJ, historiadora formada pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), acadêmica do curso de Bacharelado em Artes Cênicas – Habilitação Direção – pela mesma instituição e criadora da personagem Irina Chernobyll…
Camila Vermelho é a nossa entrevistada hoje. Ela que estreia dia 12 o espetáculo “CONTADOR GEIGER – HISTÓRIAS EM RÁDIO-ATIVIDADE”, que reúne arte e diferentes mídias, conta pra gente um pouco sobre como foi criar e realizar esse “experimento artístico”, resultado de muita pesquisa e trabalho de conclusão do curso de Artes Cênicas.
É importante compreender que o nome do espetáculo é inspirado no dispositivo Contador Geiger-Müller, que mede os níveis de radiação ionizante captados num objeto ou num espaço. Quanto maior a radiação captada, maior é a emissão de sons do aparelho, semelhantes ao chiado de um rádio fora de sintonia.

“E esta é a origem e o jogo de palavras do nome Contador Geiger – Histórias em Rádio-Atividade. Algo que, ao mesmo tempo, conta histórias e compartilha ações no rádio, ou seja, uma “rádio-atividade”, afirma Camila.

O espetáculo transmídia que reúne diferentes personagens, linguagens, formas de interações simultâneas já deixa um desafio quanto a sua definição. Afinal o que é o espetáculo? teatro? performer? teatro transmídia? ou algo novo?

A Rede Sina vai estar lá para tentar descobrir… Se você quiser tentar também pode acompanhar a live, dia 12, segunda, a partir das 20h, no Facebook de Irina Chernobyl ou então para quem estiver em Santa Maria-RS pode escolher ouvir pela rádio 107.9 FM.

REDE SINA: Como nasceu a Irina? Quais são seus maiores questionamentos?

Camila Vermelho: Irina Chernobyl nasceu no final do inverno de 2017, através de lives no perfil do facebook de Camila Vermelho, que na certidão de nascimento, está registrada como Camila dos Santos. As lives eram feitas de forma aleatória, sem horário ou dia estipulado, nas quais eu, Camila Vermelho, experimentava partes do que viria a ser a roupa e os acessórios de Irina Chernobyl. E eu já tinha em mente que nasceria uma personagem dentro de uma pesquisa de Transmídia em Rádio, Artes Cênicas e Redes Sociais. Além do mais, Irina é uma resposta desesperada às minhas preocupações enquanto artista e brasileira, diante de tantos absurdos, abusos e ódio pelos quais o Brasil tem passado nos anos mais recentes.

REDE SINA: Como foi ocorrendo a mistura das linguagens da comunicação e arte?  Pode-se chamar o espetáculo de teatro transmídia? 

foto: Dartanhan Baldez
CV: Sim, como eu já afirmei acima, o processo criativo e o espetáculo são transmidiáticos. Há muitos anos, eu busco pela transmídia, mesmo quando eu não sabia exatamente sobre este conceito. Por exemplo, desde que eu cursava Roteiro Cinematográfico na Escola de Cinema Darcy Ribeiro, no Rio de Janeiro, entre 2010 e 2011, eu já experimentava a metalinguagem cinematográfica e pesquisava os trabalhos de realizadores e realizadoras que transitavam entre as fronteiras do Cinema, do Teatro, das Artes Visuais e da Performance. E, quando ingressei do curso de Bacharelado em Artes Cênicas da UFSM, em 2014, o desejo pelos caminhos da Arte e da Tecnologia já se esboçavam em vídeo-performances. A cada dia, vou aprendendo e descobrindo mais caminhos e, por incrível que pareça, conhecendo outras personagens possível.
REDE SINA: Como o público participará e qual sua expectativa quanto a relação com ele?
CV: O público já se relaciona com o processo criativo desde quando realizei as primeiras lives no facebook, em 2017, de forma despretensiosa. Quando a Irina Chernobyl saiu do computador para participar do programa Baleiro das Artes da UniFM 107.9, que foi onde o Contador Geiger surgiu como bloco, os convidados e as convidadas do Baleiro já compartilhavam seus objetos e memórias com a personagem, ou seja, contribuições de suma importância para sua “missão” científica e artística em Santa Maria. E os e as ouvintes, desde março de 2018, quando Irina Chernobyl desembarcou na UniFM, têm entrado em contato. Mas, sobre o espetáculo, que já foi compartilhado publicamente em junho passado, será apresentado em três plataformas: via rádio, na 107.9 FM, via live do facebook de Irina Chernobyl e, para um público restrito, presencialmente, na Coordenadoria de Comunicação Social. Tudo ao mesmo tempo, apenas com uma pequena diferença no início da live. A expectativa é a de que tanto o público presente na Coordenadoria de Comunicação quanto o das redes sociais possa interagir com a apresentação e, por que não, modificá-la.

REDE SINA: Como você quanto comunicadora e artista vê o avanço da tecnologia na forma de se expressar? É possível visualizar um futuro?

foto: Dartanhan Baldez
CV: Contador Geiger – Histórias em Rádio-Atividade é a minha resposta, tal como minhas perguntas artísticas, para o que se pode fazer das tecnologias. A própria História está aí para afirmar que as tecnologias, independentemente de suas épocas históricas de produção, são apropriadas e manipuladas conforme as vontades e os interesses humanos. Tanto pelo bem individual e coletivo quanto para a destruição. Eu, apesar de testemunhar tantos usos escabrosos da internet, das redes sociais, do WhatsApp, ainda acredito que podemos fazer o melhor com as novas tecnologias de comunicação. Podemos até fazer Arte com elas!
REDE SINA: Após apresentação Irina terá novos desafios? Se sim quais?
CV: Irina está apenas começando seu serviço. Ela já está tomando diversos rumos por Santa Maria. Até participou dos vídeos virais de divulgação do Seminário Internacional América do Sul na Era Nuclear, no Instagram da UFSM. E ela, assim como eu, Camila Vermelho, temos muitos interesses em levar nossas pesquisas radiofônicas, cibernéticas e artísticas para outros espaços da cidade, procurando conhecer e ouvir mais lugares e pessoas. E também que acreditamos que, como tudo parece ficar mais difícil a cada dia no Brasil, que teremos muito trabalho pela frente.
REDE SINA: E a Camila, quais os projetos para o futuro?
A imagem pode conter: 1 pessoa, close-up e atividades ao ar livre
Camila Vermelho
CV: Não faz muito que descobri que falo por três entidades: Camila dos Santos, Camila Vermelho e Irina Chernobyl. E elas dizem respeito a todos os tempos da minha vida. Então, eu tenho muito o que fazer hoje, sempre debruçada sobre meu passado e, ainda, sobre o futuro, que eu acredito que se faz com muito trabalho hoje e uma boa lucidez sobre o ontem. Mas, a respeito do amanhã, posso falar, sem sombra de dúvida, que continuarei trabalhando, com o que for. Resistindo. E que, além das duas Camilas e da Irina, outras ainda virão, tanto no Rádio, quanto com a Performance, as Artes Visuais e a Comunicação.
REDE SINA: Qual sua sina?
CV: Minha sina é resistir. Sempre foi. E sempre será.

***
CONTADOR GEIGER – HISTÓRIAS EM RÁDIO-ATIVIDADE

Na noite de 12 de março de 2018, a cientista-artista Irina Chernobyl desembarcou em Santa Maria, na UniFM 107.9, após longa viagem através do tempo e do espaço. Sua missão, até hoje, foi a de coletar objetos e memórias dos convidados e das convidadas do programa Baleiro das Artes da UniFM 107.9, no quadro Contador Geiger – Histórias em Rádio-Atividade. Tudo o que é coletado por Irina é depositado na sua Cápsula Pripyat, com o fim de investigar se ainda vale a pena viver neste Mundo. Contudo, a cápsula deve ser aberta para análise e, finalmente, Irina Chernobyl poder fazer suas avaliações e impressões sobre Santa Maria para seus amigos, Ivan Fukushima e Pavel Harrisburg. Para saber dessas revelações, é só se ligar na apresentação do experimento Contador Geiger – Histórias em Rádio-Atividade, uma pesquisa, realização e direção de Camila Vermelho, como trabalho de formatura em Bacharelado em Artes Cênicas da UFSM – Habilitação Direção Teatral.

O QUE? Contador Geiger – Histórias em Rádio-Atividade.
QUANDO? 18 de novembro, às 20 horas.
ONDE? Na frequência 107.9 FM, na página do Facebook de Irina Chernobyl e na Coordenadoria de Comunicação Social da UFSM, que fica no décimo andar do prédio da Reitoria da UFSM, Campus Camobi.
TEMPO DE DURAÇÃO? Duas horas.
QUANTO CUSTA? Entrada franca.
CAPACIDADE DE PÚBLICO: Até 15 pessoas na Coordenadoria de Comunicação Social, mediante inscrição. E sem limites pelo dial da 107.9 FM e pela página de Irina Chernobyl no Facebook.
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 12 anos.
INFORMAÇÕES: facebook.com/baleirodasartes

foto: Dartanhan Baldez

FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA

Direção, concepção, roteiro e produção: Camila Vermelho.
Elenco/Operadores: Camila Vermelho, Carla Rosa, Felipe Flores, Lúcio Hiko, Priscila da Rosa.
Locução: Roberto Montagner, Camila Vermelho, Braian Schvarcz, Elton Maia, Ciro Oliveira, Dartanhan Baldez Figueiredo, Marcos Souto, Aracy Colvero, Robson Santos, Carla Rosa, Lúcio Hiko, Felipe Flores, Priscila da Rosa.
Sonoplastia e operação de áudio: Jonathan Ferreira.
Apoio de técnica de áudio: Gilberto Soares.
Operação de Live no Facebook: Isadora Stefanello.
Operação de luz e de projeção audiovisual: Tiago Stefanello.
Monitoramento de mídias sociais: Camila Vermelho, Carla Rosa e Priscila da Rosa.
Identidade Visual: Braian Schvarcz e Felipe Flores.
Gravação do teaser: Gilvan Peters.
Edição do teaser: Jeferson Carvalho, Pedro Henrique Dias e Camila Vermelho.
Texto de divulgação: Camila Vermelho.
Orientação do projeto: Prof. Me. Laédio José Martins e Prof. Dr. Élcio Rossini (DAC-UFSM).
Apoio: Coordenadoria de Comunicação Social da UFSM, UniFM 107.9, Olhar Mídia, Stefanello Studio, FATEC-UFSM.
Músicas: Kraftwerk, Ramones, Os Monarcas, José Ribeiro, Exército Vermelho da URSS.

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