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 As Ruínas do Bosque Vermelho | um conto de Carolina de Sá Schirmer

As ruínas do Bosque Vermelho, localizado na Malásia, era um local sagrado, mas também considerado assombrado pelo que todos diziam. Ao mesmo tempo que aparentava um ar angelical, possuía barulhos intensos que se misturavam com sons de animais.

A história era carregada e transmitida de boca a boca pelos moradores que ali viviam, possuía o nome de Bosque Vermelho por causa de suas características.

Grandes árvores que chegavam até o topo, algumas folhas carregavam a cor avermelhada de folhas de outono, além de um liquido vermelho que era extraído dos troncos das mesmas.

Na época ela era aberta, era um lugar lindo que chamava atenção de quem chegava, muitos forasteiros acreditavam que havia ouro naquele lugar, entravam e dali nunca mais saíam. Porém, naquele tempo ninguém sabia disso, até que um soldado resolveu entrar para impressionar os seus superiores, ele tinha um preço a pagar, por isso prometeu a si, que quando chegasse às ruínas faria de tudo para encontrar a tal riqueza que muitos acreditavam, mas assim que entrou nunca mais foi visto.

Os moradores foram avisados que aquele lugar era assombrado, desde então fecharam. Por muito tempo ficou fechado, mas uma certa vez um grupo de jovens de outro continente resolveram atravessá-la para ver o que esperava pelo outro lado, lá tinha muitos triângulos, esculturas, coberto pela mata verde que trazia junto às suas cobras venenosas que talvez por este motivo muitos não tenham voltado, continuaram a caminhar preparados com roupas e equipamentos para o que viesse.

O grupo de jovens era integrado por quatro estudantes universitários suecos que tinham a curiosidade de saber o que acontecia no seu interior.  Eles queriam entender o que realmente se passava nessa floresta e como trazer ela para a comunidade, abrir ao público, pois desconfiavam que pudesse ser algum jogo político.

Um dos jovens se chamava Gustav, tinha 23 anos, estudante de biologia, queria explorar a famosa floresta a qual por acaso ouviu falar na universidade. Queria saber se existiam criaturas realmente diferentes das quais estão habituados, queria observar e descrever as espécies que abrangiam o local

Possuía cabelos castanhos-claro liso, olhos verdes.

A outra se chamava Blenda, tinha 26 anos, estudante de química, queria conhecer o poder que a floresta carregava.

Apaixonada pelo poder da natureza, queria um momento de relaxamento e meditação já que ouviu falar que a mesma era sagrada.

Ela tinha cabelos pretos ondulados abaixo dos ombros e um belo par de olhos azuis.

O outro se chamava Christian, era irlandês,26 anos também e já morava na Suécia há mais de dez anos, era arqueólogo, queria contar com as suas próprias palavras a história surreal daquela floresta, com o seu amigo Stefan jornalista que tinha curiosidade pelo líquido vermelho extraídos das árvores

Christian tinha cabelos mais crespos e um tom de loiro escuro, enquanto Stefan tinha o cabelo bem liso e bem loiro. E Stefan era o mais velho do grupo com 29 anos.

Conseguiram entrar no bosque, embora houvesse obstáculos que impediam o acesso.

Em seguida, foram cortando as matas para avistar o que vinha pela frente, caminharam muito, parecia que o lugar não tinha fim, foi quando avistaram diversos triângulos em cima das rochas brilhosas, ficaram fascinados e se aproximaram, quando menos esperava um Xamã apareceu, o problema é que tentaram se comunicar com ele, mas a língua parecia ser diferente, afinal muita coisa havia mudado desde que os cidadãos foram habitando, este mesmo chegou perto deles e começou os analisar, fazendo gestos e citando palavras. Eles ficaram assustados, pois não entendiam nada.

Em seguida se aproximou outro Xamã que parecia falar a mesma língua deles,

___ Posso saber o que fazem aqui?

___ Viemos em busca de conhecimento.—Respondeu Christian.

___Eu quero aprender com essa floresta, muitos costumam comentar sobre ela.. — Blenda respondeu.

___ Vocês não estão em busca do misterioso líquido vermelho?— indagou o Xamã

___ Bom, eu ouvi falar que ele pode mudar a vida totalmente de quem o utiliza— disse Christian.

___ Sim, ele tem propriedades curativas, entre outras funcionalidades… muitos que aqui entraram vieram a sua procura para enriquecer e mudar de vida.

___ Vim com materiais apropriados para extraí-lo. — disse Christian

___ Meu jovem, esse líquido está onde ele deve estar.

___ Bom, eu tenho tempo.

___ Só lhe digo que tudo que aqui existe pertence aos deuses e a natureza.

___ Mas se está aqui na Terra também nos pertence e devemos utilizar para alcançar mais pessoas que possam ser beneficiadas pelo seu poder curativo.

___ Se eu fosse vocês, apenas contemplava o momento presente e a beleza que esse lugar esconde. É algo único, mas só vocês que tem o poder de fazer valer cada segundo.

___ Desde que passei entre essas árvores pude notar um ar diferente que preenche um lugar, é uma sensação de sofrimento…—disse Blenda.

___ Eu também sinto uma certa curiosidade, já vejo a matéria perfeita para sair na mídia, tão pouco divulgado com seus mistérios e eu tive a honra daqui explorar e conhecer pessoalmente. — disse Stefan.

___ Só digo a vocês que esse bosque tem sentimentos, cada folha caída tem sua história, o soar do vento carrega o suspiro de sofrimento, cada ser que aqui está tem sua função de proteger o seu lar.

___ É por esta razão que não consigo me conectar completamente com ela. É como se ela tentasse se expressar…—disse Blenda.

___ Ela tenta, mas muitos não a escutam e acabam se perdendo.

___ Como podemos nos comunicarmos com ela? — Indagou Blenda

___ Então, vocês vão precisar sentir e seguir os espíritos da natureza.

Depois de receberem os conselhos, eles seguiram o caminho, porém cada membro do grupo tinha um pensamento diferente, Blenda queria entender porque todo esse bosque carregava esse ar de sofrimento, tão sombrio e perturbador. Enquanto Gustav queria saber se realmente tinha tantas diversidades de flora e fauna.

Já Stefan e Christian, queriam realmente extrair o líquido vermelho para fazerem experimentos e compartilhar comercialmente para a população. Afinal, descobriram algo único e de valor que poderia mudar a história da humanidade.

Blenda contemplou a natureza, levantou seus braços e sentiu o sopro do vento, mas não notou nada diferente. Sentou-se em silêncio em posição de meditação, esperava que a floresta respondesse.com algum tipo de sinal.

___ Não adianta nada!- disse Stefan interrompendo o silêncio.

Blenda apenas ignorou e se manteve intacta na mesma posição enquanto os três seguiram adiante, naquela ocasião por acaso avistaram algo se mexer entre as matas, um deles se aproximou para ver o que era, mas quando chegou perto nada apareceu, por conseguinte um pequeno lagarto surgiu do meio das folhas, não ligaram e continuaram tentando buscar os sinais dos espíritos, novamente algo se mexeu entre as árvores e de trás saiu uma ninfa. Eles acharam ela uma figura tão encantadora nunca vista antes, resolveram se aproximar para fotografá-lá, no entanto, ela se movimentou para longe ficando um borrão na imagem.

Eles foram correndo atrás dela, talvez fosse ela que a levariam para a saída. Porém se enganaram, pois foi tão rápida que a perderam de vista.

Estavam sedentos,  por sorte encontraram um lago, quando se aproximaram viram uma sereia a se banhar nele, eles se ajoelharam no chão e começaram a tomar a água com as palmas das mãos, um fauno apareceu trazendo a eles um recipiente  em formato de guampa com água,  em seguida outros faunos apareceram tocando flautas e berrantes que eram tocados a cada pausa longa da melodia.

Outro ser esquisito apareceu e pegou seus equipamentos enquanto eles estavam distraídos.

Ficaram assustados, pois era uma música sombria, e por isso continuaram a sua viagem à procura da saída, perceberam que estavam sendo seguidos por umas figuras semelhantes a um sátiro a quais se veem em filmes, mas eles não estavam com uma aparência tanto amigáveis, por essa razão o grupo se obrigou a andar mais depressa…

Gritavam pelos Xamãs para que eles aparecessem, porém, nenhum sinal deles.

De repente avistaram algo no ar em movimento linear, perceberam que podia ser o tão falado espirito da natureza, e apareceu Blenda atrás deles.

___Vejam!-—ela gritou.

Outros seres continuaram a segui-los e o som dos instrumentos ressoava uma melodia melancólica, enquanto o grupo seguia os espíritos, até chegarem nas famosas ruínas  a qual avistaram um portal.

O portal simplesmente se formou e em volta dele luzes apareceram piscando como luzes natalinas, um som agudo soou tão alto a ponto de irritar seus ouvidos.

Stefan sugeriu para entrarem, mas os outros não concordaram porque prometeram encontrar a saída e faltava tão pouco para saírem dali. Além disso, eles conheceram o lugar misterioso que muitos não tiveram a chance de sair.

Mas, mesmo assim teimou e entrou sozinho no portal que consequentemente se fechou,

Os outros ficaram inquietos com a situação e resolveram seguir a viagem, enquanto caminhavam tentavam entender o que tinha acontecido, e pensavam em como deveriam agir em relação ao amigo e ao bosque.

Pareciam ter chegado ao fim do bosque, porque foram acolhidos por Xamãs a qual os aguardavam e um deles falou:

___ Esta é a primeira vez que alguém me escuta, muitos resolveram ficar por causa do liquido tão raro, estes nunca mais saíram daqui, ficaram presos em um reino assombroso, junto a seres não muito amigáveis.

___ O quê? Mas não podemos deixar nosso amigo ficar! — disse Gustav

___ Se ele conseguir escutar as almas do bosque vermelho é capaz de mudar de ideia para encontrar a saída, mas se ele escutar os dragões encantados ficará preso para sempre, mas apenas a natureza poderá guiá-lo, para isso terá que senti-la

___ Não tem como voltarmos para salvá-lo? O Xamã olhou  em seus olhos e teve uma ideia na qual pegou uma pena de uma ave e disse:

___ Deixe uma mensagem a esta pena que voará até ele e mostrará o caminho de volta.

___ Ele vai escutar?—Christian indagou.

___ Claro! Tudo está conectado e tem seu propósito.— ele respondeu.

A escolha deles posteriormente ao conselho, foi de retornar para encontrarem o amigo, pois não compreendiam o verdadeiro poder desta pena mensageira a qual teriam que enviar para seu amigo.

Porém, essa decisão resultou no desaparecimento de todos os membros do grupo e após investigações no local em busca do desaparecimento dos jovens, nenhum corpo foi encontrado, assim como nenhum Xamã foi visto e nem seres mitológicos…

Desde então em homenagens a estes jovens corajosos foi colocado uma estátua deles em frente às Ruínas, que ficou aberta por um tempo para que estudantes e pesquisadores analisassem o belo lugar.

A única coisa que permaneceu mesmo após anos foi uma tal pena que nunca parou de voar pelo local e também encontraram uma bota antiga.

Embora tenham curiosos que foram lá posteriormente, contam que as árvores estavam com aspectos estranhos com seus troncos tortos, e dizem que durante as investigações por detrás dos jovens foi visto silhuetas e sombras que não pareciam ser identificáveis, além de sons perturbadores que ressoavam.

Várias repercussões de que eles lá ficaram presos na obscuridade, guiado pelos dragões pela razão de terem sido gananciosos.

Pois Stefan queria se apoderar do líquido extraído e usar para o bem próprio. E enriquecer mediante recursos naturais do bosque

Porém, seus amigos não queriam deixar ele para trás, pois ele era importante para o grupo. O que supõe um interesse que poderia realmente ser o desaparecimento do amigo ou a curiosidade por detrás das Ruínas.

A grande questão é qual o preço que você paga para se satisfazer da riqueza e de uma possível vida melhor?

Você está disposto a arriscar algo tão alto como sua própria vida e suas crenças?

Até que ponto a ganância pode influenciar para poder provar o quão destemido você é?

Aquilo que pertence à natureza por alguma razão deve ser mantido no seu local de origem, sem haver interferência humana, não é só porque está na Terra que deve ser dominado pelo homem. Desde uma pequena pedra, sendo retirada do seu local de origem pode causar tremendas alterações ao ambiente.

Algumas verdades devem ser mantidas no seu devido lugar porque nem todos usariam para o bem comum e nem entenderiam

 

 

Carolina de Sá Schirmer, nascida em Santa Maria, no estado do Rio Grande Sul. Graduanda em terapia Ocupacional pela UFSM, finalizando a graduação em 2024. Amante da escrita desde jovem, criadora de histórias de ficção, mistério e fantasia. Recentemente em 2023 publicou seu primeiro E-book sobre a Escrita Terapêutica.

 

 

 

 

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