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ARTEviva 01 | Estreia da coluna da Liana Timm

por Liana Timm

Prezados leitores!

É com imenso prazer que inauguro a coluna quinzenal sobre artes visuais da Rede Sina.

Aqui, na ARTEviva, você vai encontrar um pouco deste instigante universo que move a sensibilidade, a percepção, a reflexão e o sentido crítico, para uma maior compreensão da condição humana e seus meandros.

Estaremos selecionando notícias sobre a movimentação das artes visuais em nível local, nacional e internacional, bem como curiosidades sobre a vida dos artistas, além de esclarecer algumas dúvidas sobre escolas, técnicas e tendências do mundo das artes.

A coluna se dividirá em tópicos para que a leitura corra fácil e prazerosa, sempre com imagens elucidativas dos assuntos abordados.

Então, vamos lá! Espero que gostem e se tiverem algum assunto ao qual queiram que a coluna comente é só escrever para liana.timm@gmail.com

VOCÊ SABE O QUE É ARTE?

A arte diz o indizível;

exprime o inexprimível,

traduz o intraduzível.

 

Clássica definição do renascentista Leonardo da Vinci, pintor da Mona Lisa, o quadro mais famoso do mundo.

“COISA” DE ARTISTA

Li não sei onde…

Que Da Vinci era vegetariano. Para ele os que comiam carne eram devoradores de cadáveres.

Por ser homossexual e ter relações com seus aprendizes, foi perseguido pela inquisição.

 Os que se enamoram da prática sem a teoria

são como pilotos sem timão nem bússola.

Nunca poderão saber onde vão.

 Realizava autópsias em cadáveres para estudos anatômicos, prática proibida na época.

 Levou 4 anos pintando a Mona Lisa (Louvre) e 7 anos, A Última Ceia (pintada na parede do refeitório do convento Santa Maria delle Grazie, Milão). Pessoas reais serviram de modelo. Sua 1ª representação foi a figura de Jesus. Tempos depois, Da Vinci pintou Judas, usando como modelo um bandido romano. Depois do trabalho feito, o modelo lhe pergunta:

– Não reconhece quem sou?

Leonardo responde que nunca o tinha visto. O bandido replicou chorando:

– Mestre, eu sou o jovem que você escolheu para representar Jesus neste mesmo quadro.

Louvre visitado novamente. Em frente à MONA LISA 2019.

EXPOSIÇÕES EM CARTAZ

  • LOCAL

Duas exposições imperdíveis estão em cartaz no FAROL SANTANDER em Porto Alegre – 7 de setembro, 1.028 | Centro Histórico | terça a domingo das 10 às 19h

O prédio já é maravilhoso e causa em nós uma incrível sensação de contentamento. O Centro Histórico da cidade tem muita coisa de qualidade para prestigiarmos.

No térreo:

SIOMA BREITMAN –  O RETRATISTA DE PORTO ALEGRE | até 24 de abril

Nesta mostra, a curadoria de Fernando Bueno e Andrea Pires consegue mostrar a força da fotografia, tanto como registro histórico quanto como produção artística. Uma inigualável  e impactante homenagem aos 250 anos da capital de nosso estado por esse ucraniano, que viveu aqui 60 anos (1920 a 1980). Registrou todos os principais acontecimentos dessas décadas, sendo que o mais conhecido foi a enchente de 41. Registrava cenas do cotidiano além de ser um retratista de primeira. Montagem impecável.

No 1º piso:

IMAGEM METAFÓRICA | Nelson Wilbert | até 27 de março

São 40 obras do artista gaúcho que se afirma misturando história e contemporaneidade, técnicas manuais e digitais. O colorido exuberante contrasta com as fotos em branco e preto do térreo da Instituição.

Algumas imagens da visita:

Exposição SIOMA BREITMAN – o retratista de Porto Alegre
Vista interna do magnífico edifício sede do FAROL SANTANDER
Mais uma foto do interior do edifício sede do FAROL SANTANDER
Foto em que se vê os dois pavimentos do edifício em que estão as exposições em cartaz.
No 1º piso encontramos a exposição IMAGEM METAFÓRCA do artista Nelson Wilbert.

    •  NACIONAL

“BEYOND VAN GOGH” chega a São Paulo

A partir de 17 de março até 03 de julho poderemos ter uma experiência imersiva com o universo do grande pintor holandês VAN GOGH. Quem não o conhece! Suas obras estão em quase todos os Museus do mundo. Em 2019 visitei esta exposição em Paris e foi um grande acontecimento. Agora ela estará à nossa disposição no Shopping Morumbi (Av. Roque Petroni Júnior, 1089, Santo Amaro, São Paulo). Se você for à Pauliceia Desvairada neste período, programe a sua visita. Os ingressos já estão disponíveis no site Live Pass.

da série OUTRO(S) DE MIM | O inigualável | Liana Timm | 30×30 | arte digital | 2016
  • INTERNACIONAL

O Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA) está expondo um conjunto de obras do grande Alexandre Calder que se intitula: Alexander Calder: Modern from the Start.

O escultor americano ficou famoso por seus móbiles, esculturas de ferro de grandes dimensões que se movimentavam através do vento.

A mostra apresenta mais ou menos, 70 obras, filmes, fotografias e outros itens que dão uma panorâmica da vida e da produção do artista.

As peças são de propriedade do MoMA e outras emprestadas pela Fundação Calder. Na exposição vemos obras raras incluindo uma escultura em grande escala no Jardim de Esculturas da instituição intitulada Man-Eater with Pennants exibida pela primeira vez em 50 anos.

Jacob Klintowitz, crítico de arte brasileiro, acaba de escrever um ensaio sobre o artista que vale a pena ler. Ele está na revista AGULHA.

https://arcagulharevistadecultura.blogspot.com/2022/03/jacob-klintowitz-alexander-calder-o.html

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Alexander_Calder

ARTEviva INDICA LIVRO SOBRE ARTE

Mas lendo aqui e acolá sobre roubo de obras de arte fiquei conhecendo Robert Wittman e seu livro Infiltrado: A História Real de um Agente do FBI à Caça de Obras de Arte Roubadas publicado pela Zahar editora em 2011.

O livro conta sobre a criação da divisão de crimes contra arte do FBI e revela os meandros de um mercado negro muito poderoso que corre em paralelo com os mercados de armas e de drogas.

Isso me faz pensar como é vender uma obra-prima roubada!

Deve ser um negócio dos mais difíceis pois, quem compra sabe que não poderá exibir o seu brinquedinho para ninguém.

Segundo Wittman os ladrões dificilmente conseguem mais de 10% do valor da peça roubada de um colecionador particular ou de um museu, porque ninguém vai pagar grande quantia por algo que terá de manter em segredo.

Cita como exemplo o caso de O Grito, de Edvard Munch, furtada em 2004 e recuperada dois anos depois na Noruega. Em negociação com policiais disfarçados, os ladrões fecharam negócio por 750.000 dólares de um quadro que vale 750 milhões.

Coleções particulares são o maior alvo de ladrões, chegando a 52%, seguidas de museus (10%), galerias (10%) e igrejas (8%).

Segundo especialistas a maior parte dos roubos é feita por pessoas de dentro das casas ou instituições. Foi assim que a Monalisa, de Leonardo da Vinci, foi levada em 1911 do Louvre por um vidraceiro que trabalhava no museu francês.

Para pegarem os ladrões, os agentes federais precisam de estratégias e truques. Se aproximam como amigos, ganham confiança e gravam às escondidas as confissões para só depois prendem o sujeito.

Wittman, especialista em roubo de obras de arte, hoje é aposentado do FBI mas tem uma empresa de segurança para o mesmo fim. Antes de ser agente federal americano aos 32 anos, ele dirigia um jornal agrícola criado por seu pai e tinha um rendimento anual de 65.000 dólares com o jornal mas, como sempre quis entrar para o FBI renunciou a esta quantia e lá iniciou com 25.000 dólares ao ano. Não queria prender pessoas, mas salvar obras de arte e artefatos de história – já que o resgate de um quadro muitas vezes acontece desacompanhado de detenção. Para desempenhar o seu papel dentro do FBI, ele teve que frequentar aulas de história da arte e aprender os macetes do meio. Uma leitura, diria, interessante.

Capa do livro: A História Real de um Agente do FBI à Caça de Obras de Arte Roubadas, publicado pela Zahar editora em 2011.

PARA UMA ÚLTIMA REFLEXÃO

O russo Vladimir Maiakóvski nos ensina:

 

A arte não é um espelho

para refletir o mundo,

mas um martelo para forjá-lo.

 

Da série OUTRO(S) DE MIM | o insubstituível | Liana Timm | 30x30cm | arte digital | 2022

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foto: Luis Ventura

LIANA TIMM | Artista multimídia, arquiteta, poeta e designer. Vive em Porto Alegre com atelier em permanente ebulição. Sua produção mescla manualidade e tecnologia, conceito e materialidade, história e contemporaneidade. Transita pelas artes visuais, pela literatura, pelas artes cênicas e pela música. Professora da faculdade de Arquitetura e Urbanismo da universidade federal do rio grande do Sul (1976/96). Especialista em Arquitetura habitacional e Mestre em Educação pela UFRGS. Realizou 76 exposições individuais, sendo as mais importantes: Pinacoteca do Estado de São Paulo/SP/Brasil, Memorial da América Latina /SP/SP/Brasil, Centro Cultural Correios e Telégrafos/Rio de Janeiro/RJ/ Brasil, Museu Brasileiro da Escultura/São Paulo/SP/Brasil, Fundação Cultural do Distrito Federal/Brasília/DF, Museu da Gravura cidade de Curitiba/PR/Brasil, Museu de Arte do Rio Grande do Sul/Porto Alegre/RS/Brasil. 35 shows musicais na cidade de Porto Alegre e interior do Rio Grande do Sul/Brasil, em Montevideo/Uruguai, em Miami/EUA e em Toulx Sainte Croix/França. Publicou 64 livros, destes 18 são individuais de poesia sendo que o último reúne sua produção poética de 35 anos. Recebeu 17 prêmios nas diversas áreas de atuação. Desenvolve suas produções culturais e projetos editorias através da TERRITÓRIO DAS ARTES.

 

 

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