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A UNIVERSIDADE MAIS RACISTA DO MUNDO por JOÃO HEITOR

“A vaidade intelectual somada ao mito do pequeno poder, são apenas dois exemplos das relações de poder abusivas e doentias que impõe  aos alunos situações de submissão e constrangimento. Tais situações é que alimentam e dão segurança para que um grupo de acadêmicos  idiotizados por esse mesmo sistema, que apenas cria burocratas acadêmicos, se sinta com o poder e a liberdade de manifestar seu ódio racial.”

Os casos recentes de racismo na Universidade Federal de Santa Maria não me surpreendem, pelo contrário, só reforçam algo que observo há muitos anos nesta instituição. Como aluno, ando pelos corredores, transito pelos espaços acadêmicos  e observo.

A realidade é que uma Universidade que insiste em manter dentro dela o abismo social  que põe em lados opostos o povo e uma pequena parcela social que desfruta desde sempre dos privilégios da nossa sociedade está de maneira explícita contribuindo para o racismo institucional e para a discriminação.

As relações internas nessa universidade só reproduzem o preconceito, o racismo, o machismo e a homofobia presentes em nossa sociedade. Pois nela se consolida um poder institucionalizado daqueles que desde sempre foram privilegiados, uma elite local que usa este espaço  para consolidar seu status quo de intelectualidade intransponível. Para isso, usa dos mecanismos acadêmicos e de uma suposta intelectualidade que impõe aos alunos humilhações e desrespeitos de todas as formas. Reitoria, coordenações de curso e chefias de Departamentos explicitam suas posições contra uma disciplina de combate ao racismo, pois maquiam o verdadeiro problema e explicitam sua posição privilegiada de que o problema não é com eles.

A Universidade, que de universo não tem nada, pois é uma mera reprodutora de uma falácia universalista, que se dizendo de todos, não é de ninguém, ou melhor, é sim, de uma elite local provinciana que tudo pode.

O sucesso acadêmico só maquia de forma sutil a verdadeira intensão desta Universidade, que é servir ao mercado, onde, não agrada a elite que comanda esta instituição o surgimento entre os “Doutos” uma camada proletária emergente e pensante e crítica.

Essa Academia de excelência oprime, segrega e exclui. Com mecanismos requintados sob o controle dos detentores do poder, os professores, esse espaço torna evidente que não é para o povo, e que estes, podem ser tratados com os mesmos requintes de crueldade dos tempos da escravidão. O trabalho forçado foi substituído pelo produtivismo, pelas metas quantitativas, por um aparelho burocrático, que sob o controle dos professores “doutos’, que tudo podem, servem de chibata para os escravos acadêmicos, os alunos.

A vaidade intelectual somada ao mito do pequeno poder, são apenas dois exemplos das relações de poder abusivas e doentias que impõe  aos alunos situações de submissão e constrangimento. Tais situações é que alimentam e dão segurança para que um grupo de acadêmicos  idiotizados por esse mesmo sistema, que apenas cria burocratas acadêmicos, se sinta com o poder e a liberdade de manifestar seu ódio racial.

Os que vem debaixo, pretos e pretas, mulheres, homossexuais e indígenas é que são as vítimas deste processo, de uma universidade racista que agora mostra sua cara.

RACISMO INSTITUCIONAL VOCÊ  VÊ AQUI NA UFSM!

JOÃO HEITOR SILVA MACEDO

Possui graduação em Licenciatura Plena em História pela Universidade Federal de Santa Maria (1996) e Mestre em História, área de concentração Arqueologia, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1999), é doutorando do Programa de Pós-Graduação em História da UFSM. Desenvolve suas atividades como professoras do Magistério público estadual do Rio Grande do Sul atualmente na Escola Estadual Ensino Médio Cilon Rosa em Santa Maria. Atuou como Coordenador Pedagógico na 4ª CRE em  Caxias do Sul (2011-2012), participou do Núcleo de Educação Indígena da SEDUC-RS (2011-2012), foi professor da Faculdade da Serra Gaúcha em Caxias do Sul (2008-2012), atuando nos cursos de Administração, Ciências Contábeis e Direito.  É diretor do Museu Comunitário Treze de Maio em Santa Maria, o qual também é co-fundador. Foi Presidente do Conselho Municipal de Cultura de Santa Maria (2014-2015) e também Conselheiro do mesmo no seguimento Patrimônio Histórico (2013-2015), foi Coordenador do Sistema Municipal de Museus (2013-2015), foi conselheiro de cultura em Caxias do Sul. Foi membro da Subcomissão da Verdade da Escravidão OAB-RS. Tem trabalhos publicados na área de arqueologia, história direito, administração, história e patrimônio. É militante do Movimento Negro e sindicalista.
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