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Jiddu Pinheiro. Foto: arquivo pessoal

ENTREVISTA: Jiddu Pinheiro (ator e produtor cultural)

“Acho que minha sina é dedicar a vida àquilo o que acredito, que me toca, me afeta, aquilo que eu amo. Por isso que eu escolhi ser artista e, como tal, escolher projetos que, de fato, fazem sentido e também geram sentido. Eu procuro me reconhecer em tudo àquilo que eu faço. Acho que esse é um norte.”

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fotos divulgação do arquivo do ator

por Melina Guterres

Jiddu Pinheiro é ator. O último filme em que atua, O Animal Cordial, de Gabriela Almeida, está nos cinemas e nas lista dos filmes que concorrem para representar o Brasil na disputa ao Oscar. Jiddu também é produtor cultural e sócio-proprietário do Centro Cultural b_arco, localizado no bairro Pinheiros, em São Paulo. O espaço, parceiro da Rede Sina é administrado pelos irmãos Pinheiro – Jiddu, Gabriel, Pablo e abriga diversos cursos, atividades culturais.  É onde se reúnem profissionais do cenário audiovisual há 12 anos.

Confira a entrevista com Jiddu Pinheiro:

REDE SINA – Como é trabalhar entre irmãos? Vocês são atores e empresários, como conciliar as duas carreiras?

JIDDU PINHEIRO – Sou ator profissional há 24 anos, mas sempre acreditei que a profissão do artista é múltipla.  Atuação é uma das formas de expressão e eu também escrevo, dirijo e realizo meus projetos. Sempre tive essa “pegada” de realização. Existem muitas possibilidades de você se expressar. Então, quando surgiu o b_arco foi algo natural. É um espaço cultural onde, além de eu poder trazer as coisas nas quais acredito em termos de teatro, literatura, cinema, também posso me realizar como produtor. Não tenho nenhum conflito quanto a ser um produtor cultural e ator. Muito pelo contrário, são duas atividades que se complementam e se potencializam. Eu não me chamaria de empresário, porque acredito que é um projeto muito mais de vida de envolvimento, paixão. O b_arco é mais do que um objetivo comercial. Tem uma missão que é de potencializar iniciativas na área de criação e educação, e é algo que eu acredito profundamente e sobre o qual dedico a minha vida. Quanto a fazer isso em família, tem a galeria Virgílio que é da minha mãe, nossa parceira, o Pablo e o Gabriel, que também fazem parte da sociedade no b_arco, só vejo coisas positivas em trabalhar em família. É claro, que tem uma dificuldade em misturar questões familiares e questões profissionais, mas a gente tem maturidade para separar bem as coisas. Por outro lado, é muito bom porque a gente se afina muito, têm os mesmos valores, ponto de vista parecido e as diferenças são solucionadas de uma forma bastante orgânica. A vantagem de uma empresa familiar é que nos períodos difíceis, resistir como espaço cultural sem apoio do governo, iniciativa privada –  patrocínio no Brasil é muito difícil -, e nesses períodos em família você se fortalece muito. Não saberia pontuar objetivamente, mas existem dados que mostram que empresas familiares tem mais possibilidade de superar situações de crise do que empresas que não são familiares, e nesse sentido eu vejo como algo muito positivo.

REDE SINA – Um trabalho que te marcou como ator?
JP – Destacaria no teatro o espetáculo que eu fiz nos anos 2000 que foi muito marcante não só para mim, mas para muitas pessoas que assistiram “Os Sete Afluentes do Rio Ota”, direção da Monique Gardenberg. Em cinema, escrevi e co-dirigi com Fernando Fraiha o La Vingança, um filme que marca um ponto importante da minha carreira que é a estreia como co-diretor, roteirista e produtor. Um grande aprendizado e onde deixo uma marca autoral no cinema. Mais recentemente destaco o filme que estreou dia 9 nos cinemas da Gabriela Amaral Almeida de produção do Rodrigo Teixeira, O Animal Cordial. Gosto muito da minha performance nesse filme.

REDE SINA – Uma história “legal” que aconteceu no b_arco?

JP – O b_arco tem 12 anos. Muita gente passou por aqui, tem muitas histórias.  O que me deixa muito feliz é ver que pessoas mudaram a vida ou se descobriram, pessoas que estavam mudando de profissão se encontraram aqui como roteirista, por exemplo, e hoje estão realizando projetos muito bacanas no mercado.  Se não me engano em 2012, 2013, na Balada Literária , um evento de literatura que a gente já realiza aqui em parceria com Marcelino Freire há 11, 12 anos, numa delas teve um bate-papo do Caetano Veloso e do Augusto de Campos sobre poesia e, por acaso, veio assistir o Glauco Mattoso. Caetano tem aquela música “Língua” onde canta “…Nomes de nomes como Scarlet Moon Chevalier,Glauco Mattoso e Arrigo Barnabé, Maria da Fé…“, na hora a gente chamou o Glauco. Essa música foi feita há mais de 30 anos e eles não se conheciam. Vieram se conhecer neste dia no b_arco, tem foto sobre isso publicada no nosso site e, ainda, nessa hora apareceu Arrigo Barnabé! Só faltava Maria da Fé.

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REDE SINA – Qual o maior desafio em trabalhar com cultura?

JP – Em minha opinião, os dois maiores desafios de quem trabalha com cultura são: a) você encontrar formas de viabilidade de projetos culturais.  Quer dizer, a gente tem no Brasil políticas que estão ainda em desenvolvimento, se aperfeiçoando e tivemos alguns retrocessos nos últimos tempos. É sempre uma luta da categoria conseguir encontrar não só formas de financiamento, mas também formas de aperfeiçoamento do mercado cultural. E o segundo ponto, não menos importante, é como se manter conectado com que realmente é relevante, manter um nível de qualidade e excelência alto porque, de alguma forma, existe uma responsabilidade muito grande para quem trabalha com arte que é de se manter vivo e não cair na banalidade, na superficialidade. Muitas vezes corre-se o risco de se cair nela quando você trabalha com cultura e, ao mesmo tempo, com comunicação de massa, e tem que lidar com realidades financeiras. Então, é uma resistência conseguir equacionar qualidade de realização com qualidade de conteúdo.A imagem pode conter: 2 pessoas, pessoas sentadas, barba e atividades ao ar livre

REDE SINA – Vocês trazem muitas pessoas do cinema brasileiro para dar cursos. Como você vê esse mercado hoje e as produções realizadas?

JP – O b_arco segue aperfeiçoando cada vez mais o conteúdo que produz em seus núcleos, laboratórios de pesquisa. Nosso objetivo é manter a qualidade dos nossos cursos, professores e ajudar na formação e qualificação de artistas, agentes culturais ou pessoas que estão simplesmente em busca. No final das contas, estamos falando de desenvolvimento humano. O b_arco é um projeto que trata de arte, cultura e humanidade. Então a gente busca encontrar caminhos que potencializem esses valores. Nossos planos para o futuro são tentar tornar o b_arco cada vez mais democrático e inclusivo, encontrar caminhos para tornar o que nós realizamos – uma formação de alto nível – mais acessível para maior número de pessoas, incluindo minorias e quem vêm de origens sociais menos favorecidas.

REDE SINA – Qual sua sina?

JP- Acho que minha sina é dedicar a vida àquilo o que acredito, que me toca, me afeta, aquilo que eu amo. Por isso que eu escolhi ser artista e, como tal, escolher projetos que, de fato, fazem sentido e também geram sentido. Eu procuro me reconhecer em tudo àquilo que eu faço. Acho que esse é um norte.

O Animal Cordial – 9 de agosto nos cinemas

Após um restaurante em São Paulo ser invadido por dois ladrões armados, o dono do estabelecimento, o cozinheiro, uma garçonete e três clientes são rendidos. Inácio (Murilo Benício) precisa agir para defender seu restaurante e seus clientes dos assaltantes. O Animal Cordial, dirigido por Gabriela Amaral Almeida, estreia em 9 de agosto nos cinemas. Com Luciana Paes, Camila Morgado, Humberto Carrão e Irandhir Santos. Produção RT Features, co-produção Canal Brasil e distribuição California Filmes.

Posted by O Animal Cordial on Tuesday, June 26, 2018

 

CONHEÇA O b_arco: http://barco.art.br/

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