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Uma dissertação de mestrado vira curta sobre Art Déco em Santa Maria (assista no vídeo acima), confira o que diz a diretora:
“Bom dia, aqui quem está falando é a Lidia Rodrigues, sou arquiteta e urbanista, especialista em Arte e Visualidade, mestre em Planejamento Territorial Sustentável pela Universidade Autônoma de Madri e, agora, mestre em Patrimônio Cultural pela UFSM e estou aqui para contar pra vocês sobre o audiovisual “Patrimônio Art Déco de Santa Maria – RS”, disponível no canal do You Tube que leva meu nome – Lidia Rodrigues
Esse audiovisual foi o produto final da minha dissertação e apresenta, através de uma narração com o personagem Art Déco e imagens ilustrativas, a trajetória deste estilo a partir de sua origem na Exposição Internacional de Paris de 1925, sua expansão e presença pelos cinco continentes, pela América Latina e Brasil.
As características formais do estilo arquitetônico são apresentadas todas com imagens de exemplos de Santa Maria.
A narrativa destaca o Art Déco em Santa Maria, seu contexto histórico e identifica os quatro prédios do centro histórico ressaltando as características do estilo, sendo um representativo de cada década:
Quais são eles: da década de 1920 Edifício da Rua do Acampamento número 70 construído em 1928 que demonstra aí a quase que simultaneidade de acontecimentos na Europa e Santa Maria;
– 1930 Antigo Cinema Imperial, Rua Dr. Bozano;
– 1940 Edifício do antigo Hotel Jantzen, Avenida Rio Branco esquina Venâncio Aires;
– 1950 Edifício Mauá, Avenida Rio Branco esquina Silva Jardim.
Ao final este personagem Art Déco convida a todos para preservar o patrimônio cultural Art Déco de Santa Maria.
Falando agora sobre o contexto que levou a me dedicar ao tema, é importante ressaltar o lamentável estado de decadência em que se encontra esse patrimônio arquitetônico Art Déco, fruto da falta de políticas públicas que possibilitem uma manutenção adequada, aliada à cultura generalizada de não valorização aos elementos que remetem ao passado o que faz com que, os próprios proprietários dos imóveis não vejam como importante a preservação, novos investidores evitam a área pertencente ao centro histórico, de maneira que, ano após ano mais perdas são contabilizadas.
Igualmente desoladora é a forma com que os governantes brasileiros tratam a cultura do país, a qual sofre com cortes orçamentários, falta de manutenção que levam à perdas irreparáveis como os sinistros ocorridos no Museu Nacional em 2018 e na Cinemateca Brasileira em 2021, desmonte e desvalorização de instituições culturais. Neste contexto, resta claro que a Educação Patrimonial não está em nenhuma lista de prioridades ou que haja fomento para uma política pública cultural pensada para gerar pertencimento e auto estima cidadã, de forma que, este projeto, concretizado na produção deste audiovisual, vem para colaborar na mudança deste cenário.
Eu acredito que, grande parte dessas informações não seja do conhecimento da maioria das pessoas, então, neste sentido, a intenção é que esse vídeo de 12 minutos possa proporcionar que mais pessoas se apropriem do reconhecimento deste patrimônio cultural presente nas nossas ruas e que são testemunhos da nossa história. E que esse processo de apropriação produza autoestima baseada nas raízes históricas da cidade e no reconhecimento dos edifícios patrimônio cultural.
O audiovisual é um veículo potente de comunicação que pode sensibilizar as pessoas quanto à importância da preservação do patrimônio cultural e a que chamamos educação patrimonial promove e desperta o sentimento de pertença de uma comunidade por seus bens patrimoniais. A promoção da preservação do patrimônio cultural de uma localidade contribui para o desenvolvimento turístico-social-cultural-político-econômico.
Então convido a todos para que assistam, comentem e divulguem porque este audiovisual é direcionado a todos os públicos.”
Leia aqui artigos de Lídia Rodrigues publicado na Rede Sina
