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A PAIXÃO SEGUNDO G.H.
Autora: Clarice Lispector.
Lançado em 1964.
O livro conta a história uma mulher, que nós conheceremos pelas iniciais G.H. Num primeiro tempo, G.H. vai se dizer uma mulher que tem uma “existência bem arrumada”, estável situação financeira, trabalha como escultora e mora numa cobertura no Rio de Janeiro, alguém sem maiores questões.
Porém, num belo dia, ela decide arrumar a casa, começando pelo quarto que foi da sua empregada e, partir daí, vamos acompanhar uma narrativa dramática e intensa.
Somado a isso, presenciaremos o encontro inusitado com uma barata, esse ser “imundo”, que torna a narrativa ainda mais interessante.
Percorrendo o estranhamento das primeiras páginas, vamos sendo conduzidos por um caminho tortuoso de despersonalização e de redescobertas da personagem.
FAHRENHEIT 451
Auror: Ray Bradbury
Lançado em 1953.
Embora a data de seu lançamento se situe na metade do século, algumas referências no livro vão nos dar a ideia de que o tempo de acontecimento ou o momento em que a obra se passa, provavelmente, ocorre num tempo muito próximo ao que estamos vivendo atualmente.
Nesta obra, curiosamente, pode-se dizer, que o personagem principal é o livro.
Toda a narrativa vai girar em torno dos livros ou, melhor dizendo, da necessidade de queimá-los.
Os livros são vistos como capazes de gerar infelicidade e, por isso, não apenas se justifica, como se necessita que sejam destruídos.
E para destruí-los, eles serão queimados.
Outra coisa interessante é que os responsáveis por destruírem os livros são os bombeiros. Existe aqui uma inversão da lógica. Todos sabem que os bombeiros são os que apagam os incêndios, mas aqui, ao contrário, eles são os responsáveis por colocar fogo.
É uma obra primorosa que evidencia o livro como lugar de transmissão, de memória, de resistência.
