Existe coisa mais insuportável do que essa gente que entra para uma religião nova e decide que todo mundo tem que entrar também?
Hoje um desses fanáticos resolveu me abordar na padaria. Viu que eu estava usando uma correntinha da Santa Bárbara e começou:
– Tens alguma religião?
– Sou católica – respondi.
– Eu também já fui católico. Já adorei imagens, quase fui padre. Estou vendo que tens uma Virgem Maria no pescoço…
– Não é a Virgem Maria, é a Santa Bárbara. (Para quem quase foi padre, o cara não conhecia a diferença, que estranho…)
Ele continuou:
– Mas é tudo a mesma coisa. É tudo matéria. Está na bíblia que não devemos adorar imagens, blablablá…
Eu poderia ter discutido com o sujeito para defender minha santinha. Poderia ter dito para ele tudo que eu já pedi para Ela em orações e consegui, mas, Santa Bárbara não precisa de defesa, nem eu preciso me dar ao trabalho de discutir com um desconhecido. Lembrei de utilizar uma tática que a minha falecida avó Dina ensinou: “minha filha, quando quiseres sair de uma conversa chata, não discuta com a pessoa, só balance a cabeça e diga “é, foi, sim”. Foi o que eu fiz e funcionou. Ele desistiu de falar eu eu fui embora sem me estressar.
E acreditem no que vocês quiserem. Só não sejam chatos, ok?
SAÍLE BÁRBARA BARRETO é advogada, contadora de histórias e bruxa malvada nas horas vagas.
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