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Cultura e brique na Vila Belga em Santa Maria

Santa Maria é uma cidade localizada no centro do Rio Grande do Sul, foi a primeira do interior do estado a ter uma ferrovia, assim como uma universidade federal. Na colorida e pacata Vila Belga, hoje considerada patrimônio cultural, moraram no início do século passado os funcionários que construíram a ferrovia.

A partir de 2015, um feira começa a nascer. Hoje pelo menos dois domingos do mês, gente de todas idades, tribos, estilos passam pelo brique da Vila Belga que também se tornou um palco para músicos e atores se expressarem. Brique e cultura crescem juntos.

Kalu Flores, morador da Vila e realizador de brique conta um pouco no vídeo acima como nasceu essa história. Quem quiser ter uma banquinha por lá, só ligar para (55) 9146-2039. Para acompanhar o que acontece por lá, só curtir a page: https://www.facebook.com/briquedavilabelga

Na foto/montagem: Kalu Flores,  Pylla e Fran Cullau, Guilherme Rolim, Ciça e Edson, Samuel Caballero, Tânia Caballero, Denise Kanopf, Georgia Zampieri, Caroline Noal, Melina Guterres e Denise Lopes, Ana Laura Ruchinga, Natália Dolwitsch, Luiza Rangel estiveram neste domingo no Brique da Vila Belga.

Confira também na page: https://www.facebook.com/redesina

Apesar do frio, muita gente esteve no brique da Vila Belga
Apesar do frio, muita gente esteve no brique da Vila Belga

 

História da Vila Belga:

Projetada pelo engenheiro belga Gustave Wauthier, a vila foi construida no período de 1901 a 1903 para servir de moradia aos funcionários da companhia belga “Compagnie Auxiliare des Chamins de Fer au Brésil”, que vieram para construir as ferrovias.[1] A companhia adquiriu a concessão e finalizou a construção da Estrada de Ferro Porto AlegreUruguaiana, concebida como linha-tronco de um projeto de articulação do território e das fronteiras do Estado do Rio Grande do Sul com a Argentina, Paraguai e Uruguai através de ferrovia, tendo, portanto, caráter fundamentalmente estratégico, em especial após a Guerra do Paraguai (18641870), que passou a representar uma preocupação para o governo imperial.

Um dos entroncamentos mais importantes da linha estava situado no município, onde foram instalados os escritórios da Auxiliare, assim como oficinas e inúmeros galpões que empregavam um grande número de funcionários, partes dos quais instalados na Vila Belga. Em 1872, pouco após o fim dos conflitos, o engenheiro José Ewbank da Câmara apresentou ao governo imperial o “Projeto Geral de uma Rede de Vias Férreas Comerciais e Estratégicas para a província de São Pedro do Rio Grande do Sul”, onde propôs a construção de uma série de ferrovias com linhas-tronco em sentido norte-sul e leste-oeste, que se entroncariam em pontos estratégicos.

Primeiramente, o projeto tinha como base dois centros irradiadores: São Gabriel e Alegrete, entretanto, durante a pormenorização do projeto, os estudos teriam demonstrado uma considerável redução de custos se o trajeto daferrovia passasse por Santa Maria da Boca do monte, onde o terreno era menos acidentado.

A Auxiliare para abrigar seus funcionários graduados (mas não propriamente de primeiro escalão) que trabalhavem diretamente na operação do pátio ferroviário, adquiriu uma gleba urbana próxima à Estação de Santa Maria e iniciou, na primeira metade do século XX, a construção de uma série de residências, conjunto que ficou conhecido como “Vila Belga”.

A Vila Belga é considerada patrimônio histórico e cultural do município (lei municipal nº2983/88, de 6 de janeiro de 1988).

Segundo o tombamento municipal da Vila Belga, das oitenta residências originais, atualmente o conjunto conta com apenas setenta e nove, pois uma foi completamente descaracterizada. As demais mantém ainda suas configurações originais: térreas e geminadas duas a duas (com exceção de uma), configurando quarenta edifícios distribuídos em quatro ruas principais e cinco quadras.

A Vila Belga, apesar de ter sido construída por uma empresa ferroviária não se configura como uma tradicional “Vila Operária” (separado das cidades e construido segundo principios hierárquicos e de organização social), mas sim como uma continuação de Santa Maria

Descrição dos Limites da Unidade Residencial: A unidade residencial urbana cujos lotes estão distribuídos em cinco quarteirões, que confrontam para as Ruas Manoel Ribas, Ernesto Beck, Dr. Wauthier e André Marques.

(Fonte: Wikipédia)

Brique da Vila Belga (foto em: https://www.facebook.com/briquedavilabelga)

 

 

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