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DOCUMENTÁRIO “DEPOIS DO FIM” NOS CINEMAS

“Um velho comandante de trens revisita estações e percorre linhas de ferro, buscando vestígios da era de ouro das ferrovias brasileiras. Com o som tonitruante dos trens, que se torna recorrente na memória do velho maquinista, cria-se uma narrativa que lança o espectador em um tempo paralelo, próprio do personagem, entre o apogeu e decadência das ferrovias, em uma reflexão sobre os ininterruptos ciclos da vida, com inícios, fins e recomeços.”

Alvaro de Carvalho Neto assim define o seu filme que pré-estreia nesta quinta, 20, em Santa Maria, Porto Alegre e tem estreia nacional dia 27. O longa documental DEPOIS DO FIM, indicado pela Ancine para 75º Festival de Veneza e 34º Festival de Cinema Independente de Buenos Aires (BAFICI), faz um paralelo com a finitude da vida e abandono do patrimônio material e imaterial, buscando conectar públicos de diferentes gerações.

O filme é baseado nas memórias de Evaristo de Moraes, um ex-ferroviário, comandante de trem, personagem nonagenário que vive entre memórias e ruínas, e relembra o período áureo do mais importante meio de transporte terrestre do século XX. Ao revisitar o passado, o personagem traça um paralelo entre a história de abandono das ferrovias e sua própria história, e conclui: “Como pra tudo, o fim chegou.”

DEPOIS DO FIM apresenta, em movimento, imagens antigas do Rio Grande do Sul captadas por Eduardo Hirtz em 1909. O documentário não lida com narrações descritivas, mas com muita sensibilidade, traz uma visão poética e reflexiva do abandono em diversos recantos do Rio Grande do Sul, entre as fronteiras do Uruguai e Argentina, onde o trem fez história no sul do país.

Conta ainda com Arcolau Bender, que poeticamente através do olhar do diretor se torna um sensível ícone de finitude do patrimônio e da vida.

Em Santa Maria, o filme será exibido no Arcoplex do Royal Plaza Shopping, numa sessão para equipe, convidados e público geral. É possível comprar ingressos antecipados. LEIA ENTREVISTA COM O DIRETOR.

TRAILER: https://bit.ly/2JGqoxm
FOTOS: https://bit.ly/2KcEqXK

PROMOÇÕES:

Ingresso SINA (meia-entrada)

Ingresso ENY (meia-entrada) 

O filme está em cartaz nos seguintes cinemas:
 
Santa Maria
20 à 26 de Junho – 21h20
Arcoplex Royal Plaza Shopping (Av. Nossa Senhora das Dores, 305. Dores)
Porto Alegre:
20 de junho a 10 de julho – 19h30 – Exceto segunda-feira (24)
Cinemateca Paulo Amorim – Casa de Cultura Mário Quintana na nova sala Eduardo Hirtz (Rua das Andradas, 736, Centro Histórico)
São Paulo:
27 de junho a 10 de julho – 15h30
Petra Belas Artes (Rua da Consolação, 2423, Consolação)

SINOPSE

Ao refletir sobre a vida, aos 90 anos, o ex-comandante de trem Evaristo recorda a sua trajetória nas ferrovias. Em meio às ruínas, ciclos de lembranças e lapsos de memória reconhece a decadência das ferrovias e a iminente finitude.

 

SOBRE O DIRETOR

Álvaro de Carvalho Neto tem larga experiência no cinema e televisão. Atuou como produtor em:

UM LUGAR PARA MORRER – longa-metragem / Brasil/Uruguai, 2015.
EXPEDIÇÃO XINGU – série para TV / Fantástico (REDE GLOBO), 2013.
NO CAMINHO – série para TV / Multishow (GLOBOSAT), 2010 – 2012.
MANHÃ TRANSFIGURADA, de Sergio Assis Brasil – longa-metragem / Brasil, 2009.
PARAGEM DO TEMPO, de Carolina Berger – documentário / Brasil, 2009.
HERANÇA, de Carolina Berger – documentário / Brasil, 2007.
DEPOIS DO FIM marca a estreia de Alvaro na direção. Atualmente vive na Alemanha, onde desenvolve seu próximo filme e pesquisa distribuição de filmes entre Europa e América Latina.

ENTREVISTA: ALVARO DE CARVALHO NETO

DESTAQUE

  • Apresenta memória material e imaterial, preservada e deteriorada, do meio transporte mais importante do Brasil do início século XX: locomotivas a vapor, estações de trem, linhas férreas e resquícios deste período áureo.
  • Fotografia impactante e poética que revisita regiões relevantes na história das ferrovias do Rio Grande do Sul e do Brasil. Rodado em Santa Maria, Pelotas, Bento Gonçalves, Vespasiano Correa, Muçum, Marcelino Ramos, São Pedro do Sul, Cacequi, Santana do Livramento e Uruguaiana, o filme percorre as fronteiras do estado do RS com o Uruguai, Argentina, Santa Catarina e Oceano Atlântico, caminho comum aos trens de século XX. Paisagens e recantos, entre estações de trens, trilhos e outros vestígios de uma era de progresso.
  • Apresenta imagens históricas que, segundo o historiador Glênio Póvoas, são as imagens em movimento mais antigas preservadas no Rio Grande do Sul. Trata-se do filme Cerimônia e Festa na Igreja de Santa Maria – Estação, realizado em 1909 por Eduardo Hirtz, e apresenta a inauguração da Catedral, o embarque na estação de Santa Maria, e a partida do trem. 
  • Visita as maiores estruturas ferroviárias da América Latina: a ponte do Entrocamento, sobre o rio Santa Maria, é ponte ferroviária metálica mais longa, com 1,5 km em Cacequi – RS, e o segundo viaduto mais alto do mundo, o Viaduto 13, com 150m de altura e 509 de extensão, em Vespasiano Correa – RS.
  • Retrato poético e distinto da região férrea de Santa Maria, com fotografia imponente, viaja por ambientes históricos com um novo olhar.
  • Áudios recuperados das entrevistas de pesquisa e recortes do pensamento do personagem remontam à história das ferrovias no século XX, seu apogeu, decadência e finitude
CURIOSIDADES
  • Algumas estações e localidades representam claramente o conflito entre o abandono/ruína e a preservação/restauro das ferrovias. 
  • Vila Belga, em Santa Maria, é considerado o primeiro conjunto habitacional do Rio Grande do Sul, com 84 casas no estilo Belle Époque, com influências da art-nouveau. Foi inaugurada em Santa Maria, no ano 1903. Hoje é patrimônio histórico do município e do RS. Alguns desses prédios também representam o conflito do filme, entre preservação e ruína. 
  • No trem turístico da Serra Gaúcha, entre as cidades de Bento Gonçalves, Garibaldi e Carlos Barbosa, uma maria-fumaça percorre 23km.
  • O trem turístico Piratuba – Marcelino Ramos, a maria-fumaça transita entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Estreia em Santa Maria:

https://redesina.com.br/estreia-do-filme-depois-do-fim/

Mais:

FICHA TÉCNICA
Depois do Fim com Arcolau Antonio Bender
Roteiro e Direção: Álvaro de Carvalho Neto
Direção de Fotografia: Pedro Rocha
Montagem: Alfredo Barros
Música: Leo Henkin
Desenho de som: Gabriel Schulz
Mixagem: Ricardo Costa
Supervisão de som: Kiko Ferraz e Christian Vaisk
Supervisor de pós-produção: Daniel Dode
Direção de produção: Rose Carneiro
Coordenação de Produção: Matheus Toledo
Assistente de direção: Fabrício Koltermann
Técnico de som direto: Higor Rodrigues
Assistente de câmera: Gustavo Fattori e Bruno Fenner
Maquinista: André Campanhol
Assessoria de Marketing: Isadora Bondarenko
Apoio de divulgação: Melina Guterres
Produção de Trailer: Guilherme Pires
Designer gráfico: Indio San
Consultoria histórica: João Rodolpho Flôres
Produção: Álvaro de Carvalho Neto
Distribuição: Lança Filmes
Financiamento
Governo do Estado do Rio Grande do Sul – através do Pró-cultura RS.
Patrocínio
Grupo CEEE – Distribuidora
Eny Calçados
Sobre a produtora Milímmetros
A Milímmetros é uma produtora audiovisual localizada no interior do Rio Grande do Sul. Há quinze anos atuando nas áreas de cinema e televisão – ficção e documentário com experiência de produção realizadas no Brasil e no exterior, tem com foco nas questões sociais e ambientais. A produtora tem contribuído no processo de descentralização da produção audiovisual brasileira com uma produção de qualidade técnica e artística
reconhecida no mercado.
Sobre a distribuidora Lança Filmes
Atuando no mercado de distribuição, a Lança Filmes valoriza a qualidade técnica e artística de seus filmes, levando para o público histórias que emocionem, comovam e permaneçam nas suas memórias.
DEPOIMENTO SOBRE A TRILHA DO FILME – Leo Henkin
‘’Fazer a música desse belíssimo e oportuno documentário foi pra mim uma instigante imersão nostálgica, uma viagem aos lugares mais remotos da minha infância. Dos sons que embalaram minha trajetória e os meus sonhos, e que se perpetuaram definitivamente em mim, lá está o som eterno e urgente dos trens; os sons das ferrovias, das estações, dos vagões, das multidões, das histórias de vidas, das partidas e das chegadas – sons que trazem em si muita música , muito ritmo e poesia. A música para essa história comovente de um homem apartado de sua paixão é um lamento. É o lamento despertado pelo vigor dos relatos de uma época vívida, dourada e que teve seu triste ocaso, em mais uma das insanidades cometidas nesse país. É o lamento que ecoa das memórias e das imagens, dos ferros que viraram ferrugens, dos vapores que viraram dores, do movimento que virou silêncio.’’ – Leo Henkin –

 

 

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