Tudo o que é natural não é causa de desconforto, por exemplo, quando temos uma visão normal 20/20, não vamos ao oftalmologista reclamar que enxergamos bem, por outro lado, se não estamos enxergando corretamente, seja de perto ou de longe, vamos ao oftalmologista para
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Tudo o que é natural não é causa de desconforto, por exemplo, quando temos uma visão normal 20/20, não vamos ao oftalmologista reclamar que enxergamos bem, por outro lado, se não estamos enxergando corretamente, seja de perto ou de longe, vamos ao oftalmologista para fazer análises, pois o não enxergar plenamente é uma causa de incomodidade. Similarmente, a analogia se aplica aos outros sentidos, aos nossos órgãos, corpo, sentimentos, emoções e visões de mundo.
Desta maneira, todos os sentimentos não naturais, ou seja, que contradizem a nossa divina natureza como o ódio, o ciúme, a raiva, o desprezo, a vergonha, o desrespeito e a inveja precisam, necessariamente, passar por uma metodologia infame de ensino, de assimilação, de manifestação e de alimentação para serem plenamente materializados e, desvirtuadamente, serem percebidos como naturais.
E como funciona esse processo?
Primeiro, alguém deve educar a inocente criança sobre a existência destes nefastos sentimentos. Em segundo lugar, por ignorância e repetição de exposição, a criança ou o adolescente, acaba assimilando tais inverdades.
Na seguinte fase, o indivíduo passa a manifestar com frequência o aprendizado que lhe foi compartilhado para que o mesmo seja validado, visto ser imperativo que a pessoa frequentemente alimente tal sentimento, pois sua essência, por ser não natural e efêmera, precisa de nutrição para manter-se viva.
Novamente, esta metodologia somente acontece porque tudo o que é não natural apenas se manifesta por meio de distorcidos e desumanos processos de lavagens cerebrais.
Assim sendo, é crucial estar alerta para a manifestação de sentimentos que são antagônicos a nossa própria natureza, que causam desconforto quando os praticamos, que deixam um sentimento de aperto no coração quando os executamos, que demonstram ser desagradáveis quando observamos outras pessoas realizando-os ou que, simplesmente, sabemos que não é correto fazer, pois a lucidez sobre errôneos pensamentos, incorretas palavras e distorcidas ações, nos brinda a possibilidade de escolhermos não manifestar tais sentimentos que, por não uso, acabam minguando da essência individual e, ao mesmo, tempo, abrindo espaço para sentimentos mais naturais e nobres como a felicidade, a paz, uma saudável autoestima, uma sólida autoconfiança, uma curiosidade sobre o que é eterno e imutável e o fascinante amor, características estas que, por serem naturais, requerem menos, ou nenhum, esforço para serem manifestadas. E ao vive-las plena e constantemente, elas brindam mais alegria, satisfação e serenidade às pessoas que as manifestam, pelos simples e irrevogáveis fatos de que elas são naturais. Desta maneira, evite fazer esforço tentando manter o que não lhe é natural, ou lhe é alienígena e, ao mesmo tempo, utilize o mesmo tempo e energia para manifestar plenamente toda a naturalidade intrínseca de sua existência.
PS: Para citar este Pensamento:
Cargnin dos Santos, Tadany. Sentimentos não naturais.
Sobre o autor…
Executivo Internacional. Cidadão Global. Advaita Vedanta Acharya. Palestrante. Poeta. Escritor. Pensador. Counsellor. Espiritualizado. Alegre. Curioso. Dinâmico. Profundo. Agradecido. Aventureiro. Tadany é formado em Administração de Empresas pela UFSM. Já trabalhou em vários países ao redor do mundo e, atualmente, é Gerente de Globalização na IBM Índia. Ademais, por 3 anos, ele também estudou Advaita Vedanta num monastério nos Himalayas (Índia) com o Swamy Dayananda Sarasvati (www.dayananda.org).