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“CÊNICA CULTURAL”, UMA NOVA CIA DE TEATRO

Ela chegou no dia 20 de março de 2020, com sede própria, método próprio e com parceira em projetos aprovados pelo governo do estado de São Paulo. O responsável pela façanha é um gaúcho, natural de Santa Maria – RS, radicado em São Paulo, Fellipe Cartier, ator, diretor, jornalista e criador do método.

Depois de 20 anos à frente de um grupo resolvi assumir a Cênica Cultural. Dessa vez, com um propósito de referendar minhas observações sobre a estética da atividade teatral. Agora, uma conscientização da Plasticidade cênica que, empiricamente, desenvolvia desde do extinto Grupo In´Cena de Teatro, em 1998, na cidade de Santa Maria – RS. Sempre pesquisei a integração dos elementos que compõem uma encenação em todos meus trabalhos e nos grupos que passei. Ou seja, o estudo consiste em deslocar o texto e a atuação como sendo o centro da ação, para privilegiar os elementos que compõem o espaço cênico: luz, som, maquiagem, figurino. Nesse contexto, o artista é mais um dos elementos que compõem esse emaranhado a serviço desses componentes. A pesquisa de uma estética compacta e pensada com princípio, meio e fim”, afirma Cartier.

A encenação da “Cênica”

A Cênica Cultural pensa e organiza a encenação a partir da investigação do conceito da Plasticidade. Para Marcello Cimino, ator da companhia, “a plasticidade é o TODO (…) É o conjunto de ações que formam um resultado final”. Junto com ele, participam dessa jornada: Rafael Matos, Gabriel Brito, Camila Tyrrel, Flávia Moreno e Diana Moreno. Todos se revezam em teoria e prática para desenvolver a linguagem que chamamos de Teatro Policênic@. Por tratar se de elementos cênicos, há uma abrangência de múltiplos campos de pesquisa onde há um treinamento que no momento está dividido em 3 partes: projeto Efeito Express, projeto Poli Identidade e projeto Teatro Policênic@. O primeiro projeto é a base de onde surgiu a inspiração para o método da companhia, no caso, o expressionismo. Para tal, os artistas estão sob a montagem do primeiro espetáculo chamado “Efeito Perverso” sob direção e autoria de Cartier, que alia prática e teoria baseada no expressionismo alemão. Já o segundo projeto é o treinamento dos artistas com profissionais das áreas técnicas – iluminador, cenógrafo, maquiador, sonoplasta… E o último projeto seria a construção e definição do método Policênic@ criado por Cartier.

A companhia também é parceira no projeto “Teatro Em Cena” de Fellipe Cartier, aprovado em 2019 pelo edital da Secretaria de Cultura de São Paulo, que desenvolve oficinas de teatro para jovens, adultos e idosos. O projeto, que nasceu em 1995 no Rio Grande do Sul, já passou pelo Rio de Janeiro e Santa Catarina. Ganhador de prêmios por serviços prestados, o projeto descentraliza o acesso à cultura aos mais variados locais: transportes coletivos, escolas, creches, asilos e etc.

Teatro “Policênico” vem da onde?

O nome do método da companhia remete a vários sentidos que corroboram com a linguagem. O prefixo “Poli” refere-se a 3 ideias: 1 – o artista multifacetado 2 – Também tem a ver com a linguística “polissemia” que é a propriedade de uma palavra ter vários sentidos (dialética do espetáculo). 3 – A analogia do objeto de estudo do grupo, no caso “polímeros” (plásticos ou plasticidade), como bem compara Flavia Moreno, atriz da companhia: “Plasticidade é quando um corpo físico recebe uma ação externa e se transforma e esse corpo não volta ao seu estado original. No teatro é como se você pegasse tudo que se compõe uma cena: luz, figurino, maquiagem, ator, texto, som… Cada um desses elementos vai exercer uma ação sobre o outro e todos juntos vão se transformar…”, resume.

O logo, criado por Gabu Brito, faz referência ao cubo mágico, que tem a ver com a ideia do fazer teatral e do método supracitado. O cubo mágico, além de ser um material de plástico (transformação), é um objeto multifacetado onde cada quadrado tem sua função específica (luz, som, figurino). Para haver o alinhamento do mesmo é necessário que as cores estejam iguais (isso faz referência ao graus de importância dos elementos da encenação). O conhecimento multifacetado do artista, tem haver com a experimentação de todas as funções técnicas.  O artista então, movimenta esse cubo (a obra em si), com autonomia, porque perpassou por todos esses elementos técnicos. Presume-se o controle total de toda a obra.

O trabalho desses artistas pode ser visto pelas redes sociais que já estão em atividade. A atração do momento é o Tik Tok da Cia que já conta com mais de 1000 seguidores.

 Quem quiser saber mais sobre a Cia Cênica é só segui-la:

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