POR MENALTON BRAFF Tenho aqui, à minha frente, as laudas do livro Eternidades na palma da mão, da Mara Senna, quem me concedeu o privilégio desta leitura prévia. Este é seu terceiro livro de poemas. Luas novas e antigas, o primeiro, já vem com o carimbo de alta qualidade poética, …
MENALTON BRAFF
dezembro, 2021
novembro, 2021
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17 novembro
BAÚ NO SÓTÃO: Abundância de estrelas no céu
Por Menalton Braff Seus duros pés fincados na plataforma cresciam dormentes de espera. Envolto pela multidão, era quase impossível mover-se do lugar. O reflexo do Sol a meio céu borrava com esplendores, para olhos cansados de ver como eram os seus, o letreiro dos ônibus ─ o destino que prometiam. …
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5 novembro
BAÚ NO SÓTÃO | A inutilidade da Literatura
Por Menalton Braff A palestra era para um público heterogêneo e o assunto era a linguagem literária. A certa altura, querendo exemplificar (o que sempre dá uma melhorada nos conceitos mais abstratos), parodiei um poema: “Certa mulher declara que nem se deu conta do envelhecimento e está perplexa por não …
outubro, 2021
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16 outubro
O BAÚ NO SÓTÃO | O relógio de pêndulo
por Menalton Braff Cumprimenta-me como se não me visse, como se o vulto parado à sua frente, na porta, fosse um objeto fora de lugar, jornal velho esquecido sobre uma cadeira. Seus olhos devassam ansiosos cada um dos desvãos da sala, procurando uma face, uma sombra, qualquer ângulo que lhe …
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8 outubro
BAÚ NO SÓTÃO | Uma vida no palco
por Menalton Braff Seu nome já me era quase familiar lá pelos anos 2000/2002, se não estou acomodando datas à minha própria história. O fato é que lá por aqueles anos o nome de Susan Sontag aparecia com frequência em resenhas críticas e que tais. Ensaísta culta, ficcionista inteligente. E …
setembro, 2021
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16 setembro
BAÚ NO SOTÃO | Rua das Laranjeiras
por Menalton Braff Não sei por que a rua onde fui morar tinha o nome de rua das Laranjeiras. E cada vez que me lembro dela, revejo as sombras em que brincávamos de esconde-esconde ao entardecer. Nossa vida era assim: de manhã, deixando nosso rastro escuro na geada do passeio, …
agosto, 2021
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23 agosto
BAÚ DO SOTÃO | Canoa emborcada
por Menalton Braff Daqui dessa distância posso ver um grupo de crianças brincando, mas estou longe demais para perceber qual é a brincadeira. Elas pulam e o movimento de seus braços parece jogar alguma coisa para o alto. Também não consigo ouvir seus gritos e risadas; posso, contudo, muito bem …
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5 agosto
BAÚ DO SÓTÃO | Canções no exílio
Quando recebi os originais de Depois do canto do gurinhatã, não podia imaginar o que estava para descobrir. Quando recebi os originais de Depois do canto do gurinhatã, não podia imaginar o que estava para descobrir. Já conhecia de leve e passagem alguns poemas da Viviane de Santana Paulo, uma …
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2 agosto
Aquilo era o mar por Menalton Braff
Nascido no interior; era a primeira vez que eu via o porto. Andava aí por meus quatro anos, alguém, provavelmente um de meus irmãos mais velhos, puxava-me pela mão. Na minha lembrança eu era muito pequeno e imagino que tenha sido pequena também a emoção sentida no momento de olhar …
julho, 2021
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23 julho
BAÚ DO SÓTÃO: Alice e o Violoncelo por MENALTON BRAFF
Um quarto só, quartinho, espremido entre uma claridade suja de outono e o cheiro forte de suor que a cama exalava: o lar. Um quarto atravancado de sons e objetos absurdos, sem lugar para a vida doméstica – o cubículo possível. Quando a noite começava a entrar pela janela, o …