Amigxs leitorxs, quem já conhece o meu trabalho e as formas de que sempre abro espaço para discutir e argumentar sobre os problemas, dificuldades e causas que estão presentes em nossa sociedade através de entrevistas, bate-papos e encontros que promovo, sabe o quanto é difícil ver e não ficar incrédulo nas últimas semanas com vários casos terríveis de preconceito envolvendo a religião e ancestralidade, a raça, a comunidade LGBTQIAP+ e até mesmo a luta do combate e prevenção ao vírus HIV.
Vivemos numa sociedade onde a informação e oportunidade de novos posicionamentos e argumentos sensatos a aquilo que vivemos é evidente. Onde a diversidade e a união de ideias e comunidades é algo supremo e devido no mundo de hoje. Me indigna, por exemplo, ver um grande empresário que tem um prestígio enorme de muitos, belos empreendimentos e iniciativas sociais, que usa a desinformação e o deboche para difamar grande parte da população que está inserida em vários aspectos de orientação sexual, condição de saúde e física.
Segundo o site do Governo Federal, o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa foi instituído por meio da Lei 11.635, de 2007, durante a segunda gestão do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em memória de Gildásia dos Santos. A Iyalorixá baiana, conhecida como Mãe Gilda, teve sua casa e terreiro invadidos por um grupo fundamentalista de outra religião. Com a saúde fragilizada, agravada pelos ataques, Mãe Gilda morreu em 21 de janeiro de 2000, vítima de infarto. As religiões de matriz africana, por exemplo, sofrem com o desrespeito à ancestralidade. No início deste ano, a sanção presidencial da Lei 14.532/23 equipara injúria racial ao crime de racismo e protege a liberdade religiosa. Agora, o crime pode render de 2 a 5 anos de prisão.
Conforme a matéria da jornalista Arianne Lima, escrita em dezembro do ano passado ao Diário de Santa Maria, dados divulgados no final do ano passado sobre o atual cenário do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) em Santa Maria. De acordo com a Coordenação da Política de HIV/Aids, Sífilis e Hepatites Virais, atualmente, 2.761 pessoas vivem com o vírus no município, sendo que 2.462 estão em tratamento. Nos últimos anos, Santa Maria alternou posições no ranking nacional de casos de HIV/Aids. O município chegou a ocupar, na última lista, a 10ª posição entre as cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes. Apesar deste registro, a situação apresentou mudanças este ano. Conforme o Boletim Epidemiológico de HIV/Aids 2022 divulgado pelo Ministério da Saúde no início de dezembro, Santa Maria está na 60ª posição. O levantamento considera indicadores de taxas de detecção, mortalidade e primeira contagem de células do sistema imunológico (CD4) nos últimos cinco anos. Termino este artigo reforçando que todo tipo de preconceito e discriminação é crime, seja ele qual for e a quem esteja atingindo entendam! A diversidade é necessária, é digna e importante!
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