Li isso em algum lugar. Fiquei pensando no que mudou dentro de mim nos últimos anos.
No que eu fiz com o que (tentaram e ainda tentam) fazer de mim. Aprendi a cuidar das flores. Porque amar, sempre amei. Agora só presto mais atenção. Quais gostam de sol. Quais não suportam. Como está a terra. Essas coisas… Troquei meu desdém pelos viciados (sim, confesso, achava abominável e desnecessário qualquer tipo de vício) por compaixão. Às vezes é insuportável atravessar a vida a seco. Nem todo mundo tem plano de saúde e pode se medicar… Voltei a frequentar a igreja. Passei anos só rezando em casa. Não tenho mais medo de mudar. De cidade. Nem de país. Muito menos de profissão. A gente sempre pode começar de novo. É só ter força de vontade. Não gosto mais (tanto) de dinheiro. Porém, continuo não suportando sacanagem e injustiças. Vivendo (levando na cabeça) e aprendendo.
SAÍLE BÁRBARA BARRETO é advogada, contadora de histórias e bruxa malvada nas horas vagas.
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