Fala galera! Bem vindos leitores do Sina e demais visitantes.
Diz o ditado, que o bom filho à casa retorna, pois então, olha o Guga de volta ao Sina. Para este retorno ( desde já peço licença) escolhi falar um pouco, sobre uma divindade poderosa – São Jorge/Ogum. Mas Guga, sua coluna não fala sobre moda? Sim! E como sempre digo, moda é comportamento, moda vai muito além de apenas vestuário.
Que Ogum e São Jorge, sigam abrindo meus caminhos(aqui no Sina e na vida), e que 2018 seja repleto de publicações e de cada vez mais prestígio de vocês,nossos queridos leitores.
Briefing do Guga
No cotidiano da aviação é muito comum realizarmos uma espécie de mini reunião com as tripulações, onde são passadas informações e instruções antes de iniciarmos as operações (quantos “ões” “salve Jorge”!! rsrs), chamadas debriefing ou brifingue.
Por este motivo, estou lançando aqui na coluna o “briefing do Guga” , que será a nossa famosa “drzinha” antes de partir ao tema proposto na chamada do texto.
É uma satisfação saber que de alguma forma vocês “caíram” aqui na Coluna do Guga, seja por algum link ou por já serem frequentadores do Sina, enfim bem vindos sempre!!
São Jorge ou Ogum? Tolerância, respeito e muita devoção
No dia 23 de abril, são realizadas homenagens ao Orixá Ogum e à São Jorge, ambos guerreiros repletos de fiéis, devotos, seguidores e simpatizantes.
Mas Guga, não estamos falando do mesmo assunto? Sim! E não! Calma que eu já te explico, foca na fé.
Ambos são tidos como guerreiros, quando falamos de suas lendas e religiosidade.
Com o triste episódio da escravidão no Brasil, muitos escravos oriundos de mãe África tentaram reproduzir hábitos culturais e cultuar suas divindades por aqui, porém, foram forçados a negar suas origens e tornarem-se católicos. A imposição de tal “conversão” para o cristianismo era dada tanto à escravos negros, como aos indígenas também.
Como forma de resistência, muitos escravos passaram a cultuar seus Orixás, em cânticos na língua “Iorubá”( região onde atualmente é situada a Nigéria), dificultando assim, a compreensão dos colonizadores e burlando a imposição religiosa. Na história do Brasil, este episódio é conhecido como sincretismo religioso, que nada mais fora, do que a mistura de elementos das religiões de matriz africana, com o catolicismo.
Vale destacar, que essa fusão de elementos deu-se de maneiras diferentes, nesse “Brasilzão” a fora.
Iansã, Orixá dos ventos, raios e trovões é sincretizada com Santa Bárbara.
Já Oxalá, Orixá da criação do mundo e da espécie humana, é sincretizado com Jesus Cristo no catolicismo.
Há partes do Brasil, que Ogum é sincretizado com Santo Antônio, corroborando a ideia de que, houveram diferenças durante este processo.
O importante é a tolerância e o respeito às religiões de matriz africana, ainda muito discriminadas nesse país tropical.
Seja São Jorge ou Ogum, o importante é ter fé!
“Ogunhê,meu pai!” – ‘Salve Jorge”
Que os dragões de hoje, disfarçados de intolerância, preconceito e discriminação, sejam exterminados de nossos caminhos, com toda força de Ogum ou São Jorge? Como eu já disse antes, foca na fé!
Até a próxima galera. Pela atenção, obrigado!
Sobre o colunista:
GUSTAVO ROCHA (o“Guga”) como é conhecido, é natural de Santa Maria/RS. Transitou pelo curso de Ciências Sociais na UFSM e segue estudando na área de Sociologia EAD.
Apaixonado por assuntos que envolvem moda, como sentido de expressão e comunicação, o cara também é muito ligado em música, principalmente eletrônica, porém não dispensa um bom samba de raiz, hip-hop e adora dançar até pingar.
Guga, também simpatiza com as causas de diversos movimentos sociais, onde tem se engajado ultimamente, como militante no combate contra o racismo, o machismo e no combate à homofiobia e demais pautas da população LGBTTQIA+.
Atualmente ele é comissário de voo e com frequência, Guga aterrissará na página do SINA usando a moda como uma “pista ou passarela”, para diversas reflexões.
@rocha_guga