Home / * PORTAL / * SINA AUTORAL / #Torres-RS: A mais bela praia gaúcha por ALDEMA MENINE MCKINNEY
Aldema Menine Mackinney escreve sobre suas viagens ao redor do mundo

#Torres-RS: A mais bela praia gaúcha por ALDEMA MENINE MCKINNEY

Como moradora local, venho observando, na última década, um aumento – lento mas contínuo – de população permanente na cidade, especialmente de estudantes, em razão do  vários cursos universitários oferecidos, e de aposentados ( como eu ) pela qualidade de vida que Torres oferece.
Há quase meio século, de diferentes lugares e em diferentes estações do ano,  retorno a minha casa, em Torres.  Continuo gostando de lá. Acompanhei o boom imobiliário que mudou dramaticamente a paisagem torrense. Como vivo na Praia Grande, próximo ao rio Mampituba, onde felizmente ainda não permitem a construção de grandes edifícios, pude ver, na vizinhança, antigas casas transformarem-se em altos edifícios com consequências ruins para os moradores que resistem à venda de suas propriedades.
Torres , desde o Mampituba, que divide  Rio Grande do Sul e Santa Catarina, tem, bem urbanizadas, a Praia dos Molhes, a Praia Grande, a Prainha, a Praia da Cal e a Praia da Guarita – a que tem o mais conhecido relevo das praias gaúchas. Depois da Guarita, há outras praias, mais tranquilas e menos frequentadas. No total, são 23 km de orla marítima.
A cidade pode ser acessada, de Florianópolis ( 280 km) ou de Porto Alegre ( cerca de 200 km ) pela BR 101, estrada duplicada e bem cuidada. Pode-se também chegar de Porto Alegre pela RS 389, conhecida como Estrada do Mar. O cenário que  circunda as estradas, merece ser admirado – de um lado, morros com grandes plantações de bananeiras; de outro, campos e lagoas com flora e fauna riquíssimas.
Torres – Guarita
Morro da Guarita
Morro do Farol
Lagoa do Violão
Escrevi em http://correndomundo.blogspot.com.br/search/label/Praias%20de%20Torres:

Torres é abençoada com a presença dos morros, das praias e do rio Mampituba, rio que é divisa natural entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Antes, além da balsa,  só havia a Ponte Pênsil – meu pesadelo! –  para atravessar o Mampituba. A Ponte Pênsil continua existindo e sendo usada pela população dos dois Municípios. Eu, no entanto, continuo com medo dela.  Agora felizmente há uma ponte para carros  que  nos permite ir e voltar – da minha casa ao Passo de Torres  – em  15 minutos, trazendo camarões e peixes catarinenses fresquinhos. Gosto de olhar o Mampituba quando ele deságua no Oceâno Atlântico, Rio de Muitas Curvas, como é o significado de seu nome em Tupi-Guarani.( fevereiro 03, 2012 )

Parque da Guarita
Não posso prometer a quem  visita Torres, água com temperatura cálida ou mar com o colorido do nordeste ou da Grécia. Há, entretanto, agradáveis passeios pela cidade e pela região e condições para a prática de esportes preferidos pela meninada. Como não fazer agradáveis caminhadas no Calçadão, chegando até os Molhes do Mampituba? Como não chegar ao Morro do Farol ou ao Morro da Guarita ou correr ao redor da Lagoa do Violão?
Lagoa do Violão
Pelos altos morros nas suas proximidades, Torres foi inicialmente reconhecida como ponto estratégico de controle. No século XIX, a construção da Igreja de São Domingos serviu de base para o início do povoado. Por alguns anos foi uma vila pacata até que virou moda. Influiu , para tanto, o europeu conceito de férias e a moda dos terapêuticos banhos de mar – feitos de manhã cedo, com recatadas roupas de banho e com tempo determinado para se expor às ondas do mar. No início do século XX, vir a Torres começava a ser chiquésimo...
Orquídeas: atração  aos sábados na Feira da Lagoa do Violão
Esse turismo dos anos iniciais do século XX foi por muitos anos o grande aporte econômico e social da cidade. Com menos de 50 mil habitantes permanentes ainda hoje, durante a temporada, acresce-se a esse número cerca de  300 mil pessoas. Como moradora local, venho observando, na última década, um aumento – lento mas contínuo – de população permanente na cidade, especialmente de estudantes, em razão do  vários cursos universitários oferecidos, e de aposentados ( como eu ) pela qualidade de vida que Torres oferece.
Ponte ” nova”
A cidade deverá melhorar ainda mais, com o número de visitantes diminuindo e o número de moradores aumentando – o que certamente determinará o surgimento de novos restaurantes ( um vegetariano, por favor! ) mobiliários urbanos  e cafeterias, entre outros espaços necessários. Passo de Torres, cidade catarinense do outro lado da ponte, ampliou  escolhas para os moradores – até os preços de serviços e produtos são mais reais, sem as explorações e o atendimento insuficiente da alta temporada.
Praia da Guarita
Passeios na região constituem outra grande atração de Torres. Vai-se a Santa Catarina comprar frutos do mar, doces, pães, roupas, tecidos, lençois, toalhas ou ….simplesmente discutir um pouco – por qualquer razão – com os catarinenses…Vai-se aos Aparados da Serra e às belas cidades serranas gaúchas num bate-e-volta facinho,facinho. Vai-se, portanto,  às praias, aos morros, às vinícolas, e – o que considero fundamental – vais-se ao Aeroporto Salgado Filho de Porto Alegre em pouco mais de duas horas…
Festa de Ano Novo na Praia Grande by Fabiana Menine
Há cinco anos, não permaneço em Torres nos dois primeiros meses de verão: muita gente, muito barulho, estacionamento insuficiente, praias lotadas, enfim, um  período que exige estoque adicional de paciência. Nos demais meses do ano, sou uma moradora agradecida à cidade. Devo, no entanto, esclarecer que meus intervalos de permanência andam ao redor de trinta dias.
Morro das Furnas.
“Não tenho pressa: não a têm o sol e a lua.
Ninguém anda mais depressa do que as pernas que tem.
Se onde quero estar é longe, não estou lá num momento.
Sim: existo dentro do meu corpo.
Não trago o sol nem a lua na algibeira.
Não quero conquistar mundos porque dormi mal,
Nem almoçar o mundo por causa do estômago.
Indiferente?
 
 
Surf em Torres
 
Não: filho da terra, que se der um salto, está em falso,
Um momento no ar que não é para nós,
E só contente quando os pés lhe batem outra vez na terra,
Traz! na realidade que não falta!
Não tenho pressa. Pressa de quê?
Não têm pressa o sol e a lua: estão certos.
Ter pressa é crer que a gente passe adiante das pernas,
Ou que, dando um pulo, salte por cima da sombra.
Não; não tenho pressa.
 
 
Festival Anual de Balonismo em Torres
Se estendo o braço, chego exactamente aonde o meu braço chega –
Nem um centímetro mais longe.
Toco só aonde toco, não aonde penso.
Só me posso sentar aonde estou.
E isto faz rir como todas as verdades absolutamente verdadeiras,
Mas o que faz rir a valer é que nós pensamos sempre noutra coisa,
E somos vadios do nosso corpo.
E estamos sempre fora dele porque estamos aqui.”
Fernando Pessoa

ALDEMA MENINI MCKINNEYaldema 1

Nasceu em propriedade rural no interior do Rio Grande do Sul. Saiu do campo com 15 anos. Foi professora por mais de quarenta anos. É aposentada da UFSM – Universidade Federal de Santa Maria, onde desenvolveu atividades em pesquisa, ensino, extensão e administração. Trabalhou durante sete anos em Salvador/BA. Elaborou o projeto global da FSBA – Faculdade Social da Bahia. Aldema diz que sempre gostou de viajar  “com o tempo, tornei-meandarilha. Escrevo para que meus netos saibam das aventuras, ideias e ideais de sua avó”. Seu blog teve seu início em 2006, que para ela não tem outra pretensão além de estimular familiares e amigos a percorrer “este mundo, redondo, bonito e fácil de andar.”.  Entre seu motivos de orgulho, ela afirma “meus filhos, meu trabalho e as árvores que plantei”. Conheça o blog: http://www.correndomundo.blogspot.com.br/

 

Please follow and like us:

Comente

comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.