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Soberba Auto Exaltação

Somente se vangloria aquele que se acha pequeno.

Apenas se exalta aquele que se acha insignificante.

Meramente se infla aquele que se sente vazio.

 

 

 

Somente se vangloria aquele que se acha pequeno.

Apenas se exalta aquele que se acha insignificante.

Meramente se infla aquele que se sente vazio.

Pois, de outra maneira, não seria necessário tão imprudente, desnecessário, ou infantil, comportamento.

 

Em crianças, é quase natural essa necessidade de autoafirmação visto que elas ainda estão em fase de conhecimento e reconhecimento de suas próprias identidades e personalidades.

 

No entanto, quando a fase pueril passa, a permanência de tais comportamentos demonstra que algo que deveria ter sido feito, não foi.

Que uma das paredes da construção existencial ficou desatendida.

Que o pilar da autoconfiança e de autoestima que deveriam ter sido erigidos anteriormente foram ignorados ou, em alguns casos, foram deliberadamente dilacerados.

Consequentemente, a pessoa permanece com um vazio tão impreenchível em sua autopercepção que, mesmo que inconscientemente, a conduz a ter sucessivos comportamentos soberbos, arrogantes e jactantes.

 

Isto apenas revela que, infelizmente, o indivíduo permanece aprisionado em sua pequenez

Algemado por sua irrelevância

Engaiolado por sua desimportância

 

E, neste desalentado cenário, a vida passa

Ou melhor, a vida se arrasta entre abusos e entorpecimentos

Aflições e tormentos

Indiferenças e esquecimentos

 

Enquanto que a pessoa, inconsciente de frivolidade, vive numa realidade onde ela depende da aprovação de outros para sair, ainda que fugazmente, de sua ignóbil e nauseabunda prisão.

 

Em outras palavras, reflita sobre isto…

 

Existe maior calabouço psicoemocional do que depender de outras pessoas para validar o quão importante ou querido você é?

Existe maior escravidão do que outorgar poder aos outros de te fazerem feliz ou relevante?

Existe maior submissão do que resignar-se às flutuações emocionais de outrem para sentir-se aceito e reconhecido?

 

Deveras profundas, necessárias e libertadores reflexões.

 

Enquanto isto, entre presunções descabidas e proeminências desvalidadas, o desimportante ser, em seus devaneios de grandiosidade, rasteja pequeno, vazio e mendicante. (Tadany – 15 05 22)

 

PS: Para citar este vívido pensar:

Cargnin dos Santos, Tadany. Soberba Auto Exaltação.

 

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Photo by Hunters Race on Unsplash

 

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