O menino pobrezinho
Vai à escola estudar.
Vai com medo, inseguro,
Não sabe se irá ficar.
A professora sensível
Oferece-lhe livros, livros,
Ilustrados, coloridos,
Movimentados, vividos,
de papel e de tecido.
E o menino pobrezinho
Volta um dia, outro dia,
Outro dia… Quer ver
Os livros bonitos.
Aprende a ler, o sabido.
E os livros venceram:
Convenceram-no a ficar.
Maria Rita Py Dutra (70), ariana, nascida em Santa Maria/RS, filha de Albertino Py e de Lucília de Lima Py. Viúva, mãe da Paty, da Taty Py e avó do Júnior. Professora aposentada, alfabetizadora, pedagoga, escritora e poeta, Mestra em Ciências Sociais dissertou sobre “A Relação entre Capital Cultural e a Consciência Racial de Professoras Negras, atuantes na rede de Ensino de Santa Maria”. Doutora em Educação pesquisou “cotistas negros egressos da UFSM e o mundo do trabalho”. Atualmente faz Pós-Doutorado, pesquisando “Cotistas da
UFSM e a Justiça Social”. Elegeu como objetivo de vida lutar contra o racismo, a discriminação e qualquer forma de opressão. Militante do Movimento Social Negro problematiza o racismo à brasileira, através de histórias infantis, publicando narrativas contendo situações envolvendo preconceito, discriminação e racismo vivenciados pela população afro-brasileira. Atuou no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), no Conselho de Assistência Social (CMAS), em que foi vice-presidente e presidente. Implantou o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil no município; foi voluntária no Projeto “O Negro e a Educação” da SEduc/RS; integrou a Equipe Técnica do Museu Treze de Maio, em que coordenou o Núcleo de Ação Cultural Educativa, desenvolvendo o Projeto Construindo a Igualdade Racial através da Literatura. Atualmente atua no GT Negros ligado ao Núcleo de Estudos Contemporâneos do Curso de Ciências Sociais da UFSM e no Grupo de Pesquisa Memória e Educação- Clio, do Centro de Educação.
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