Outra vez, fui enviado para as masmorras de meus medos e de minhas fraquezas e, mais uma vez, foi uma experiência horrível, pois não há nada como um tempo solitário na companhia de nossos próprios demônios ou de…
Outra vez, fui enviado para as masmorras de meus medos e de minhas fraquezas e, mais uma vez, foi uma experiência horrível, pois não há nada como um tempo solitário na companhia de nossos próprios demônios ou de outras desagradáveis influências.
Além disso, desta vez, toda a experiência durou muito mais tempo do que em qualquer outra situação semelhante no passado e foi muito mais vívida e ainda mais assustadora.
E, como consequência devo admitir que, durante o aprisionamento, houveram muitos momentos em que sinceramente pensei que sucumbiria, que não teria energia para revidar aqueles ataques e que não haveria nenhuma chance de fugir daquele obscuro lugar.
Foi um período muito sinistro porque nada me assusta mais do que não ter um a administração ou orientação da minha própria vida, foi temível porque a ideia de ser controlado por condicionamentos ou memórias passados me faz sentir como um mero boneco, ou um impotente extra, no teatro da existência e, como resultado, tais situações drenam minhas forças vitais.
Mas agora pensando em retrospecto, talvez essa seja a principal razão pela qual fui enviado para o confinamento subterrâneo, porque continuamente estava tentando reorientar a maneira como vejo a vida, estava me esforçando intensamente para reconstruir minha estrutura mental com base na inalienável sabedoria que mostra outro modo de viver, que revela a plenitude, a alegria e a paz inerentes de nossas essências e que, consequentemente, torna a vida muito mais inspiradora, gratificante e enobrecedora.
No entanto, velhos hábitos e antigas programações cognitivas são forças que não desistem facilmente e que fazem o possível para perpetuar suas visões de mundo e seus comportamentos.
E, para isso, eles ardilosamente esperam o momento certo para atacar, como por exemplo, quando estou contente e desprevenido, para que eles venham, me derrubem com força e me joguem impiedosamente nas úmidas, escuras e intimidantes masmorras de meus medos e fraquezas com o objetivo de me torturar e de me convencer a abandonar qualquer tentativa de mudança e, imediatamente, voltar ao antigo modo de viver.
Mas felizmente esta não foi a primeira vez que isso aconteceu, então eu já estava ciente do fato de que, se quisesse mudar, eu deveria saber que esses momentos atormentadores e duvidosos sempre aparecerão enquanto eu estiver vivo, mas que com força de espírito, com clareza mental e com uma inabalável fé no novo modelo existencial, sempre poderei enfrentar esses demônios de cara-a-cara, poderei combater seus ameaçadores esforços e sairei da escuridão de uma maneira vitoriosa, entusiasmante e fortalecedora.
Esta não foi a primeira vez que isso aconteceu, nem será a última, mas agora, quando olho para trás, vejo que foi de longe a mais forte e mais petrificante de todas e talvez assim o foi por ter sido proporcional ao tamanho da mudança que esteja acontecendo.
Assim sendo, simplesmente sou grato por ter conseguido sair daquela situação com a ajuda do conhecimento e das ferramentas adquiridos.
E mesmo que demore alguns dias para me recuperar desta escaramuça, agora sei ainda mais sobre os conhecimentos e poderes inalienáveis a minha essência, o que é sempre um sublime presente, mesmo que seja o resultado de um horripilante encontro com meus próprios e imaginários demônios.
PS: Para citar este Pensamento:
Cargnin dos Santos, Tadany. Nas Masmorras de Meus Medos.
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