MOBILIZAÇÃO PELO FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES / NÚCLEO SANTA MARIA-RS
Data: 4 de dezembro de 2021
Horário: Das 10h às 12h
Local: Praça Saldanha Marinho
O grupo Mulheres do Brasil convida todos a vestirem a cor laranja no ato, usem máscaras e álcool gel.
Mobilização acontece no Brasil e em várias cidades do exterior, reunindo milhares de pessoas que sairão às ruas vestindo laranja, a cor dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres
O Grupo Mulheres do Brasil – criado em 2013 com o intuito de engajar a sociedade civil na conquista de melhorias para o país. É presidido pela empresária Luiza Helena Trajano (nomeada em 2021 entre as 100 pessoas mais influentes do mundo pela revista Time) e tem mais de 99 mil participantes no Brasil e no exterior – por meio do seu Comitê de Combate à Violência contra a Mulher, alinhado à iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU), que este ano completa três décadas de mobilização internacional, convoca toda a sociedade a se unir por uma causa que diz respeito a todo mundo: o fim da violência contra mulheres e meninas. E é com esse intuito que realiza a 4ª Caminhada pelo Fim da Violência contra as Mulheres, dia 5 de dezembro, a partir das 9h, em vários pontos do país, como também no exterior com ações alusivas ao tema. Ao todo, mais de 40 cidades devem participar desta grande mobilização.
Em Santa Maria, a Mobilização pelo Fim da Violência contra as Mulheres, foi antecipada para sábado, dia 4, das 10h às 12h, na Praça Saldanha Marinho.
O núcleo local existe há 2 anos e conta com 70 voluntárias cadastradas. Dentre as diversas ações e projetos desenvolvidos, destacamos três: Projeto Conectando Mulheres; Selo área antirracista e a Ação de Limpeza na Gare. Josele Delazeri, líder do núcleo local, Elisangela Rodrigues, líder do Comitê de Combate à Violência contra a Mulher e a voluntária Taís Borin coordenam a Mobilização pelo Fim da Violência contra as Mulheres na cidade. O grupo convida a todos que queiram se juntar a esta mobilização que usem máscaras, roupas na cor laranja e também que participem através de mobilização virtual com suas fotos apoiando a causa e marcando os perfis @grupomulheresdobrasilsm no Instagram e Facebook.
A Caminhada pelo Fim da Violência contra as Mulheres, em Santa Maria, tem o patrocínio da Construtora Jobim, Get Commerce, Mergulho Sustentável, Instituto Lauduz, 3S Contabilidade e Magazine Luiza. No apoio a Prefeitura Municipal de Santa Maria, Procuradoria Especial da Mulher, Fórum de Enfrentamento a Violência contra as Mulheres de SM, Campanha SM 50/50, OAB Comissão da Mulher Advogada, Polícia Civil e Rede Sina. São organizações e empresas comprometidas que desenvolvem ações para acabar com a violência doméstica.
O Grupo Mulheres do Brasil atua em todo o Brasil, através de 22 comitês e 156 núcleos.
Violência doméstica – uma pandemia dentro da pandemia
As estatísticas da violência contra as mulheres são alarmantes. Segundo a ONU, cerca de 70% das mulheres sofrem algum tipo de violência ao longo da vida, apenas por causa de seu gênero. A violência de gênero é considerada pela organização uma pandemia global.
“O fato se agravou ainda mais no período de enfrentamento à Covid-19, quando muitas mulheres sentiram na pele uma pandemia dentro de outra, a da violência. Isto escancara o fato de que, para muitas mulheres, estar em casa não significa estar num lar, pois a violência acontece exatamente dentro de casa”, explica Elizabete Scheibmayr, uma das líderes do Comitê de Combate à Violência contra a Mulher.
De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública o início da pandemia trouxe uma situação dramática para as mulheres que ficaram confinadas em casa com seus agressores: os números de denúncias diminuíram. Isto significa que as mulheres não conseguiam pedir ajudar, apesar do aumento considerável dos casos de violência doméstica. Dados do órgão revelam que em 2020 foram registrados 1350 feminicídios no Brasil, um caso a cada seis horas e meia.
Segundo o Ministério da Família, houve um crescimento de 6% para os casos de feminicídios, e de 34% para denúncias do canal 180, neste último ano, comparado com o mesmo período do ano passado.
Para Gisele Agnelli, também líder do Comitê de Combate à Violência contra as Mulheres, o aspecto econômico exerce forte impacto na vida das mulheres, especialmente no que diz respeito ao rompimento do ciclo de violência.
“O Fórum Econômico Mundial de Davos, realizado este ano, apresenta um relatório dramático de como a pandemia adiará a igualdade de gênero por mais de uma década. Essa deterioração é atribuída, em grande parte, ao estancamento dos avanços econômicos por causa da necessidade que as mulheres têm em oferecer cuidados familiares e também porque elas trabalham em setores mais afetados pelo confinamento, como, por exemplo, são maioria no mercado informal de trabalho”, diz a líder.
Segundo Luiza Helena Trajano, presidente do Grupo Mulheres do Brasil, será uma grande mobilização que colocará nas ruas a voz de todas as pessoas, pedindo um basta aos índices inaceitáveis da violência contra as mulheres.
“Durante a pandemia, a violência contra as mulheres cresceu 20% nas cidades brasileiras, não podemos assistir a isso passivamente. Temos que mudar essa realidade urgente, é a união de toda a sociedade por uma causa global”, conclui a executiva.
VEJA COMO FOI EM SANTA MARIA: