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Insultos gaudérios por Atílio Alencar

Semana passada, em mais um de seus arroubos típicos de um caudilho de república de bananas, o atual presidente do Brasil mobilizou o aparato de Estado para ameaçar artistas, jornalistas e figuras da política nacional que fazem oposição ao governo.

Baseado na Lei de Segurança Nacional e no argumento da “defesa da honra”, Jair Bolsonaro acionou instituições públicas e dispositivos legais em benefício próprio, contrariado pela pecha de “genocida” que vem se popularizando durante a pandemia que já tirou a vida de quase 300 mil brasileiros e brasileiras, ante a ineficácia governamental em salvar vidas e auxiliar a economia.
Em protesto contra a perseguição às vozes que denunciam a negligência do presidente e seus ministros, pipocaram iniciativas em defesa da liberdade de expressão e de repúdio ao presidente. Entre elas, uma em especial causou celeuma nas redes sociais, provocando a ira não só do alvo verbal, como entre opositores e opositoras do governo. Trata-se da coluna assinada pela jornalista Mariliz Pereira Jorge na Folha de São Paulo, em que ela desfila uma coletânea de impropérios extraídos da cultura popular e do cânone literário para concluir que, além de genocida, Jair Bolsonaro merece também as injúrias de “carniceiro”, “beócio” e “pequi roído”, entre outras alcunhas pouco elogiosas. Acontece que Ruy Castro, articulista no mesmo periódico, já havia publicado há poucas semanas um libelo de igual teor, o que levantou a suspeita de plágio contra a famigerada coluna de Mariliz.

Pois bem. Eu, que nem sempre na vida tenho sido original, e que acredito na partilha democrática da fortuna cultural que a humanidade acumula ao longo da história, fiz uma breve consulta entre meus convivas no site Twitter, para descobrir quais os adjetivos que deveriam constar numa versão gaudéria dos manifestos paulistanos.

Eis o que angariei durante o rebuliço:
Alcaide. Maleva. Chambão. Matungo. Taipa. Abostado. Ladrão de vaca. Calaveira. Caborteiro. Teta de mula. Carniça. Lacaio. Jaguara. Chinelão. Maula. Guaipeca. Guampudo. Bostica de galinha. Diabo das taquaras. Filho duma ronca e fuça. Bagaceiro. Guampa seca. Churrio. Papa ranho. Cu de flecha. Rastaquera. Fiasquento. Coió. Bôco Môco. Varzeano. Despachante. Fuleiro. Lasqueado. Bicheira. Teatino. Bunda-mole. Lacaio. Tabacudo. Maloqueiro. Arigó. Mocorongo. Rebostiado. Lambe-saco. Cagalhão. Catrefa. Biltre. Cabeça de porongo. Imundíce. Mate azedo. Balaqueiro. Bocamol. Picareta. Candango. Mongolão. Berne. Nó nas tripa. Tramposo. Sarna. Esterco. Traíra. Pôca bosta. Arregão. Cueca suja. Verminose.
Agradeço a colaboração espontânea de tantos e tantas entusiastas desse nosso léxico regional tão singular, e, mais do que nunca, útil para charlar de políticos desalmados.

 

Atílio Alencar, 

Produtor cultural em Santa Maria-RS

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