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#FotoComHistória: Na Croácia por Rodrigo Tranquilo

Depois de ser barrado na primeira vez, consegui entrar na Croácia e dar continuidade na minha jornada por lugares que trabalhem com permacultura e afins.

Na primeira impressão dava pra sentir a marca da guerra (1991 – 1995) nas construções, no ar e nas pessoas. Mas meu destino é uma fazenda no interior no país, então fui direto para o local. Depois de uma semana de trabalho resolvemos eu e Andrew, outro voluntário passar o final de semana em Zagreg e ver um pouco da cidade, desopilar um pouco do local pois na fazenda tem animais e não são lá muito bem tratados. Paramos a caravan (motorhome) longe do centro da cidade e andamos por alguns bons quilômetros para sentir o clima da região. Não muito distante da realidade de outras cidades da Europa com lojas e mais lojas em meio a prédios antigos, carregados de história e significados. Fizemos o que geralmente faço, fomos direto a catedral da cidade e de lá visitamos outros pontos. Em meio a pequenas ruas acabamos encontrando uma ruela que sobe para um mirante. Subindo as escadas estava a pensar na cidade, nas pessoas, na minha viagem e o que significa o amor dentro disso tudo (o tema estava em pauta com o Andrew). Foi quando no final da subida demos de cara com um cenário completamente diferente, parecendo medieval, dois ou três casamentos acontecendo e muitos turistas misturados. Pessoas felizes, algumas com roupas de época para turistas tirarem fotos, construções ao estilo antigo acompanhadas de cores neutras e um lindo dia de sol. Com todo esse cenário pintado encontramos esse senhor com sua guitarra tocando Beatles, músicas tradicionais e o dizer: All you need is love! Justamente o tema que estávamos conversando e que tem me feito refletir ultimamente.

Sinto que a compaixão tem estado em baixa nos últimos tempos, tantas noticias ruins e a resposta aos acontecimentos é no mesmo nível. Estamos matando a compaixão e o amor, ficando carregados com sentimentos negativos, todos gerados por nosso ego.

Com a cena do senhor tocando percebi que a música (principalmente a de rua) não tem idade e o amor também não. E ali estava a prova disso. Ali tinha amor, música, entrega, agradecimento e harmonia. Não tinha moedas no momento mas doei meu sorriso e minhas palmas, foi o que pude doar e só me restava agradecer pelo momento. Espero que possamos ter mais momentos assim, com tudo na nossa vida. Se entregue, confie, aceite e agradeça. Namaste!!

Rodrigo Tranquilo

Músico de formação, adepto a não violência a todos os seres por opção. Viajando entre projetos de permacultura, fazendas orgânicas, yoga e afins por acreditar que esse é o caminho para uma vida plena

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