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ENTREPAPO | 50ª Feira do Livro de Santa Maria e o seu despertar na cultura e literatura da cidade | POR JOÃO VITOR LIMA

Prestes a darmos adeus a mais uma edição da Feira do Livro de Santa Maria, que chegou ao número de edição histórico e representativo – ao 50!

Na minha opinião, considero um privilégio enorme termos em nossa cidade um evento tão inclusivo, cultural e popular como este, que é considerada em 2° lugar, a feira de livros mais antiga no continente americano, ficando atrás da Feira do Livro de Porto Alegre que é realizada desde 1955, e a frente de Bueno Aires, que realiza a sua desde 1975, já que a nossa existe desde 1973, segundo as informações dadas por Télcio Brezolin, presidente da Câmara do Livro. Tenho certeza que na cabeça de muitas pessoas, se tem uma lembrança, memórias afetivas em meio dessas 50 edições. Lembro-me como se fosse hoje, quando pequeno, minha mãe adorava me levar a Feira, íamos ver as apresentações e intervenções artísticas, eu ia ao espaço infantil com a companhia da minha irmã Vanessa, que sempre estava me amparando enquanto ela folhava os livros de cada banca. Embora se tivesse época em que minha mãe tinha dinheiro apenas para a passagens de ônibus e para um lanche que fazíamos no centro, mesmo quando eu não conseguia levar para casa o gibi da Turma da Mônica que tinha gostado devido a grana curta, eu ficava super feliz e agradecido pela experiência que havia tido. Saudades desse tempo em que o momento e a simplicidade bastavam!

Bom, retornando a atualidade desse momento especial como falei, das 50 edições do evento, vou contar para vocês duas experiências marcantes que tive este ano na Feira: o Livro Livre com o músico e escritor Duca Leindecker e sua palestra “Música e Literatura”, e o lançamento e sessão de autógrafos do livro “Reflexões e significados a partir do cotidiano”, da professora e empresária rural Martha Helena Teixeira de Souza, respectivamente.

Uma aula de trajetória e sabedoria inserido no seu universo musical e artístico foi o que o artista passou na palestra que apresentou a uma plateia que lotou o Theatro Treze de Maio num domingo, 30 de abril. Além de contar um pouco sobre sua carreira, seu processo na escrita de seus livros de maneira descontraída com perguntas dos espectadores, ao final, Duca em voz e violão quatro músicas, incluindo o clássico “Dia Especial”, do qual este que escreve essa coluna, cantou do começo ao fim mesmo com a voz rouca.

Imagem: divulgação

Já neste outro momento vivido quase uma semana depois, prestigiei o lançamento do livro de Martha, de quem sou grande fã do seu trabalho e do ser humano que és, pela forma que abraça as causas e lutas, da maneira que é querida pelas pessoas que a aplaudem. Como não podia ser diferente, fui com o maior prazer a alegria ao lançamento e sessão de autógrafos do seu livro, que, digamos, é uma coletânea dos vários textos que ela escreve em sua coluna semanal de crônicas que mantém no jornal Diário de Santa Maria. Felicíssimo em receber uma dedicatória que diz assim: “Para João Vitor, com carinho imenso – Martha (06.05.2023).” Para alguns pode parecer irrisório, mas sentir esta emoção de abraçar o (a) autor (a), dar-lhe o livro para ser autografado, ter uma rápida conversa ali mesmo e sentir o cheiro não só do livro novo, mas sim de toda a dimensão que está escrita naquela obra, é uma coisa que só que senti ou já sentiu, sabe. Até a próxima, 51ª edição, querida Feira!

Imagem: divulgação

JOÃO VITOR LIMA

Comunicador, estudante e produtor de conteúdo. Desde 2018 tem um canal no YouTube direcionado à entrevistas, receitas e dicas. De 2020 a 2022 apresentou a live/programa `João Entrevista’, onde promove de forma remota entrevistas ao vivo em sua página no Instagram, com personalidades da arte, cultura, política e televisão. A cantora já falecida Deborah Rosa, a diretora do Theatro Treze de Maio – Ruth Pereyron, a judoca Maria Portela, o cantor Agostta, a cantora nativista Oristela Alves e atriz global Nívea Maria e muitos outros já foram entrevistado por ele. Também, desde o ano passado apresenta o programa `Radar Social’, veículo mensalmente pela plataforma Rede Sina, onde discute várias pautas políticas-sociais com diferentes convidados e debatedores. No ano de 2022, ganhou o Prêmio Destaques da Cultura, do Diário de Santa Maria e Revista Mix, como “Revelação do Ano” referente à 2021, no júri popular e especializado. Também recebeu o certificado “Amigo da Diversidade” no Troféu Triângulo Rosa, em homenagem feita pela Ong Igualdade.

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