Documentário aprovado em Lei Paulo Gustavo conta história de vida de pesquisador
As gravações do documentário “Walter Ilha – Vestígios de uma vida” de Silnei Scharten Soares iniciaram nesta segunda, 11, em São Pedro do Sul. O documentário que narra a vida de Walter Ilha (professor, tipógrafo, paleontólogo e paleobotânico autodidata), nome do Museu Paleontológico e Arqueológico de São Pedro do Sul, destaca o período em que ele se empenhou pela preservação do patrimônio paleontológico da cidade.
Walter Ilha foi membro honorário da Sociedade Brasileira de Paleontologia e da Sociedade Brasileira de Paleontologia Botânica, com trabalhos prestados para o escritório regional da Unesco para a América Latina e Caribe, autor de artigos publicados em periódicos científicos, jornais e revistas do país e do exterior, palestrante em congressos nacionais e internacionais e incansável defensor da preservação dos fósseis paleontológicos do município. Também colaborou com a UFSM por meio de pesquisas e convênios. Suas ações incentivaram a criação de uma lei que tornou obrigatório o ensino introdutório de paleontologia nas escolas municipais.
O documentário deve contar com depoimentos de 14 pessoas. De acordo com o diretor, a lembrança dos fósseis é uma memória de infância. “É uma grande satisfação poder contar essa história hoje. Valorizar e não deixar ser esquecida”, afirma.
As gravações também devem ocorrer em Porto Alegre, Santa Maria e Pelotas. O projeto é financiado pela Lei Paulo Gustavo. A previsão de lançamento é julho.
Confira mais informações sobre o filme:
SINOPSE:
Walter Ilha, tipógrafo, paleontólogo e paleobotânico autodidata, era uma pessoa obstinada. A certa altura da vida, tomou para si a missão de preservar o patrimônio paleontológico e arqueológico de São Pedro do Sul, no interior do Rio Grande do Sul. Dedicou tempo e energia vital para um combate incansável à extração e transporte ilegal de fósseis paleobotânicos (madeira petrificada) do município. Nessa empreitada, fez amigos, criou uma rede de proteção aos fósseis, tornou-se internacionalmente reconhecido como pesquisador e, também, gerou resistências. Após anos de esquecimento, “Walter Ilha – Vestígios de uma vida” esfossiliza sua memória e resgata sua jornada.
ARGUMENTO:
Documentário sobre a vida de Walter Ilha, destacando o período em que se empenhou pela preservação do patrimônio paleontológico de São Pedro do Sul. Fundador do Museu Paleontológico Municipal de São Pedro do Sul – que se chama hoje, em sua homenagem, Museu Paleontológico e Arqueológico Professor Walter Ilha –, paleontólogo autodidata e membro honorário da Sociedade Brasileira de Paleontologia e da Sociedade Brasileira de Paleontologia Botânica, com trabalhos prestados para o escritório regional da Unesco para a América Latina e Caribe, autor de artigos publicados em periódicos científicos, jornais e revistas do país e do exterior, palestrante em congressos nacionais e internacionais e incansável defensor da preservação dos fósseis paleontológicos do município, Walter Ilha é um ilustre cidadão são-pedrense. A defesa veemente da preservação das jazidas e fósseis de São Pedro do Sul e da região lhe rendeu a admiração de conterrâneos, que se tornaram seus colaboradores na batalha contra o transporte e comércio ilegais da “madeira petrificada”, denunciando os crimes. As peças eram levadas clandestinamente para fora do município em caminhões lotados, com a intenção de abastecer o mercado local e internacional de objetos de decoração, que usavam os fósseis como matéria-prima. Suas constantes denúncias da depredação do patrimônio arqueológico levaram o então Departamento Nacional de Produção Mineral – atualmente, Ministério das Minas e Energia – a desistir de liberar a exportação desse material.
Walter Ilha também colaborou com a UFSM por meio de pesquisas e convênios. Suas ações incentivaram a criação de uma lei que tornou obrigatório o ensino introdutório de paleontologia nas escolas municipais. Não bastasse tudo isso, Walter Ilha ainda se dedicava a ações de filantropia, tendo colaborado com o Lar de Joaquina, em Santa Maria, e com o Lions Clube de São Pedro do Sul. Mas a luta pela preservação do patrimônio paleontológico também gerou reações contrárias e ressentimentos. A esfossilização de sua história vai resgatar a complexidade e as contradições desse importante personagem, revitalizando sua memória e seu legado.
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GRAVAÇÕES: MARÇO/2024
SÃO PEDRO DO SUL: 11,12,13, 14, 21, 22
PORTO ALEGRE: 18, 19
SANTA MARIA: 20, 21
PELOTAS: 25
PERSONAGENS/ENTREVISTADOS:
Ary Otavio Canabarro dos Santos – servidor público aposentado
Luiz Francisco Flores – Chicão – proprietário do Paradouro Pôr do sol
Rubi Claro – pecuarista
Luiza Gutheil – jornalista, ex-diretora do Museu Fernando Ferrari e do Museu Paleontológico e Arqueológico Professor Walter Ilha
Editi Piussi – aposentada
Otaviano Francisco de Santana – aposentado, ex-gerente da Construtora Continental, empresa que construiu a rodovia BR 287
Almerindo Pereira Machado – Seu Almerindo – aposentado
Gilberto Porto Filho – cuidador de idosos e acompanhante de enfermos
Otávio José Binatto – médico
Adi Henrique Gaussman – contador e proprietário da Padaria Gaussman
Margot Guerra Sommer – paleontóloga e paleobotânica, professora aposentada da UFRGS
Átila Augusto Stock da Rosa – geólogo, professor da UFSM
Luiz Fernando Bresolin – aposentado, ex-sócio da empresa Madepedras
Luiz Fernando Minello – biólogo, professor da UFPEL
SOBRE O DIRETOR:
Silnei Scharten Soares, graduado em Comunicação Social, especialista em Produção Cinematográfica, mestre e doutor em Comunicação. Corroteirista e codiretor do curta metragem “A vida do outro” (1998), premiado nos festivais de cinema de Gramado e Brasília. Foi professor universitário de 1998 a 2017 em cursos de Comunicação e Design no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e no Distrito Federal, ministrando disciplinas de Roteiro, Linguagem cinematográfica e História do cinema, e orientando trabalhos de produção audiovisual. Coordenou a área de vídeo do NEAD/UAB (Núcleo de Educação a Distância/Universidade Aberta do Brasil) da UNICENTRO (Universidade Estadual do Centro Oeste) no Paraná. Atualmente, atua como redator e roteirista, e desenvolve trabalho voluntário em São Pedro do Sul coordenando o Clube de leitura e o ciclo de vídeos Cine no cofre.
FICHA TÉCNICA:
Diretor: Silnei Scharten Soares
Assistente de direção: Laédio José Martins
Diretor de fotografia: Fabiano Foggiato
Diretor de produção: Larissa Essi
Técnico de som direto: Ronaldo Palma
Edição: Fabiano Foggiato
Making Off: Lucas Barbara
Desing: Diego de Grandi
Assessoria de Imprensa: Rede Sina |Melina Guterres
FINANCIAMENTO:
LEI PAULO GUSTAVO 2024 | MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO DO SUL-RS
SOBRE O MUSEU WALTER ILHA
Desde sua criação, o Museu Walter Ilha é um dos pontos turísticos mais visitados de São Pedro do Sul, guardando em seus acervos alguns dos mais valiosos bens que o município possui, entre eles uma rica coleção de fósseis, réplicas e esculturas de fósseis animais são-pedrenses, além de um abundante número de fósseis vegetais (madeiras petrificadas), que datam entre 245 e 205 milhões de anos. Além de acervos Mineralógicos, onde se encontram amostras de minerais de São Pedro do Sul, do Rio Grande do Sul e de outras partes do país e Arqueológicos, com artefatos de indígenas antigos que contam muito dos costumes e da vida em sociedade ao longo da história de São Pedro do Sul.
Atualmente, o Museu Walter Ilha está localizado às margens da rodovia BR 287, na localidade da Carpintaria, a 11 km da sede de São Pedro do Sul. Mesmo com diversas mudanças o museu sempre manteve a busca por seu ideal inicial, a preservação, estudo e divulgação do patrimônio paleontológico e arqueológico são-pedrense. Para isso, além das exposições, várias atividades de cunho educativo e sociocultural são realizadas e apoiadas pelo museu.
Facebook: Museus Fernando Ferrari e Walter Ilha
Instagram: @museussps
Telefone e Whatsapp: (55) 32766145
E-mail: museusaopedrodosul@gmail.com
Site: www.dpculturasps.wixsite.com/saopedrodosul
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