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Documentário IN DUBIO PRO SOCIETATE

Documentário In Dubio Pro Societate de Juliana Reis trata de um delicado tema: o aborto e o risco de vida das mulheres ao praticá-lo clandestinamente em um país onde não é permitido as mulheres decidirem sobre o próprio corpo.

INGRIANE BARBOSA, 30, negra, empregada doméstica e mãe de 3 filhos, morreu em 16 de março de 2018, num hospital público de Petrópolis (RJ), com um talo de mamona em seu útero. Ingriane foi a última vítima do aborto clandestino no Brasil a atingir sinistra notoriedade na imprensa, extrapolando as editorias policiais e ganhando manchetes ao redor do mundo. Mas ela faz parte do grupo invisível de meio milhão de mulheres que se submete todos os anos ao aborto inseguro, arriscando saúde, liberdade e, em última instância, a vida.

Ingriane já foi condenada e morreu algemada a uma maca.

Mas LULU, a mulher que realizou seu aborto – igualmente negra, pobre e mãe de 3 filhos, foi presa, acusada pelo artigo 126 do Código Penal, com agravante de morte, e será levada diante de um júri popular, num julgamento que se anuncia fogueira para queimar a bruxa, que ganha a vida introduzindo galhos de uma planta venenosa dentro do corpo de mulheres desesperadas. O talo de mamona que ela usou é ingrediente principal de uma velha receita caseira para abortar, segredo transmitido há séculos entre mulheres, e a única opção para milhares delas.

Me engajei como parte no processo penal que corre contra Lulu e filmo seu desenvolvimento, dentro e fora do tribunal, gravando entrevistas com os envolvidos – réus, testemunhas, defensores, promotores e o juiz. Em paralelo, sigo os desdobramentos da Consulta Pública realizada pelo STF em agosto 2018 sobre a inconstitucionalidade da criminalização do aborto e a

Juliana Reis, roteirista, diretora, produtora

criação de uma rede de mulheres para ajudar com milhas quem não pode pagar uma viagem para abortar em segurança na Colômbia.

No elenco deste documentário, mulheres que ergueram suas vozes diante do STF para dar à luz o debate.

Da primeira instância de uma comarca interiorana, até o mais alto grau de magistratura do país, traçar um panorama realista e arejado da situação de liberdade e saúde de meio milhão de brasileiras e do que significa, no Brasil de 2019, ser mulher.

ÚLTIMOS DIAS DA CAMPANHA DE CROWDFUNDING (estamos a 5% de atingir a meta).

www.kickante.com.br/campanhas/documentario-dubio-pro-societate

 

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