Existem dias que nascem do avesso, travessos
Dias que amanhecem nublados, extraviados
Dias que são agourentos, nojentos…
Existem dias que nascem do avesso, travessos
Dias que amanhecem nublados, extraviados
Dias que são agourentos, nojentos
Dias que cansam só de pensar, vacilar
Existem dias que até as flores se recolhem, encolhem
Dias que os pássaros não querem cantar, choramingar
Dias onde as ruas penderam suas cores, incolores
Dias em que escondemos nossos sorrisos, imprecisos
Existem dias que a solidão engasga, rasga
Dias que os pensamentos são sonolentos, aborrecimentos
Dias que o choro insiste em aparecer, estremecer
Dias em que até os rios deixam de fluir, contrair
Existem dias que a tristeza reina incondicionalmente, serpente
Dias que as ideias ficam dormindo, fugindo
Dias que os alimentos não têm sabores, desanimadores
Dias em que não existem máscaras para se esconder, desaparecer
E quando estamos nestes dias
Parece que eles serão assim para sempre
Mas felizmente,
Sempre não é todo o dia.
PS: Para citar este Poema:
Cargnin dos Santos, Tadany. Dias Perdidos.
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