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De pés descalços

Eis que na calada
Da madruga
Uma voz doce
Um toque gentil
Um anjo alado
Despertou em mim
O que de bom estava guardado
Vi cair velhos cacos
Latarias e ferrugens
Vi o ferro velho
Desmoronar
E por debaixo dele
Pude ver
Só havia luz
Ao sentir
Ao amar sem pensar
Não haviam soldados
Naquela clarera
Não havia guerra
Só desejo, entregas
Sem calos
Sem cadarços amarrados
Sem cobraça, sem fiasco,
Só afeto ali inventado
De tanto “sem”
Um caloroso abraço
Nenhum cofre
Conscientemente
Compraria
A luz que ali se fazia
Nenhuma alma latente
Nenhuma sobrevida
Nehuma aguardente
Nenhum medo
Nehuma fantasia
Estragava o presente
Que acontecia
Gentil
Sem cadarços
Descia
Abria a porta
Eu subia…

De pés descalços

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