Nesta quarta, 17, faleceu aos 87 anos, o Major Curió, oficial do Exército foi responsável por comandar a repressão à Guerrilha do Araguaia na ditadura militar, e foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por homicídio e ocultação de cadáveres durante o combate à guerrilha.
Major Curió foi o oficial do Exército que comandou ao movimento contrário à ditadura militar, que atuou entre as décadas de 1960 e 1970. O combate entre guerrilheiros e militares ocorreu na divisa dos estados de Goiás, Pará e Maranhão, deixando mortos 67 opositores à ditadura.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), Curió e os militares subordinados a ele chegaram a matar pessoas mesmo estando rendidas e sem apresentar resistência a eles. Em 2009, ao jornal “O Estado de S. Paulo”, Curió afirmou que o Exército executou 41 pessoas no Araguaia.
Em agosto do ano passado, o MPF registrou a 10ª denúncia contra militares por crimes na repressão à Guerrilha do Araguaia. Comandante da operação, Sebastião Curió é acusado em sete das dez ações.
No total, foram sete denúncias pelos assassinatos de dez opositores à ditadura; duas por sequestro e cárcere privado de seis vítimas; e uma por falsidade ideológica.
Confira a série de reportagens do colaborador, Ismael Machado, vencedora do Prêmio Vladimir Herozg de Jornalismo e Direitos Humanos em 2012.
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