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POESIA COM MEL

Poesias escritas por Melina Guterres (Mel Inquieta)

agosto, 2016

  • 2 agosto

    Inteira

    Foto da autora: Melina Guterres Cheguei Inteira E meia Dos avessos E a verso De cabelo longo Saia E bota com esporas De braços abertos Escudo, Chama, Lança, Espada De passo pesado Raízes do tempo… Mulher fêmea Mulher macho Não importa a vestimenta Guerreira! E se te meto medo? É …

julho, 2016

  • 19 julho

    Águias

    E numa luzDa meia-noiteE num estado ruimE na mesma ruaDo velho passadoE na hora que insisteQue o ponteiro não gire,Não mude, não griteArranca-lheO tempoÉ ele se dissolve em marNum breve segundo de amarSal e bolhasQue cicatrizamDores ao ventosQue se recolhamFeitoHora de dormirE amanheçaSãDignas de novos tempos Águias

  • 14 julho

    SEM SENTIDO

    Era montanha Era russa Não era, é Revolução Uma doida varrida Na multidão tão Careta e carente E despertou Em tempo De tocar A alma Cantou Compôs Inovou O berço E nasceu Em dó maior Lançou-se Ao destino De passos curtos E pesados Que nem o vento Leva Fez dos …

junho, 2016

  • 20 junho

    Andorar

    Tenho uma aventuraamarrada no cadarçodo meu salto altoPedras não suportamo peso de mi almaviram areia e amaciamo andarPelo trilhosvoo com o treme levito comoo mendigo que de tudo se desfezPareço torta,levo o velho rock na escuta,toco minha gaita de boca imagináriaescrevo sobre doentes a duendestenho um lado escravoum passado de …

  • 20 junho

    Escudos

    Sem nomesem tréguasem romancesem luzsem amorsem dorsem nadasem tudosem poucosem águasem rostosem estrelassem luasem solsó nuvenssó rosto estranhossó amor de tropeçossem zelosem cuidadoao avessosentre cortesentre fortesentre murosespadasescudosLogo após a muralha,o coração

  • 20 junho

    A fenda

    Recolhi velhos poemasResgatei camisetas velhasVesti uma togaSegurei um canudoNele dizia “emoção” E num velho túnel sem luzIncendiei o meu orgulhoAssim via o caminhoSem lentes ou outraspercepções de isqueirosde terceiros. Numa curva derrubei meu lençodeixei para trásdoeu como quem se despendedo velho berçoE numa criançasua bonecao retrato do avessoa velha à …

abril, 2016

  • 5 abril

    Manter a canção

    E Num súbito olharEngolia o mundoDesafinava o tomAndava Com a mão no peitoEsquerda a de sempreSem realengos Se perderam os outros Que tentaram fazer “direito”E na curva sempre igualDesviaram percussos Não mantiveram a mão do lado esquerdoExceto no espelho Igual a tantos que perderam o sonho,Roubando a si mesmoNão são …

março, 2016

  • 5 março

    Areias..

    E tu que te jogaste pela janela com Frank SinatraE tu que venceu o ego e mordeu o cão da raivaE tu que manteve a calma E tu que ensaiaste E tu que caiu de paraquedas E tu que abriu asasE tu que saiu do jogoE tu que levou o …

novembro, 2015

  • 13 novembro

    Poema do amanhã

    O poema do amanhã Nasceu no ontem Na palavra que tomou cachaça No suco que não prestou No vomito à cabeceira Nas horas não vistas Nos olhares que se cruzaram pouco, Na mão machucada, No corpo, na alça, nos pés ao ar Na tentativa de ir e não ir… No …

outubro, 2015

  • 21 outubro

    Selar a paz

    Selar a paz ou a loucura? Assinar no corpo e na almaUm atestado de mente insanaDaquelas que amam demaisAlém vidasDo abraço ShivaDos mil braçosPoucos entenderiamSe sacrificariamOutros tantosCom mentes tão insanas quantoJá é naturezaMeus pés um rioNadam Ao céuTerra e ArCata-ventosMar AmarInsano