Fala galera! Olá leitores e visitantes da Rede Sina. Sejam todas e todos, bem vindos à Coluna do Guga!
Dessa vez escolhi homenagear, a cidade em que nasci, cresci e conquistei grandes amizades. Tenho bastante conhecidos em ‘Santa’ e, volta e meia, faço bastante “agitos”, seja naquele barzinho aconchegante, tomando uma ceva em alguma distribuidora de bebidas, ou até na beira da calçada lá pelas bandas do bairro Rosário.
Santa Maria foi emancipada politicamente em 17 de maio de 1858. É praticamente uma “miss” que ostenta diversas faixas (vale lembrar que a cidade é destaque quando falamos em concursos de beleza) e os títulos de: “Cidade Universitária”, “Cidade Cultura”, “Capital dos Blindados”, “Coração do Rio Grande do Sul”.
Santa Maria é aquela cidade do “fui embora, mas voltei”. “Ah!… estou indo embora semana que vem de novo… tô só de passada”. Entre tantas idas e vindas, quem passa ou deixa Santa Maria, não a deixa totalmente.
Santa Maria da Lenda da índia Imembuí, cidade que elogia a linda história, mas é omissa com a questão indígena. Há quem acha ‘bonitinho’ ver os índios pelo centro, seus artesanatos… mas mal sabe das dificuldades que enfrentam.
Santa Maria acolhe os estudantes, professores, militares e demais pessoas que escolhem o Coração do Rio Grande para se “acampar”. E de acampamento, nossa cidade entende muito bem, pois temos uma rua que se chama Acampamento”, justamente porque ali acampavam diversos militares.
Santa Maria que se orgulha da UFSM – Universidade Federal de Santa Maria (realmente maravilhosa, salve o fundador, senhor Mariano da Rocha!!). Santa Maria do vai e vem de estudantes universitários que seguem sendo explorados pela a máfia do transporte coletivo, que não colabora com transporte acessível – R$3,90 a passagem)- e de qualidade.
Santa Maria conservadora, dos eventos e palanques repletos de “puxa sacos” de comerciantes, militares e panelinhas de políticos lendários.
Santa Maria do descaso com o Museu Afro-brasileiro 13 de Maio (palco de memórias e resistência negra), do descaso com estação da Gare (palco de muitas memórias, histórias e um dos berços de desenvolvimento da cidade), do descaso com os familiares das vítimas da Boate Kiss (palco de injustiça com 242 vidas ceifadas na tragédia), uma cicatriz que ficará marcada para sempre no centro da cidade e na memória coletiva.
Santa Maria do sol na praça, da Presidente, do Calçadão, da Locomotiva e de tantos outros pontos turísticos gravados em nossa memória.
Santa Maria do descaso dos gestores municipais para com o surto de toxoplasmose em pleno 2018 (um dos maiores da doença, pasmem! mundialmente).
Santa Maria do ‘vento norte’, do trote dos ‘bixos’ na praça, do chimas no calçadão, Itaimbé, na UFSM. Ah! Não posso esquecer do bairro Camobi né!
Santa Maria, “beiii”! Há tantas outras peculiaridades para descrevê-la.
Santa Maria da bela Romaria Nossa Senhora da Medianeira (palco de fé e orgulho para a cidade).
Que a nossa Santa Maria siga abençoada por sua Padroeira Nossa Senhora da Imaculada Conceição (sincretizada nas matrizes africanas com a Orixá Oxum) e tantas outras mães espalhadas, pela acolhedora Santa Maria da Boca do Monte.
Pela atenção, obrigado!
Até a próxima!
Sobre o colunista:
GUSTAVO ROCHA (“Guga”) como é conhecido, é natural de Santa Maria/RS. Transitou pelo curso de Ciências Sociais na UFSM e segue estudando na área de Sociologia EAD.
Apaixonado por assuntos que envolvem moda, como sentido de expressão e comunicação, o cara também é muito ligado em música, principalmente eletrônica, porém não dispensa um bom samba de raiz, hip-hop e adora dançar até pingar.
Guga, também simpatiza com as causas de diversos movimentos sociais, onde tem se engajado ultimamente, como militante no combate contra o racismo, o machismo e no combate à homofiobia e demais pautas da população LGBTT.
Atualmente ele é comissário de voo e com frequência, Guga aterrissará na página do SINA usando a moda como uma “pista ou passarela”, para diversas reflexões.
Ache o Guga : @rocha_guga / Rochagustavo15@gmail.com