Bolsonaro, despreparo
Abre a boca e joga o jogo
Ignora o “Dia do Fogo”
Custa caro, causa incêndio
Palavrório de impropérios
Purgatório. Vilipêndio.
Incentivo às motosserras
Grita, xinga, muge, berra
Erra. Erra. Erra. Erra.
Queima a língua.
Queima a Terra.
.
Bolsonero, baixo clero
Tuas mazelas se enumeram
Aventura adolescente
Aprendiz de presidente
Iletrado no bolero
Desaforo com foro e lero-lero
Da Ditadura é o porta-voz
Ulstra é astro em vez de algoz
E após o pus que vem depois
O pasto é pesto pros teus bois
Mas 2 + 2 não dá Queiroz
.
Bolsoniro, pós-vampiro
Atingiram e tingiram
De escarlate a Amazônia
Selva da Silva Babilônia
Espelho de um Brasil-Colônia
Foram teus verbos que muniram
Os grileiros que agrediram
Embalados no teu tom
Nos juros do teu Copom
Nas pegadas das tuas patas
Ditadorzinho vira-latas
.
Bolsonoro, meteoro
Teus grunhidos tão sonoros
Empoderam os tacanhos
E na ordenha do rebanho
Entre estanhos e estranhos
Ódio e Índios se devoram
O fogo em fuga avança e alastra
Sob um desdém iconoclasta
Sob teus brados deslumbrados
Sobre o pasto onde teu gado pasta
.
Bolsonuro, ouro impuro
Logradouro de perdas e perjuros
Fosso de falácias e malícias
Endosso de Anastácias e Milícias
Teus pecados te procuram
Tuas fraudes de oratória
Tuas rasuras na História
Por causares no planeta
Com tua língua e tua caneta
Uma parada respiratória
ISRAEL MENDES