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ALTER Mano Melo NATIVAS

Hoje na estreia do nosso colunista Mano Melo, já lembramos que nesta terça, 12/07, às 21h, na Casa da Gávea no Rio de Janeiro, tem show de poesia com o autor. Confira o evento no face também.

Foto de arquivo pessoal
Foto de arquivo pessoal

Sou fácil de iludir, otário mesmo às vezes, espero muito e acredito nas pessoas, embora  me desiluda. Prometo que não caio mais nessas, mas sempre caio, reincidente de carteirinha. Adoro dois beijinhos, aperto de mão, calor. Tumulto não gosto. Gente burra também não gosto, mas tolero, porque de vez em quando faço  minhas burradas. E burradas homéricas! Ás vezes vejo a mentira como uma verdade que não aconteceu ainda, por isso de vez em quando extrapolo minhas fantasias e invento histórias, mesmo que só pra fazer rir e contar vantagem. Puxar saco, não puxo não, mas ás vezes fico sensibilizado com um elogio, sinto que não é de todo verdadeiro, mas fico. Já ri de coisas sem graça nenhuma, já fiz amizades por conveniências, atendo tudo que é telefonema, mesmo sem vontade de conversar.

Eles sempre põem a culpa em alguém, esperando explodir no lado do mais fraco. Mas esta estratégia, por vezes, é tão  obviamente mentira que eles se dão mal. Se dão, vírgula, porque fica sempre esta sensação de impunidade. A burocracia, além de desonesta, está  acomodada à sua própria mediocridade. Não sei se trocar de político mude alguma coisa, a impressão que dá é de trocar seis por meia dúzia.  Esta mudança teria que vir através da conscientização do povo, que precisa se organizar e mostrar sua indignação. As eleições estão aí mesmo pra isso. Não é um sistema perfeito, mas é o, por enquanto, único possível. A fé de progredir, melhorar, mesmo que lentamente. Pelo menos pra chutar a bola pra cima, pois enquanto a bola está lá em cima a gente não leva gol.

POVO QUE VOTA NAS COXAS ACABA TOMANDO NA BUNDA!!!!!

Não sei se vamos sucumbir. Talvez emigração espacial, sei lá. Pode ser também que estes papos apocalípticos sejam a consciência de nossa finitude como indivíduos, então fazemos a fantasia de acabar tudo, de raiva porque vamos acabar. É tudo muito rápido, o ser humano, estamos num processo de transformação e evolução ( ou involução) tão grande, que a diferença do homem do futuro para o sapiens, é mais ou menos a mesma distancia do sapiens para o macaco.

Pode ser que esteja tudo uma merda, e está mesmo, mas estamos melhor que na idade media, com suas guerras e suas pestes. Já pensou viver num mundo sem anestesia? Ui!Pior que isso só dor de dente. Então, está mais pra evolução que pra involução. Mas eu sou meio pra Anne Frank, prisioneira  num porão e acreditando apesar de tudo na bondade humana.

E pra terminar, por hoje: Cavalo é sinônimo de beleza e elegância. Mesmo os pangarés.

         
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MANO MELO

Poeta e ator, roteirista para cinema e vídeo. Desde 1979, quando retornou ao Brasil após viajar por dez anos através do mundo (América Latina, Europa, Ásia e África), tem interpretado seus poemas em teatros, bares, centros culturais, universidades, escolas, eventos e congressos literários, até mesmo praças e praias, no Rio de Janeiro e muitas outras cidades.

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