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A fenda

Recolhi velhos poemas
Resgatei camisetas velhas
Vesti uma toga
Segurei um canudo
Nele dizia “emoção”

E num velho túnel sem luz
Incendiei o meu orgulho
Assim via o caminho
Sem lentes ou outras
percepções de isqueiros
de terceiros.

Numa curva derrubei meu lenço
deixei para trás
doeu como quem se despende
do velho berço
E numa criança
sua boneca
o retrato do avesso
a velha à espera
o vento
a vida que passa
sem tropeços
só em finda
velocidade do tempo

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