Partir teus restos, perder teu rosto, ser um pouco mais
Esquecer a história, desvendar teus sonhos, ser muito mais
Do que pequenos espaços
Ocos, poucos, roucos…
Solta tua voz!
Solta teu sorriso!
E descobre que acordar pode ser bom
Embora o sono repare o tédio
O despertar é urgente
O despertar não espera
Embora sempre haja um novo tempo
O tempo do agora
Tempo de vozes e cheiros
Que te pedem o silêncio
Que se perdem em tua mudez
Mas se encontram em teus gritos
Tristes ritos, inerente a nós…
Envolventes
Sedentos
Famintos
Infinitamente sós!
Bastidores:
Tudo começou com uma conversa no messenger, com referência ao Texto I – A
dois corações
giulia_pegna diz:
VC ME FEZ CHORAR!!!!!
O amor que sinto por voce é tão grande que até dói!!!!!
Filhota diz:
linda!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
achei aqui no caderninho…
fiquei emocionada!
giulia_pegna diz:
nao lembro….
quem escreveu, eu o vc?
Filhota diz:
nós duas
cada linha é de uma de nós
a primeira é minha
daí vai na sequencia
giulia_pegna diz:
que loucura
Filhota diz:
impressionante o quanto tem a ver com nosso momento de agora neh
e fizemos em 2003!
giulia_pegna diz:
que loucura!!!!
um livro feito assim acho que ninguem fez…a 4 maos
Filhota diz:
fiquei com vontade de escrever um livro assim! o que acha?
isso!
e não são quatro mãos quaisquer
são de mãe e filha!
giulia_pegna diz:
2 gerações de bruxas
kkkkk
Filhota diz:
vamos fazer a vero?
giulia_pegna diz:
vamossssssssssssss
Filhota diz:
sério mesmo!
pode fazer as imagens e tassinha diagrama!
giulia_pegna diz:
Simmmmmmmmmm
Filhota diz:
meta de ano novo entao!
vamos começar a pensar sobre isso!
giulia_pegna diz:
primeiro poema vai ser exatamente esse
Filhota diz:
esse já é o primeiro poema!
giulia_pegna diz:
kkkkkkk
Filhota diz:
meu deus! kkkkk
giulia_pegna diz:
eta sintonia boa
Filhota diz:
neh! rs
Mãe e filha:
GIULIA PEGNA
Nasceu em Alexandria, no Egito. Chegou no Brasil com seus pais, em São Paulo, aos 3 anos de idade. Formada em jornalismo pela Casper Líbero, trabalhou no “O Estado de São Paulo” em SP e no “O Globo” no Rio. Escreveu textos para a revista Visão juntamente com Wlado Herzog. Especializada como professora de francês em Sèvres, França e Auditora da Qualidade. Trabalhou durante 10 anos na Floresta Amazônica, como Coordenadora da Qualidade e em 2014 até maio de 2015, no México. Atualmente reside em Salvador-BA
BRUNA HERCOG é filha das águas. O mar é alimento da sua escrita. Baiana, natural de Salvador, encontra na poesia a possibilidade de manter vivo o seu olhar de menina. Sempre com um caderninho nas mãos, rabisca o mundo. Formou-se jornalista em 2007, mestra em Cultura e Sociedade pela UFBA em 2016, onde atualmente cursa o doutorado. Seus rabiscos de mundo foram publicados no livro Rastros de Inquietudes, pelo Coletivo Sociedade da Prensa, com ilustrações de Islândia Costa. Em 2017, mediou a construção do livro-objeto Assoalho de Lembranças, produzido por mulheres idosas da Península de Itapagipe, em Salvador, a partir de oficinas de Escrita Poética. Com o poema Fogueira, participou da Revista Farpa (2016). É autora dos fanzines Alinhavadeira de Histórias e EmTrêsCruzadas. Colaborou
com o livro Ympressos Paraguassu, do Coletivo Sociedade Da Prensa, e com os fanzines Hoje Não e Cabelo Verde, da escritora Katherine Funke. Organizou duas edições do Sarau do Café, em Salvador (2016). Teve alegria de compartilhar os seus escritos em diversos saraus, oficinas e feiras de publicações independentes em Salvador e no interior do Estado. À frente da Assovio Comunicação Criativa,
realiza projetos jornalísticos e literários.