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Atualmente, estamos vivendo a quarta revolução industrial que ocasionará uma mudança igual ou superior àquela ocorrida quando da invenção da máquina vapor.
Essa nova revolução, provocada pela convergência de tecnologias das ciências biológicas, da robótica-tecnologia da informação e da física, levará a uma mudança radical na forma como são gerados os empregos, com profissões surgindo e outras desaparecendo da noite para o dia e, também na maneira como os investimentos econômicos são remunerados.
Exemplo disso, são os veículos autônomos que mudarão radicalmente o modelo de negócio do transporte de cargas e de pessoas. Só nos Estados Unidos estima-se que mais de um milhão de caminhoneiros perderão o emprego com o advento do caminhão autônomo. Além disso, o carro autônomo provocará uma desvalorização dos estacionamentos e mudará a dinâmica da valorização dos imóveis urbanos.
Engana-se quem pensa que essas mudanças são para um futuro distante. O futuro é hoje. Basta lembrarmos que no Vale do Silício já existem inúmeros carros autônomos em teste, e que o primeiro transporte de cerveja por um caminhão autônomo foi feito em parceria entre Uber e a startup Otto, em outubro de 2016. Nesse sentido, se analisarmos a história, vemos que apenas 10 anos antes do automóvel tomar o centro de Chicago foi dito a ninguém menos do que Henry Ford, que o cavalo permaneceria para sempre e que o automóvel passaria de moda. Além desse exemplo, no prazo de uma década o avião passou do primeiro voo a arma de guerra usada no primeiro conflito mundial.
Assim, temos como provocação participar do jogo global da inovação e de geração de emprego e renda em modelos de negócios e profissões que talvez, nem se quer conheçamos, num cenário de “destruição criadora” de postos de trabalho, com empresas indo à falência e novas fortunas surgindo.
Deste modo, o desafio a superar é potencializar as startups que estão surgindo em Santa Maria, em número e qualidade, já que essas têm se mostrado desenvolvedoras de tecnologias competitivas além fronteiras, aliadas com a elevação da capacidade de nossos talentos, diminuindo um de nossos principais problemas que é o grande número de pessoas que não concluem o ensino médio e, em sua maioria, estão se colocando fora do mercado de trabalho futuro. Assim, é importante a ação de todos na qualificação da educação em seus diversos níveis, ações de mentorias e todos os mecanismos que estimulam a criatividade, a cultura e a pró-atividade para alavancar nossa participação em um cenário global.
SILON PROCATH – Graduado em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Maria (1997), mestrado em Agronomia pela Universidade Federal de Pelotas (1999) e doutorado em Ciência e Tecnologia Agroindustrial (2009) pela Universidade Federal de Pelotas, tendo trabalhado com apropriação tecnológica e produção integrada. Coordenador de Projetos da Universidade de Santa Cruz do Sul entre 2002 e 2005, trabalhando com Elaboração de Projetos, Captação de Recursos e Fontes de Financiamento. Coordenador de Ações Regionais e Inovação da Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal de Santa Maria no ano de 2014. Atualmente atuando como como Coordenador de Empreendedorismo da Agência de Inovação e Transferência de Tecnologia da UFSM (www.ufsm.br/agittec). Ex-Presidente do Conselho Regional de Desenvolvimento da Região Central. Experiência nas áreas de Empreendedorismo, Incubadora Tecnológica, Startups, Elaboração de Projetos, Captação de Recursos e Desenvolvimento Regional. Com empreendedor foi fundador e Diretor de Inovação e Negócios da Tecniagro Sistemas Agropecuários.
