A dualidade de opções e caminhos que a vida proporciona é infinda e neste belo poema é possível viajar por muitas destas sendas e caminhos…
Escute o poema no vídeo abaixo:
Às vezes
Às vezes, sigo certeiramente o caminho
Outras tenho sentimentos tortuosos, estagnante redemoinho
Às vezes, desejo fielmente peregrinar
Outras sou liberdade, pecados tenho que inventar
Às vezes, sou uma produtiva imaginação
Outras um desleixo, letargia e inanição
Às vezes, ando alegremente sozinho
Outras me entrego à primeira, crio um doce ninho
Às vezes, sou bondade e caridoso
Outras, sou pequeno, mesquinho e maldoso
Ás vezes, sou alegria, vida e sorte
Outras, sou perdas, desalento e morte
Ás vezes, sou cores vivas, aquarelas de amor
Outras, um degradê moribundo, sombras de dor
Ás vezes, sou a voz da divindade que a dentro de mim
Outras, sou dúvidas, mendigando por um querubim
Às vezes, ando ereto e dignamente
Outras, perambulo por becos incandescentes
Às vezes, sou luz sublime em ascensão
Outras sou trevas, horripilante escuridão
Às vezes, sou a vida que inventei
Outras um papel, protagonista do que?. Não sei
Às vezes, e em outras vezes, me descubro e me desnudo
Por vezes um eu magnânimo e loquaz, noutras um ser ordinário e mudo
Tudo isso, porque as vezes sou a manifestação e suas efêmeras imagens
Noutras sou oráculos revelando-se, vivificantes mensagens.
(Tadany– 03 01 15)
PS: Para citar este Poema:
Cargnin dos Santos, Tadany.Às vezes.www.tadany.org®
Sobre o autor…
Executivo Internacional. Cidadão Global. Palestrante. Poeta. Escritor. Pensador. Counsellor. Espiritualizado. Alegre. Curioso. Dinâmico. Profundo. Agradecido. Aventureiro. Tadany é formado em Administração de Empresas pela UFSM. Já trabalhou em vários países ao redor do mundo e, atualmente, é Gerente de Globalização na IBM Índia. Ademais, por 3 anos, ele também estudou Advaita Vedanta num monastério nos Himalayas (Índia) com o Swamy Dayananda Sarasvati (www.dayananda.org).