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#45 GIRO DA MARIA CULT

29/10 – Sexta-feira, 18h
#45 Giro da Maria Cult
Colaboradores: Deivid Pazatto e Paola Saldanha
Nesta edição: Feira do Livro, Museu Treze de Maio, Brique da Vila Belga, Laba Laba, Cine Movimento, espetáculos “Amor em cada canto” e “Terra à vista”,  O Jeito Delas, Laura Maciel, maisdomesmo, Lentes Tropicais, Museu de Arte de Santa Maria, Venancio da Luz, Fio de Bigode, Monte Blanco e Dida Larruscain 

 

Outubro foi movimentado na cena cultural de Santa Maria. O mês marcou a estreia de novos artistas na região, além de importantes atividades retornando ao formato presencial e levando os santamarienses para as ruas e praças.

48ª FEIRA DO LIVRO DE VOLTA A SALDANHA MARINHO

48ª Feira do Livro. Foto: Ronald Mendes

 

O primeiro dia do mês já trouxe um dos eventos mais importantes do calendário cultural da cidade, a  48ª Feira do Livro de Santa Maria. Neste ano, a feira ocorreu no formato híbrido, com atrações na Praça Saldanha Marinho e nas redes sociais.

O patrono da edição foi o escritor Leonardo Brasiliense, autor de livros como: Adeus conto de fadas (minicontos juvenis, 7 Letras, 2006, prêmios Jabuti e Açorianos e selecionado para o PNBE 2009 e 2013); Três dúvidas (novelas, Companhia das Letras, 2010, Prêmio Jabuti); e Roupas sujas (romance, Companhia das Letras, 2017, Prêmio Minuano e finalista dos prêmios Jabuti e São Paulo). 

A homenagem póstuma foi para Neiza Leite Veleda, detentora da cadeira número 23 da Academia Santa-Mariense de Letras (ASL). Foi professora universitária e, entre 1963 e 1986, deu aulas no curso de Letras da UFSM. Além disso, desenvolveu um trabalho de acompanhamento de pacientes nos hospitais do município. Ao longo da vida, publicou dois livros de poemas, Sob o Céu de Santa Maria e Eu Era Verde. Em 2018, foi a mais votada entre os Destaques da ASL no gênero conto, pelo trabalho na última antologia publicada pela academia. Morreu em 2019, aos 100 anos.

O professor homenageado foi Lucas Visentini, que atua também como escritor, pesquisador e editor. Idealizador de inúmeros projetos literários na rede municipal de ensino, venceu o Prêmio Paulo Freire Talentos em Educação – Câmara Municipal de Santa Maria (2019). Escreveu os livros Neto e a Boca do Mont” (Academia Santa-Mariense de Letras); Da Desfaçatez das Palavras (Editora e Gráfica Caxias); e Céu, Sol e Mar: a travessia (Edição do Autor).

Conforme a organização, a 48 Feira do Livro mostrou que Santa Maria é uma cidade de muitos leitores e leitoras. E essa paixão pela leitura foi confirmada pelas mais de 25 mil obras vendidas na praça. Na lista dos 10 livros mais procurados da edição estão: O Pequeno Príncipe (Antoine de Saint); Assim foi, assim sempre será. Crônicas e Poesias (Evando Zamberlan); Diário de um banana (Jeff Kinney); Torto Arado (Itamar Vieira Junior); Asilo Político Limites e Perspectivas à Luz do Cosmopolitismo dos Direitos Humanos (Felipe Tonetto Londero); Quando a Alma Mostra (Camila Santos Sityá); Saphiens. Uma Breve História da Humanidade (Yuval Noah Harari); 1984 (George Orwell); A ida Não é Útil (Ailton Krennak); Capitão Cueca (Dav Pilkey).

 

MUSEU TREZE DE MAIO REABRE SUAS PORTAS APÓS SETE ANOS

Museu Treze de Maio. Foto: Arquivo/Prefeitura de Santa Maria

 

Fechado desde 2014, devido problemas estruturais, o Museu Treze de Maio retornou às atividades presenciais no prédio, localizado na Silva Jardim. “Cumprindo nosso papel de Museu Comunitário, sempre estivemos vinculados a nossos objetivos na área da cultura, educação e patrimônio e museologia. Ao longo desse tempo, estivemos empenhados em atividades e projetos para viabilizar as reformas necessárias para poder receber no prédio as atividades que sempre foram nossa meta”, destaca João Heitor Silva Macedo, diretor do espaço.

Além das intervenções realizadas para a arrecadação de recursos – como a criação de uma vaquinha virtual e um livro ouro – o Treze também seguiu atuando como Ponto de Cultura, o que, segundo João Heitor, contribuiu para a reforma e aquisição de equipamentos. Entretanto, o diretor frisa que as atividades nos âmbitos do patrimônio, educação e pesquisa nunca pararam. Ainda que não fossem desenvolvidas no prédio, diversas ações foram articuladas com secretarias de educação, universidades e outros museus, virtualmente. Com a reabertura do prédio, as oficinas de capoeira e dança ocorrem de modo presencial, em cinco dias da semana. “Aos poucos, estamos nos reunindo com outros agentes culturais, principalmente, ligados ao Movimento Negro e recebendo propostas para a realização de atividades no espaço. Já temos programadas, para esse ano ainda, uma exposição na Semana da Consciência Negra, em homenagem a Oliveira Silveira, e estamos com um projeto de abertura de um cursinho pré-ENEM para jovens negros e pessoas em situação de vulnerabilidade” acrescenta.

Há alguns anos, o espaço do Treze era o endereço do Clube Social Negro, criado no início do século passado, por trabalhadores negros da cidade. Quase 100 anos depois, devido a precariedade do prédio, a comunidade Negra, juntamente, com alunos de Museologia/Unifra (hoje UFN) e antigos sócios o transformaram em Museu Comunitário. Em 2004, o Museu Treze de Maio foi tombado como Patrimônio Histórico Municipal e o Estado o reconheceu como um bem que integra o Patrimônio Histórico e Cultural do RS. 

 

BRIQUE RETORNA PARA VILA BELGA

Foto: Dartanhan Baldez

 

Após o hiato causado pela pandemia, está de volta o Brique da Vila Belga, um dos eventos mais tradicionais de Santa Maria. No terceiro domingo do mês, as ruas da Vila Belga foram tomadas por centenas de pessoas, que circularam pelos mais de 200 pontos de exposição.

Além dos produtos de diversos ramos, a ação ainda contou com as apresentações de Paulo Maxwell e da banda Lentes Tropicais. Reunindo produtores de cultura, arte, artesanato e gastronomia, o Brique seguirá no calendário do município,  sempre no primeiro e terceiro domingo de cada mês. 

 

AUDIOVISUAL | DOS PALCOS PARA AS TELAS

“Amores aos Montes”. Foto: Walesca Timmen

 

Dois projetos levam espetáculos já conhecidos dos palcos da cidade e estado para as telas. O Teatro Por Que Não? (TPQN?) estreou uma tour virtual de Amores aos Montes, na região Central. As apresentações fizeram parte do projeto Amor em cada canto, aprovado no edital FAC Movimento, da Secretaria da Cultura do Estado do Rio Grande do Sul (SEDAC RS).

Gravado em agosto, na Casa Círculo, em Santa Maria, em parceria com a TV OVO, o projeto foi lançado no dia 13. A primeira exibição da peça ocorreu nas redes sociais do município de Cacequi. A proposta era transmitir o espetáculo, diretamente, dos perfis de prefeituras de cidades do interior, no Facebook. Ao final de cada sessão, um bate-papo entre os integrantes da companhia e o público foi realizado ao vivo, para responder dúvidas e conversar sobre o processo de criação da montagem.

Além de Cacequi, Toropi,  Dona Francisca, São Vicente do Sul e Restinga Sêca conferiram Amores aos Montes, virtualmente. Todas as exibições estão disponíveis nas redes sociais dos municípios.

 

Gravações de “Terra à Vista”. Foto: Laura Azevedo

 

Idealizado para o teatro, Terra à Vista: Uma Aventura Pirata nasceu com o objetivo de transmitir uma mensagem de conscientização ambiental, abordando a importância do consumo consciente e do descarte correto do lixo para a preservação do meio ambiente. ⠀

O espetáculo infantil percorreu diversos municípios do Rio Grande do Sul, entre 2015 e 2018, e também passou, em curta temporada, pelos estados da Bahia e do Pará. Ao todo, foram 94 apresentações, atingindo um público de quase 40 mil crianças do ensino fundamental. ⠀

Agora, o projeto ganha uma adaptação audiovisual, que busca atingir um público ainda maior. De acordo com o diretor, Leonardo Roat, contar a história em um novo formato é uma oportunidade desafiadora. “Ao mesmo tempo que conhecemos a história por tê-la apresentado tantas vezes, contá-la no audiovisual é diferente do que no palco, a linguagem muda e nesse processo de adaptação é que mora o desafio”, explica.⠀

Transformada em websérie de 10 episódios, a obra terá como pano de fundo a chácara da família Isaia. “Logo que começamos a falar sobre o projeto, e que eu soube do argumento principal, lembrei deste lugar e começamos a conversar sobre a possibilidade de gravar a série aqui. É uma felicidade termos como parceiros essa família que apoia a cultura há tantos anos”, destacou o diretor de produção, Paulo Teixeira. Além da chácara, o Museu do Azulejo e o escritório Abella Advocacia também cederam espaço para ser cenário da produção.⠀

O projeto Terra à Vista: Uma Aventura Pirata é desenvolvido via Lei de Incentivo à Cultura (LIC), produzido pela D.Marin Planejamento Cultural e pela Toar Produções LTDA, com apoio e parceria da Finish Lab, Fundação Eny, Fuego Churrascaria Móvel, Abella Advocacia, Museu do Azulejo, Hotel Itaimbé, João a Rigor e JP Santa Lúcia. O patrocínio é da Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos – CRVR.

 

AUDIOVISUAL | DOCUMENTÁRIO RESGATA E VALORIZA A ESSÊNCIA NEGRA

Trecho do documentário de Laba Laba. Foto: Dartanhan Baldez

 

Dança, alegria, popularidade, identidade, resgate, saberes históricos, memórias e trilhas sociais da diáspora africana que compõem a comunidade afro brasileira, mantida e materializada em corpos negros, são os componentes de O Voo e Essência do Movimento Negro.

A obra se apresenta como um espetáculo documentário, fruto do trabalho realizado pelo Laboratório de Danças Negras: Laba Laba. “Laba Laba na língua africana Yorubá quer dizer ‘Borboleta’ e nos motivou a promover provocações construtivas que enalteceram a liberdade e voos de corpos e movimentos negros”, descrevem os idealizadores.

Viabilizado com recursos da Lei Aldir Blanc, por meio do Edital Criação e Formação – Diversidade das Culturas, o projeto beneficiou três grupos de dança compostos por negras e negros de três municípios das regiões Centro e Pampa do Rio Grande do Sul. Foram contemplados o Grupo Berimbau de Rua, em Santa Maria; Grupo Clara Nunes, em Caçapava do Sul; e Grupo de Dança Mulheres, do Quilombo Passo dos Brum em São Sepé. Ao todo, 35 pessoas estiveram envolvidas no desenvolvimento da ação, entre bailarinos, direção, figurinistas e equipe de audiovisual.

O Voo e Essência do Movimento Negro é uma realização da Pondá Assessoria, com produção de Isadora Bispo, direção de coreografia e arte de Sariana Lima e coreografia e instrução de Jocelaine Luiz e Lara Cornélio. A criação está disponível no perfil Laba Laba no Instagram, nos perfis de Isadora Bispo e Pondá Assessoria no Facebook e também no YouTube

 

AUDIOVISUAL | PROJETO DA TV OVO EXIBE CURTA-METRAGENS NA REGIÃO CENTRAL

“Cine em Movimento” em Agudo. Foto: Reprodução/redes sociais TV OVO

 

Cidades da região Central do estado têm a oportunidade de assistir produções audiovisuais ao ar livre e gratuitamente por meio do projeto Cine em Movimento. A primeira exibição ocorreu no dia 16, na Escola Estadual Bom Conselho, em Silveira Martins.

As sessões, com até 1h 15min de duração,  apresentam curta-metragens realizados no Rio Grande do Sul, selecionados através de um edital promovido pela TV OVO. Conforme os idealizadores, a iniciativa propõe dinâmicas que gerem debate com o público das sessões, valendo-se da metodologia do movimento cineclubista de formação de plateias, e que contemplem temáticas livres, que possam contribuir socialmente para o diálogo de questões relevantes e atuais.

A programação de cada exibição foi organizada tendo em vista o contexto de cada município, sua cultura, etnia e raízes locais. Além de Silveira Martins, Restinga Sêca, São Martinho da Serra e Agudo também foram contempladas com as sessões. Santa Maria e Itaara terão as datas divulgadas em breve. O projeto tem financiamento do Pró-Cultura RS Fundo de Apoio à Cultura (FAC).

 

ARTES VISUAIS | NOVAS EXPOSIÇÕES DO MASM

Museu de Arte de Santa Maria. Foto: Arquivo/Prefeitura de Santa Maria

 

Próximo ao encerramento do calendário 2021 de exposições, o Museu de Arte de Santa Maria (MASM) lançou processo seletivo para os espaços expositivos em 2022.  Produtores culturais, artistas plásticos e visuais, designers e público em geral, interessados nos espaços mantidos pelo museu, já podem se inscrever.

O período de submissão dos projetos segue até 16 de novembro e deve ser feito pelo email masmeditais@gmail.com. A divulgação das propostas contempladas ocorrerá em 10 de dezembro. A seleção é organizada pela Prefeitura Municipal de Santa Maria, através da Secretaria de Município da Cultura e do MASM.

Os classificados poderão expor seus trabalhos nas salas Jeanine Vieiro e Iberê Camargo (MASM), Sala Monet Plaza Arte – Monet Plaza Shopping – e Espaço SESC/Fecomércio. Para saber mais detalhes e acessar o formulário de inscrição, clique aqui.

 

MÚSICA | NOVAS VOZES E SONORIDADES NA CIDADE

O primeiro domingo de outubro (03/10) foi a data escolhida pelo grupo de pagode feminino O Jeito Delas para a sua estreia. Composto por Andressa Menezes (vocalista), Ina Bianchini (tantam) Taci Nunes (percussão geral) e Thainá Alves (pandeiro) a banda une em seu repertório o clássico e o atual.

Segundo as integrantes do grupo, O Jeito Delas surge pela escassez de bandas de pagode feitas por mulheres. “Nossas inspirações, além de tantas cantoras desse Brasil afora, é o grupo ‘Entre elas’, que hoje está conhecido no país e inspirando tantas outras mulheres, como nós, a não desistir dos seus sonhos”, contam.

Ina e Taci já estão inseridas nesse meio há mais tempo – são percussionistas e integrantes do Bloco TPM. Já Tainá, por influências familiares, é pandeirista. Andressa atuou como cantora sertaneja, mas sempre foi uma amante do pagode. Então, as amigas resolveram juntar os talentos “e mostrar que as mulheres podem tocar o estilo musical que elas quiserem”, afirmam elas.

O grupo diz ter consciência de que enfrentarão alguns obstáculos. “[…] talvez, preconceitos, julgamentos por estarmos tocando um estilo musical, predominantemente, masculino, mas estamos dispostas a passar por cima disso tudo pelo amor à música e por nós, mulheres”, declaram.

Ina Bianchini, Taci Nunes, Andressa Menezes e Thainá Alves (da esq. para dir.). Foto: Divulgação

 

Meu Desacelerar é a primeira canção autoral de Laura Maciel. A música de estreia da  artista retrata um amor que faz bem. “Aquele amor que alivia a mente, a alma, que acalma. É sobre a mente e a vida estarem um caos, mas tu encontra refúgio no conforto que outra pessoa te dá”, conta Laura.

Segundo a cantora, a composição transita entre o Blues e o R&B contemporâneo, com a guitarra e baixo bem marcados. “Eu queria que meu vocal se destacasse e que o beat acompanhasse numa vibe gostosa de ouvir, e é exatamente isso que a música trás, uma leveza ao escutar”, revela.

Laura esteve presente em todos os processos da música, desde a criação do beat, roteiro do clipe e estratégia de lançamento. A artista queria ter certeza que tudo sairia do seu jeito. “Tive sorte de encontrar pessoas tão talentosas e dedicadas àquilo que se propõe a fazer e posso dizer que estou 100% satisfeita com o projeto final e muito ansiosa para compartilhar com o mundo”, comemora.

A música e o beat de Meu Desacelerar foram produzidos por David FranProl. Já a produção audiovisual foi realizada por Mariana F. Magalhães e a estratégia de marketing ficou por conta da Agência Geear.

 

Com o propósito de fazer uma música sem rótulos, fugir do óbvio e expressar os sentimentos e ideias sem o uso do vocal, nasceu a maisdomesmo. A banda instrumental apresentou, no começo do mês, seu primeiro trabalho, pela água em marte.

Michel Peixoto, integrante do grupo, relembra que a ideia do projeto surgiu há, aproximadamente, quatro anos, juntamente, com Kauê Wienandts Flores. “Na época, essas ideias acabaram ficando guardadas e nós dois fomos tocando em outras bandas e projetos. No ano passado, revisitamos essas ideias e mostramos para nosso amigo Julian Campos, que animou muito com as ideias que tínhamos feito e assumiu de vez a bateria”, conta.

Produzido, gravado e mixado pela banda, pela água em Marte não representou, apenas, a estreia do grupo, mas também foi a primeira música composta por Michel e Kauê e rearranjada com o Julian. “É uma das músicas mais pesadas, densas e caóticas dentro do material que nós estamos trabalhando. E muito disso se deve as baterias do Julian, que mudaram, totalmente, a música, soando mais agressiva e intensa”, descreve Michel.

E, após pela água em Marte, nessa quinta-feira (20/10), o grupo divulgou (des)realização. “Diferente de pela água em marte e todo o caos em volta dela, (des)realização é mais tranquila, flutua, é uma música sobre esperança mesmo em tempos tão estranhos para nós todos”, descreve a banda em suas redes sociais. O trabalhos têm arte assinada por Luiza Pires Roos.

 

A rua Manuel Ribas, na Vila Belga, foi o palco da primeira apresentação ao vivo da Lentes Tropicais. E a data não foi escolhida à toa pela banda, pois 17 de outubro é celebrado o Dia Nacional da Música Popular Brasileira.

Lentes Tropicais  é uma banda santamariense formada em 2020, com objetivo de criar versões elétricas de clássicos da música brasileira, bem como criações autorais.

Composto por Eduardo Homrich (bateria), Gabriel Moresco (baixo) e Léo Pedrete (guitarra/voz), o power trio revisita em seu repertório pérolas de Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil, Tim Maia, Jorge Ben, Milton Nascimento, Novos Baianos, Doces Bárbaros, Luiz Melodia, Alceu Valença, dentre outros.

Longe de cair na monotonia, a Lentes Tropicais resgata o lado mais tropicalmente rock n’roll e dançante, em uma reunião vibrante de canções que bebe, diretamente, da fonte da Música Popular Brasileira produzida na década de 1970, em releituras contemporâneas.

Durante a pandemia do Covid-19, a banda encontrou tempo para planejar bem suas próximas etapas, reforçar o entrosamento musical e desenvolver sua lavra de repertório autoral – alguns trechos já podem ser conferidos nas mídias sociais.

Gabriel Moresco, Léo Pedret e Eduardo Homrich (da esq. para dir.). Foto: Lenon de Paula

 

MÚSICA | ÁLBUNS E EPS

“Gravado em uma manhã no estúdio Caixa de Sons, em Santa Maria, ‘VIDA’ é a celebração do reencontro”. Assim Venancio da Luz descreve seu novo trabalho, apresentado dia 15, em suas redes sociais. A session é fruto da reunião entre Venancio, Bibiana Turchiello, Ricardo Borges, Martin Chisté  e Cassiano Rathke, em um final de semana de criação, ensaio e trocas.

A música de abertura do projeto é a faixa título do EP de estreia de Venancio, Chucro, lançado em julho.  De La Nuit e Sol Errado também integram VIDA. As canções foram divulgadas, semanalmente, nos perfis do artista no Instagram e YouTube. “De La Nuit mistura o groove da bateria com melodias impressionistas na flauta e violino. A última faixa, Sol Errado, é uma melodia bonita, lenta e pesada que se transforma até terminar em um funk leve e divertido”, conta o músico.

VIDA conta ainda com o trabalho audiovisual de Breno Surreaux, arte de Polin Moreira e fotografia de Fábio Trennepohl. Após a exibição das produções, a obra será disponibilizada em EP nas plataformas de streaming.

Capa de “VIDA”. Arte: Polin Moreira. Foto: Fábio Trennepohl

 

O Grupo Fio de Bigode  lançou o seu novo álbum, Tradição que se garante, no palco do Theatro Treze de Maio,no dia 16. Na ocasião, os artistas revisitaram a história musical dos festivais santamarienses e apresentaram ao público releituras de 12 canções que compuseram o disco de estreia da banda. O show fez parte do projeto Treze: O Palco da Cultura e foi realizado de forma híbrida.

Vanderson Rocha, Pablo Cardoso, Igor Tadielo e Eduardo Abramson (da esq. para dir). Foto: Divulgação

 

E para fechar o mês de lançamentos, Monte Blanco divulgará, no sábado (30/10), o álbum virtual Sonhos em Baixa Resolução. Num contexto de insegurança e instabilidade emocional, agravadas pela pandemia, a ideia desta coleção de 14 temas instrumentais é fornecer uma trilha serena contra a ansiedade contemporânea, como uma paisagem delicada que se deixa acessar ao fundo da normalidade frenética. O músico explica como surgiu a ideia de fazer o álbum. “No meio da pandemia me perguntei no que eu poderia auxiliar de algum modo as pessoas com o que sei fazer. Foi aí que percebi que através da música eu poderia ajudar alguém a relaxar, a dormir, etc. E foi assim que se deu a ideia do disco”, relata ele.

A obra foi toda produzida em casa pelo músico, que apresenta uma estética lo-fi ao longo das faixas e dessa premissa surgiu o nome do disco. “Sonhos em Baixa Resolução resume bem as duas ideias por trás do disco, uma de serem músicas para dormir e sonhar e a outra o aspecto lo-fi das gravações em si, que incorporam hiss, ruído de vinil, ruído de fundo e etc”, explica Monte Blanco.

O artista conta que a parte visual do álbum ficou a cargo de Carlos Donaduzzi. A referência são as animações em loop que, em geral, acompanham as playlists lo-fi no Youtube. “Montamos todo um cenário que remete ao conforto, estar em casa e prestes a dormir. Desse cenário fizemos a capa do álbum e diversos mini vídeos que vão acompanhar as músicas na divulgação. A modelo da capa é minha amiga Tainara, que eu sempre brinquei com ela que ela tinha um visual de “capa de disco”. Brinquei tantas vezes falando isso pra ela, mas não imaginava que ela seria capa justamente num disco meu”, finaliza ele.

Sonhos em Baixa Resolução foi realizado com recursos da Lei Aldir Blanc, através da Prefeitura Municipal de Santa Maria. A contrapartida do projeto é uma oficina de iniciação a produção musical que, logo, o músico espera divulgar.

Foto: Carlos Donaduzzi

 

MÚSICA | DIDA LARRUSCAIN NO THE VOICE BRASIL

Na noite dessa quinta-feira (28/10), a cantora Dida Larruscain, de Santa Maria, virou as quatro cadeiras do The Voice Brasil. Na decisão final, a artista optou por fazer parte do time Iza.

Dida levou o clássico Chovendo na Roseira, de Tom Jobim, para o palco do reality show da Rede Globo. A artista é graduada em Música pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e é professora de técnica vocal e canto. Confira a apresentação na íntegra aqui.

 

 

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