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33. DOR DE ALMA

Há dores que palavras curam
Há dores que só a arte remove
Há dores e feridas tão profundas
Que até morrer seria anestesia

Há dores que gritam silenciosamente dentro
Há dores que gemem constantemente
Há dores que tomam nossa mente

Há dores que aprisionamos
Há dores eloqüentes e devastadoras
Há dores que nos consomem e nos
Fazem esquecer que somos gente
Há dores que transformam
Amor em fera
Humano em bixo
Paz em guerra

Há alma
E ainda há quem acredite em comprimidos,
Se é tão complexa a alma,
Nada melhor que diálogo de almas

Há dores que só a arte cura
Que uma palavra basta
Uma atitude
Um gesto
Há cura!

Não há dores únicas
Todas são sós e coletivas
Não há nada mais “são” que dor de alma
E nada mais lúcido que dizer que está nas emoções
sua cura!

18/09/2007

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