Home / * PORTAL / * SINA AUTORAL / TADANY / No início, não haviam portas, por TADANY

No início, não haviam portas, por TADANY

Quando nascemos, o cenário da vida é amplo e imensurável.

Ele é, por essência, ilimitado, pois a não existência de conhecimentos prévios, transforma-se num caleidoscópio de infindas possibilidades, ou seja, ao nascer…

 

 

No início, não haviam portas

 

Quando nascemos, o cenário da vida é amplo e imensurável.

Ele é, por essência, ilimitado, pois a não existência de conhecimentos prévios, transforma-se num caleidoscópio de infindas possibilidades, ou seja, ao nascer, não existem portas a serem abertas ou fechadas, pois elas ainda não existem em nossas cognições.

No entanto, com o passar do tempo, o que antes era uma paisagem sem fronteiras, começa a ser estruturada por tradições culturais, dogmas religiosos, heranças sociais, modelos político-econômicos, arquétipos comportamentais, paradigmas sexuais, padrões emocionais, e tantas outras portas influenciam e definem a maneira como vivemos nossas vidas.

E, depois de apresentar toda a parafernália existente e embutir a mente inocente, curiosa e aberta das crianças e dos jovens, o sistema começa a parte mais nefasta de seu processo de padronização cerebral que é a criação de uma metodologia de julgamentos para cada uma das portas que eles fabularam, ou seja, se a porta estiver de acordo com o status quo, ela pode, ou melhor deve, ser aberta e adentrada, mas, por outro lado, se porta está no selo das proibidas ela deve ser evitada, deve ser ignorada e veementemente vilipendiada.

E, como resultado deste frequentemente restritivo modelo social, nascem os medos humanos, os receios coletivos, os complexos individuais e as confusões e distorções existenciais, os quais são tão intensos e sagazes que vão minguando o mundo de possibilidades pessoais desde o ilimitado inicial até um estreito, doloroso e, às vezes, perverso tubo de pouquíssimas opções de escolhas e de estilos de vida visto que esse mundinho é restrito por portas que são proibidas, são indecorosas e são infames.

Como consequência, portas que, para certas pessoas seriam a entrada para um novo mundo de criatividade, de aventuras, de originalidade, de amor, de expansão e de transformação jamais são abertas e, como consequência, a vida se torna um enfadonho anfiteatro de mágoas, de arrependimentos, de insatisfações e de rancores.

No entanto, no grande esquema da vida, é importante estar ciente de que as portas são invenções humanas, pois no cenário original elas não existiam.

Portanto, cabe a cada indivíduo o discernimento, a coragem e liberdade de reescrever a sua singular jornada desprovida de portas que não lhe servem, desnuda de portões que limitam o seu potencial e desatravancado de fachadas que confinam a plena manifestação dos sonhos, das emoções, dos sentimentos e da inteligência individuais. 

PS: Para citar este Pensamento: 

Cargnin dos Santos, Tadany. No Início, não haviam Portas.

 

Se você deseja receber estes pensamentos e poemas diretamente no seu WhatsApp, envie uma mensagem para +91 9503299259 (Índia), que te adicionarei à lista (não é grupo). 

 

Photo by runnyrem on Unsplash 

 

 

Please follow and like us:

Comente

comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.