INFINITA
Parte que é tarde!
No trabalho, no amor, há vitórias!
Resiste na atitude de ser Super-heroína
Desiste de cabeçalhos…
Luta por uma comunidade.
Cuidaremos dos filhos de todas
Seremos uníssonas e consoantes
Parceiras e pares.
Importante no ser social e crítico,
Ser MULHER, ser espelhada
Imagem reflexiva e infinita.
FANTASIA
Viajo na fantasia…
Vestida com alegorias.
Insólita e tristonha.
O Arlequim se foi…
Isolda na janela,
Vê as bandas passarem.
Tocam seus pés até a cabeça.
Desnudam em fantasias.
O artista pinta
Os sonhos são inimagináveis.
Amor que apareceu,
Perdeu sua Colombina.
LOUÇAS, LIVROS E TECIDOS
Quanto aguardar
O que se perde?
Esperança e encontros…
Água que leva
Tudo se esvai.
Fluir…
Resista!
Viva o espaço infinito.
CHUVA SUAVE EM PÉTALAS DE ROSA
Cai a chuva suave
São pétalas de rosas
O amor é rubro
As faces esgotadas
O sexo é animal
Entre as cobertas azuis
Divulgadores do frio
Aquecidos corpos nus
Duas pernas serão sorrisos
A ternura vale mais
Que a bosta de uma vaca?
Mas a vida é preenchida
Com as lembranças tortas.
O pote já cheio dos cigarros
A moça reconhecia o lugar…
Bebe a revelia, como revolta?
E agora? É agarrar ou largar?
Domar, polir, tremer…
E dançar a polca?
E o medo dos 57 andares.
Olha para cima e respira.
É pura a poluição de sentidos.
Na vertigem das árvores
De lindos cabelos compridos,
Os colos serão ninhos e desabrigos.
O sono nem vem, nem passa.
A saudade é mata do perigo.
Adentrada sentença do nada
Ganha a vida um novo sentido.
CALOR E SOL
Ventanas adentram em corpo desnudo
Praias cariocas entregadas ao sol
Mar azul entre as ondas brilhantes
Homens caminham olhando as pernas sitiantes
O mergulho no esporte com prancha e remo
Dedilha o horizonte da busca
Chegarei a calmaria do Porto e ensejo
Jamais viver sem o ser distante…
Amo a calmaria do olhar amante.
NEBLINA
Tem uma página em branco esperando por mim. Ela me condiciona ao vício de escrever. Porém os assuntos fogem das minhas tremulas mãos. Caem como folhas ao vento e inertes, entre as passagens dos caminhos por onde andei e percorri, uma floresta, uma cachoeira, um rio, uma pedra, um azul e uma partida. Quem me dera pudesse eu, apenas dizer sobre quem parte…Porém, nos lábios vermelhos e aguçados, só posso dizer de mim, e do que fui um dia, a mente que invente algo rompente e com o despropósito de sentimentos. Como se eu conseguisse, como se fosse fugir do vazio que drago na boca da noite, e adentrando a roxa, coxa, e negra dos cerrados sentimentos, cerro os olhos com uma tênue água que cabe no peito da solidão que neblina meu ser…
EQUILÍBRIO
Intensidade é o desejo
De força e esperança.
No encontro de nostalgia,
Na viagem já me alcanças!
Os córregos navegam para o mar.
E eu…
Despedidas entre as vindas e idas,
Vou agarrar suas mãos.
Entre meus braços, sorrisos.
Vou viver esse amor.
Entusiasta e leve.
Nade comigo até o horizonte sem fim!
Me alcanças do outro lado da margem desse mundo.
O amor sem limites.
Sem fronteiras.
Viva comigo.
Músicas
VIDA CARIOCA
O transeunte corre pela orla
Ipanema é suave na manhã de outono
A Lagoa apressa os olhares
O mar segue adentrando montanhas.
O Cristo Redentor apoia a vistoria
A manhã é serena de vida breve.
Banhar-se em cachoeiras na Floresta
Cora o berço esplendido de saudades.
Reza uma calmaria,
Os povos festejam o futuro.
Cheio de impostos, os cursos dos Rios,
Correm sem preocupar o amanhã
Vida Carioca
CANÇÃO PARA DOIS
Dormi fechando o cansaço
Arregalando as mangas
E decorando abraços
Esperei por tanto tempo à tua volta
E nem deixei mais o trinco na porta
Porém rodopias lá do alto
Acende um forte voo
Eu sinto o teu abraço
E agradeço tantas vidas que vivi
O movimento do meu corpo
Sempre ocupa o teu espaço
Você é alguém que escuta o meu cansaço
Lambo os beiços de prazer até o sol resplandecer
até o sol resplandecer
até o sol resplandecer
VIDA
Morte breve nos teus braços
em pé na calçada do Leblon
sem salto alto
o beijo trespassado em esperas esvai na imaginação do afeto
tonta que fui em abraçar-te
Mas cega fiquei
Refém da paixão
Mas cega fiquei
O amor solitário
Abrem-se em noite de árvore brilhante
Expresse e colore meu corpo de esperança
Vejo que já parte e nada além
Nada além
Do teatro infiel
Nem amante
Um beijo da noite quente suado no rosto
Quantas vezes terei mais que viver
Nem amante
nem amaaado
Nem instante
Um beijo da noite quente suado no rosto suave
Quando mais terei que viver
Um beijo da noite quente suado no rosto suave
Quando mais terei que viver
Esse amor
PODCAST
Diana Balis
é pseudônimo da poeta Gisele Sant’Ana Lemos
“Sou a gota de orvalho, o sinal aberto da esperança, o tempo perdido que voa alto, o caminho ao horizonte, o amor que abraça.” Gisele é psicóloga, compositora e responsável pela Balis Editora. Participa das Academias Alpas 21, (Cruz Alta, RS) ALAB (Búzios), ALAF (Fortaleza), APALA (RJ) é da APPERJ e Poetas Del Mundo. Atua na Cidade Carioca com produções culturais literárias e eventos lítero-musicais. Site: www.poesiarevista.com; dianabalis.blogtok.com