“Santa Maria tem todas as características para ser uma cidade do acontecer solidário, para ser uma cidade humana”
Quem já assistiu as reportagens do Marcelo Canellas no Fantástico, já sabe que elas tem um “tom” de crônicas. O que poucos sabem são as influências que originaram este olhar, entre elas do jornalista, professor e escritor Humberto Gabbi Zanatta que, segundo Marcelo, estimulou muito que ele fizesse televisão; do jornalista Nilson Vargas que logo percebeu a aptidão de “cronista” e o convidou para escrever.
Neste bate-papo de quase 30 minutos, Marcelo conta também sobre seu poema “Mestiço”, premiado quando ele tinha apenas 22 anos. Também sobre seus contos, crônicas, livros, reportagens, entre elas a série sobre a fome, que foi muito premiada. O jornalista conhecido por ter um olhar humanista, também fala sobre sua época de estudante da Universidade Federal de Santa Maria-UFSM e relação com a cidade.
“Hoje eu tenho uma vida andarilha, mas o lugar que me sinto em casa é Santa Maria”
Ele também conta sobre o documentário que está realizando com a TV OVO, luta pela preservação do patrimônio, criação do coletivo Memória ativa, assim como sua percepção sobre quem chega de fora e ofende a universidade pública.
Confira mais sobre no bate-papo realizado pela Mel Inquieta (Melina Guterres).
Breve biografia:
Marcelo Canellas é cronista e repórter da TV Globo. Especializou-se na cobertura de temas ligados aos direitos sociais e aos direitos humanos. Trabalha na TV Globo desde 1990. Em 1996, cobriu o massacre de trabalhadores sem-terra em Eldorado dos Carajás (PA). Também se destacou pela produção de matérias sobre a exploração sexual de menores no Acre e o trabalho infantil no Nordeste. O especial que realizou sobre a fome foi exibido no Jornal Nacional e tornou-se uma das séries mais premiadas do telejornalismo brasileiro. A equipe da TV Globo ganhou o Ayrton Senna de Jornalismo, o Barbosa Lima Sobrinho, o Imprensa Embratel e o Vladimir Herzog, além de Medalha ao Mérito da ONU. Ganhou três vezes o Prêmio Nuevo Periodismo. Em 2002, foi premiado pela série Geografia da Fome. Em 2005, reportagem sobre o Cerrado, exibida no Jornal Nacional, foi vencedora na categoria Telejornalismo. Três anos depois, a série Terra do Meio: Brasil invisível, exibida no Bom Dia Brasil, ganhou na categoria Sustentabilidade. Ganhou em 2011 o Grande Prêmio Sebrae de Jornalismo por sua matéria Microcrédito, exibida no programa Brasileiros da Rede Globo. Acumula mais de 40 prêmios no currículo. É integrante do Coletivo Memória Ativa. Foi jurado do Prêmio Rede Sina no SMVC em 2018.
Conheça também uma poesia de sua autoria premiada em 1988.