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Os Perigos do “Um Dia”, por Tadany

 

Um dia, quem sabe um dia. Ou melhor…não, um dia… sim, com certeza um dia. Frequentemente, assim passam-se os dias, enquanto as pessoas vivem com seus sonhos, seus desejos e suas ambições colocados sempre no futuro, sempre no…um dia.

 

 

Um dia, quem sabe um dia. Ou melhor…não, um dia…sim, com certeza um dia.

Frequentemente, assim passam-se os dias, enquanto as pessoas vivem com seus sonhos, seus desejos e suas ambições colocados sempre no futuro, sempre no…um dia.

Em outras palavras, um dia farei aquela viagem, um dia mudarei de trabalho, um dia reorientarei minha vida, uma dia aprenderei aquele assunto, um dia mudarei este relacionamento, um dia falarei o que penso, um dia defenderei meus direitos, um dia colocarei aquela ideia em prática, um dia serei mais amoroso e gentil, um dia começarei a fazer exercícios, e assim por diante num infindo, grandioso e ilusório oceano chamado “um dia”.

Entrementes, o que as pessoas se esquecem é que um dia a velhice chega, um dia o desânimo vence a vontade, um dia o corpo já não está tão vigoroso, um dia as outras pessoas mudam, um dia o sol não nasce, um dia os projetos já se esquecerem da gente, um dia os deveres já escravizaram os direitos, um dia aquele assunto já não é mais relevante, um dia os próprios sonhos já cansaram de esperar e, acima de tudo, um dia a morte chega para cumprir com seu natural ciclo.

Por isso é crucial assimilar que a vida somente existe aqui e agora, não é num dia, nem noutro dia, é neste exato momento, e por mais clichê que seja, ela só existe no momento presente, neste intransferível presente que é o agora, que é imediato como o respirar, que é atual como as batidas do coração, que é um exatíssimo presente momento tão preciso como as sinapses que conectam nossos pensares.

Assim sendo, levante do sofá, saia da cama, desligue a televisão, desconecte da mídia social, desengavete os desejos, desempacote as ideias, desenrede os projetos,  desembrulhe as viagens e, principalmente, liberte a vida da mesmice que está sufocando a primordial aventura do viver e, saia pela portão da frente, sorrindo, cantando, imaginando, materializando, tentando, reconstruindo, refazendo, reorientando e, principalmente, ascendendo.

Enquanto isto, lembre-se de arquivar hermeticamente nalgum lugar inacessível o “um dia”, pois assim ele não tentará roubar-lhe a magia do agora, deste presente que é o presente momento onde tudo é possível, onde as ações acontecem, onde os sonhos se materializam e, sobretudo, onde a vida inalienavelmente acontece. Aqui e agora, sem desculpas, sem medos e sem demora. Alegremente presente.

 

Como citar este Texto:

Cargnin dos Santos, Tadany. Os Perigos do “Um Dia”. www.tadany.org®

 

Sobre o autor…

TADANY CARGNIN DOS SANTOS

Executivo Internacional. Cidadão Global. Palestrante. Poeta. Escritor. Pensador. Counsellor. Espiritualizado. Alegre. Curioso. Dinâmico. Profundo. Agradecido. Aventureiro. Tadany é formado em Administração de Empresas pela UFSM. Já trabalhou em vários países ao redor do mundo e, atualmente, é Gerente de Globalização na IBM Índia. Ademais, por 3 anos, ele também estudou Advaita Vedanta num monastério nos Himalayas (Índia) com o Swamy Dayananda Sarasvati (www.dayananda.org). 

 

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