Arquivos violência contra mulher - Rede Sina https://redesina.com.br/tag/violencia-contra-mulher/ Comunicação fora do padrão Mon, 05 Sep 2022 00:15:39 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.4.4 https://redesina.com.br/wp-content/uploads/2016/02/cropped-LOGO-SINA-V4-01-32x32.jpg Arquivos violência contra mulher - Rede Sina https://redesina.com.br/tag/violencia-contra-mulher/ 32 32 Sina em Pauta: Campanha #Ehproblemameu (08/07 – Qui – 20h) https://redesina.com.br/sina-em-pauta-campanha-ehproblemameu-08-07-qui-20h/ https://redesina.com.br/sina-em-pauta-campanha-ehproblemameu-08-07-qui-20h/#respond Mon, 05 Jul 2021 05:04:31 +0000 https://redesina.com.br/?p=15267 Campanha lembra que o combate a violência contra mulher também é problema dos homens 08/07 – Quinta-feira – 20h Sina em Pauta: Campanha #Ehproblemameu Apresentação: Mel Inquieta (Melina Guterres) Convidados: Jacob Shar, Lia Levin, Edson Lopes, Gil Savransky, Jefferson Sabino Transmissão em: www.facebook.com/redesina www.facebook.com/melinquieta www.youtube.com/redesina e nesta publicação. Agende esta live:     Nesta quinta, …

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Campanha lembra que o combate a violência contra mulher também é problema dos homens

08/07 – Quinta-feira – 20h
Sina em Pauta: Campanha #Ehproblemameu
Apresentação: Mel Inquieta (Melina Guterres)
Convidados: Jacob Shar, Lia Levin, Edson Lopes, Gil Savransky, Jefferson Sabino
Transmissão em:
www.facebook.com/redesina
www.facebook.com/melinquieta
www.youtube.com/redesina
e nesta publicação.

Agende esta live:

 

 

Nesta quinta, dia 8, às 20h, a Mel Inquieta no programa Sina em Pauta, vai conversar com os realizadores da campanha #Ehproblemameu no Brasil. A original nasceu em Israel no ano passado após o triste episódio de um estupro coletivo a uma jovem. Dois homens israelenses, Yotam Constantini e Nadav Slor criaram a campanha “It´s My Probleman”, lembrando a responsabilidade dos homens na luta de combate a violência contra mulher.

No Brasil, após a repercussão do caso da Mariana Ferrer, vítima de estupro e humilhação em julgamento, Jacob Shar, israelese que vive no Brasil há 4 anos, resolveu criar uma versão brasileira da campanha. Com aprovação dos autores originais, Jacob iniciou a sua busca para produzir de forma voluntária. Contou com o apoio da produtora cultural Lia Levin que produziu e dirigiu a campanha e ainda teve colaboração da 02 Filmes. Todos envolvidos se preocupam com a causa e atuaram de forma voluntária. Jacob pretende levar a campanha para os times de futebol e escola.

Conheça os participantes desta live:

Jacob Shar
Israelense, engenheiro, fotógrafo, editor e idealizador da campanha #ehproblemameu no Brasil. Vive no país há 4 anos.

 

 

Lia Levin
Multiartista. Produtora cultural. Psicóloga, formada na USP. Produtora e diretora da campanha #ehproblemameu no Brasil.

 

 

Edson Lopes
Empresário e produtor Cultural. Produtor de diversos espetáculos teatrais, musicais e shows ao lado de grandes nomes do cenário artístico nacional como Nathália Timberg, Bibi Ferreira, Marília Pêra, Nicete Bruno, Paulo Goulart, Luiz Fernando Guimaraes, Gregório Duvivier, Selma Reis, Danilo Caymmi Arlindo Cruz e tantos outros. Além disso atua no mercado de eventos e produção corporativa, já tendo trabalhado para empresas como a Vale, a Neoenergia, NET e as Organizações Globo.

Gil Savransky
Israelense, há 6 anos em Brasil, Personal Mindset Treinar & Business Energy Consulting, Professor de Awakening Meditation

 

 

Jefferson Sabino
Atleta Olímpico de Salto Triplo. Representante dos atletas no Comitê Olímpico Brasileiro. Membro do Conselho de Ética da Confederação Brasileira de Atletismo. Atleta da seleção brasileira de bobsled “esporte de inverno”. Publicitário, Sócio empreendedor, um dos fundadores do Instituto Jefferson Sabino.

 

Confira os vídeos das campanhas:

A campanha no Brasil: #Ehproblemmeu

Jacob Shar, teve a ideia de trazer a campanha para o Brasil após a repercussão do caso da Mariana Ferrer, vítima de estupro e humilhação durante julgamento no Brasil.

A campanha em Israel: It’s My Problem #Its_my_problem #Itsmyproblem

Foi criada por homens após um terrível caso de estupro coletivo de uma adolescente em 2020.

1. What motivated you to carry out this campaign? O que o motivou a realizar esta campanha?

As a man who crossed the boundaries of women, I know how important is is to teach men of our responsibility. Many men cause harm without even understanding that they do so, and I believe that nobody wants to be the monster for women around him.

Como um homem que ultrapassou as fronteiras das mulheres, sei como é importante ensinar aos homens a nossa responsabilidade. Muitos homens causam danos sem nem mesmo entender que o fazem, e acredito que ninguém quer ser o monstro das mulheres ao seu redor.

2. What is the role of men in transforming this reality? Qual é o papel do homem na transformação dessa realidade? As men cause 99% of violence towards women, we have much power in transforming this reality. We need to understand that its not only “bad men” who cause the problem – the problem is based in toxic masculinity that treats women as less than men.

Como os homens causam 99% da violência contra as mulheres, temos muito poder para transformar essa realidade. Precisamos entender que não são apenas os “homens maus” que causam o problema – o problema é baseado na masculinidade tóxica que trata as mulheres como menos do que os homens.

3. What do you think about machismo and feminism in Israel? O que você pensa sobre machismo e feminismo em Israel?

Feminism in Israel has gone a long way, but we still have a lot of work a head of us. we need the government to take more action, and the population to demand a change

O feminismo em Israel percorreu um longo caminho, mas ainda temos muito trabalho pela frente. precisamos que o governo tome mais medidas e que a população exija uma mudança

4. What world would you like women to live in? Em que mundo você gostaria que as mulheres vivessem?

I wish a better world for all of us, and i know that reduces the violence will help us heal the world.

Desejo um mundo melhor para todos nós, e sei que reduzir a violência nos ajudará a curar o mundo.

Convite da produção da campanha no Brasil :

“#ehproblemameu
Campanha de combate à violência contra a mulher
Estamos te convidando para participar de uma importante campanha de combate à violência contra a mulher. O vídeo da campanha já foi produzido em diversos idiomas e se tornou viral em países como Israel, Romênia e Estados Unidos mudando para muitos homens sua visão de mundo em relação ao tratamento das mulheres. Queremos
transformar a mensagem em cada vez mais global, pois sabemos que este é um problema que vai além das fronteiras do Brasil.
A versão brasileira do vídeo foi realizada inteiramente por voluntários e apoiadores que dedicaram seu tempo para esta causa tão importante. A campanha é independente, ou seja, não está ligada a nenhuma organização ou partido.
O vídeo está disponível para visualização, download e repostagem no link abaixo:
https://drive.google.com/file/d/1YuCgTXl2CDbVcuSQQWLRsvLQ64m-VFWL/view?usp=drivesdk
Neste canal de Youtube oficial do movimento, você pode conferir todas as versões
realizadas até hoje e algumas matérias em vídeo:
https://www.youtube.com/channel/UCQX8-lkK6QhScOQmV9DM-qg
O objetivo da campanha é que o vídeo chegue ao máximo de pessoas possível! Para isso, pedimos que todos façam upload do vídeo nas suas mídias sociais (Instagram -IGTV, Facebook, Twitter…) e compartilhem no whatsapp o vídeo. Cada um pode escrever o que quiser na legenda, desde que inclua também a hashtag
#ehproblemameu. Entre as pessoas que postaram o vídeo até agora, podemos citar personalidades como
Edson Celulari, Marcos Veras, Carol Castro, Chico César e muitos outros jornalistas e celebridades. Basta buscar pela hashtag e conferir. Foram realizadas matérias pela Uol, Jornal O Globo e outros meios de imprensa na internet.
Estamos recorrendo a influenciadores de todos os meios e regiões do Brasil e também a pessoas não famosas para dar palco e destaque a essa mensagem tão importante. Quanto mais gente, melhor! Se você, assim como nós, acredita que é urgente acabar com a violência contra a mulher, divulgue este vídeo e nos ajude a engajar outras pessoas para que divulguem também. Quaisquer dúvidas e sugestões podem ser enviadas para o e-mail llproducaoartistica@gmail.com.Ficha técnica para Instagram: Produção e direção: @lia_levin e @jacobi.sha”

 

 

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Quando a violência também é institucional – por Melina Guterres https://redesina.com.br/quando-a-violencia-tambem-e-institucional-por-melina-guterres/ https://redesina.com.br/quando-a-violencia-tambem-e-institucional-por-melina-guterres/#respond Fri, 04 Dec 2020 22:35:51 +0000 https://redesina.com.br/?p=12341 A reportagem da Revista Piauí publicada nesta sexta-feira (4), e assinada por João Batista Jr.,  ouviu 43 pessoas e revela diversos casos de assédio. Entre eles, a intensa perseguição à atriz Dani Calabresa por parte ex-diretor do departamento de humor da Globo, Marcius Melhem, acusado de assédio moral, sexual e plágio pela atriz. A reportagem …

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A reportagem da Revista Piauí publicada nesta sexta-feira (4), e assinada por João Batista Jr.,  ouviu 43 pessoas e revela diversos casos de assédio. Entre eles, a intensa perseguição à atriz Dani Calabresa por parte ex-diretor do departamento de humor da Globo, Marcius Melhem, acusado de assédio moral, sexual e plágio pela atriz. A reportagem evidencia ainda uma infeliz tentativa de silenciamento institucional após o encaminhamento das vítimas ao setor de compliance.  Mas afinal o que é um departamento de compliance e para quê serve?

Segundo uma descrição, quase que desenhada do Wikipédia, encontra-se :

“No âmbito institucional e corporativo, compliance é o conjunto de disciplinas a fim de cumprir e se fazer cumprir as normas legais e regulamentares, as políticas e as diretrizes estabelecidas para o negócio e para as atividades da instituição ou empresa, bem como evitar, detectar e tratar quaisquer desvios ou inconformidades que possam ocorrer. O termo compliance tem origem no verbo em inglês to comply, que significa agir de acordo com uma regra, uma instrução interna, um comando ou um pedido. O Departamento ou Unidade de Compliance em uma instituição é o responsável por garantir o cumprimento de todas as leis, regras e regulamentos aplicáveis, tendo uma vasta gama de funções dentro da empresa (monitoramento de atividades, prevenção de conflitos de interesses, etc). Atuando como a política interna de uma empresa, é improvável que o Departamento de Compliance seja a unidade mais popular internamente. No entanto, é o departamento com importância na manutenção da integridade e reputação de uma empresa. Embora os custos com compliance tenham disparado nos últimos anos, os custos por não conformidade – mesmo que acidental — podem ser muito maiores para uma instituição. O não cumprimento de leis e regulamentos pode levar a pesadas multas monetárias, sanções legais e regulamentares, além da perda de reputação.”

Há poucos dias comemoramos o dia dos Relações Públicas, (minha primeira opção de curso, inclusive incompleto porque quando vi já estava realizando entrevistas e fui sugada pelo jornalismo).  No entanto, ler esta reportagem, que revela o machismo estrutural de diversas partes, me enoja enquanto profissional da comunicação, principalmente por ver vítimas de assédio se tornarem vítimas de um sistema que tentou abafar suas vozes.

Se o termo compliance, significa agir de acordo com uma regra, qual é a regra?

Pelos números da violência contra as mulheres, entre as já denunciadas e as tantas outras que seguem no anonimato, a “regra”, há centenas de anos, é a do silenciamento sobre a violência, seja ela doméstica ou no mercado do trabalho.

Há poucos dias fiz uma publicação no facebook sobre a atenção dada à morte do Maradona e da pouca atenção voltada à questão da violência contra mulher. O post causou polêmica, desconforto, dividiu opiniões.

E o porquê de eu ter comparado as questões? Evidente que ninguém escolhe o dia de morrer, no entanto, ele morreu no Dia Internacional de Combate à Violência Contra Mulher. Maradona, um dos deuses do futebol, também foi um homem violento com suas companheiras. Mas parece ser isso  tão normal, tão corriqueiro e “menos” do que todo o resto, e passou batido.

E “passar batido” é uma regra?

O caso da Dani Calabresa x Marcius Melhem e a tentativa de abafar o caso é muito mais comum do que parece em ambientes de trabalho. Se o assédio já passa por tanta tentativa de abafamento, imaginem quantas profissionais têm suas ideias plagiadas, minimizadas e silenciadas por uma estrutura que ainda agride e custa a valorizar o trabalho de uma mulher. Vale lembrar que em dezembro de 2019, Dani Calabresa apresentou à TV Globo um projeto de programa nos moldes do extinto “Furo MTV”. Contudo, no início do ano, a emissora lançou o programa “Fora de Hora” que seria um plágio do projeto de programa apresentado anteriormente pela humorista.

Recentemente vimos também no caso da Mariana Ferrer, vítima de estupro, um estarrecedor comportamento do advogado de defesa do acusado e a negligência do juiz em questão. Mariana teve somente a própria voz para se defender de tamanha violência. Isso só prova o quanto vivemos num sistema estruturalmente machista, que tende mais a culpabilizar  do que proteger as vítimas.

O livro “Abuso – A cultura do estupro no Brasil” da jornalista Ana Paula Araújo, traz diversas histórias de violência, entre elas a de uma vítima que sentia mais raiva das pessoas envolvidas no julgamento do que do próprio agressor. Mais uma prova de um sistema totalmente ineficiente no acolhimento às vítimas.

As empresas, instituições, gestores de compliance, precisam revisar seus atendimentos, perceber que seu comportamento, silenciamento também os tornam agressores. Quem não se cala, perfura estruturas e muda o mundo de quem continua a viver.

Minha solidariedade às vítimas, parabéns e obrigada pela coragem de não se calarem.

 

Leia a reportagem da Revista Piauí:

A queda do humorista Marcius Melhem

Dani Calabresa se manifesta no instagram após a publicação da reportagem:

Anos atrás, inspirada numa reportagem sobre assédio no mercado publicitário, escrevi e atuei nessa cena. Infelizmente, lembrei dela com este caso.

 

Referências:

https://piaui.folha.uol.com.br/materia/o-que-mais-voce-quer-filha-para-calar-boca/

https://g1.globo.com/economia/concursos-e-emprego/noticia/2020/10/08/quase-metade-das-mulheres-ja-sofreu-assedio-sexual-no-trabalho-15percent-delas-pediram-demissao-diz-pesquisa.ghtml

Cartilha “Assédio Moral e Sexual” do Senado Federal – Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça, disponível no sítio https://www12.senado.leg.br/, link https://www12.senado.leg.br/institucional/procuradoria/proc-publicacoes/cartilha-assedio-moral-e-sexual

O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) também disponibiliza material on line, por meio da cartilha “Assédio Moral e Sexual. Previna-se”, que pode ser acessada no sítio http://www.mpf.mp.br, no link http://www.mpf.mp.br/sc/arquivos/cartilha-assedio.

https://www.otvfoco.com.br/dani-calabresa-faz-tripla-denuncia-contra-grande-nome-da-globo/

http://www.uems.br/midiaciencia/plagio/

 

MELINA GUTERRES (MEL INQUIETA)

Jornalista, fundadora da Rede Sina, plataforma de conteúdo com foco em cultura, inovação e política social. É repórter free lancer da Revista Istoé, tendo trabalhado já para Folha de São Paulo, Estadão, Uol. Diretora e roteiristas dos curtas Sempre às Quartas, Case, uma reabilitação é possível, Resquícios, entre outros. Autora dos roteiros Clandestinos – Brasil sombrio (argumento de longa-metragem contemplado no programa Ibermedia), série Despertos.  Criadora, administradora das fan pages As mulheres que dizem Não (desde 2015), Luta Pela Democracia (desde 2016), Salve Índios (2012). Poeta e atriz (amadora).

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INFORME-SE SOBRE A VIOLÊNCIA CONTRA MULHER https://redesina.com.br/informe-se-sobre-a-violencia-contra-mulher/ https://redesina.com.br/informe-se-sobre-a-violencia-contra-mulher/#respond Wed, 25 Nov 2020 14:38:33 +0000 https://redesina.com.br/?p=12252 25 DE NOVEMBRO – Dia Internacional de Luta Contra a Violência à Mulher No dia 25 de novembro comemora-se o Dia Internacional de Luta Contra a Violência à Mulher. A data foi escolhida para homenagear as irmãs Mirabal (Pátria, Minerva e Maria Teresa), dominicanas que ficaram conhecidas como Las Mariposas e se opuseram à ditadura de Rafael …

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25 DE NOVEMBRO – Dia Internacional de Luta Contra a Violência à Mulher

No dia 25 de novembro comemora-se o Dia Internacional de Luta Contra a Violência à Mulher. A data foi escolhida para homenagear as irmãs Mirabal (Pátria, Minerva e Maria Teresa), dominicanas que ficaram conhecidas como Las Mariposas e se opuseram à ditadura de Rafael Leónidas Trujillo sendo assassinadas em 25 de novembro de 1960.

No Primeiro Encontro Feminista Latino-Americano e Caribenho de 1981, realizado em Bogotá, Colômbia, a data do assassinato das irmãs foi proposta pelas feministas para ser o dia Latino-Americano e Caribenho de luta contra a violência à mulher. Em 17 de dezembro de 1999, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou que 25 de novembro é o Dia Internacional da Eliminação da Violência contra a Mulher, em homenagem ao sacrifício de Las Mariposas.

Nos dias de hoje a data vem sendo promovida pela ONU e pela Secretaria Nacional dos Direitos Humanos e Ministério do Desenvolvimento e Combate à Fome, sendo fonte de divulgação, inclusive, para o disque 180, que atende casos de denúncias de violência contra a mulher. Iniciada em 25 de novembro de 1991, sob a coordenação do Centro de Liderança Global da Mulher, a Campanha Mundial pelos Direitos Humanos das Mulheres propôs os 16 Dias de Ativismo contra a Violência contra as Mulheres.

Este período que vai de 25 de novembro até 10 de dezembro, quando se comemora o aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, também contempla outras datas significativas como o 1º de dezembro (Dia Mundial de Combate à Aids), 6 de dezembro (Massacre de Mulheres de Montreal) e 10 de dezembro (Dia Internacional dos Direitos Humanos).

FEMINÍCIDIO

O Brasil teve um aumento de 7,3% no número de casos de feminicídio em 2019 em comparação com 2018. Foram 1.314 mulheres mortas pelo fato de serem mulheres –média de uma a cada 7 horas, segundo levantamento feito pelo G1 com base nos dados oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal. Os estados com a maior taxa de feminicídios são Acre e Alagoas: 2,5 a cada 100 mil.

Por dia, três mulheres são assassinadas, vítimas do feminicídio, no Brasil. A cada dois segundos, uma mulher é agredida no país. Quase 80% dos casos, os agressores são o atual ou o ex-companheiro, que não se conformam com o fim do relacionamento.

O feminicídio é o homicídio praticado contra a mulher em decorrência do fato de ela ser mulher ou em decorrência de violência doméstica. Quando o assassinato de uma mulher é decorrente, por exemplo, de latrocínio (roubo seguido de morte) ou de uma briga entre desconhecidos ou é praticado por outra mulher, não há a configuração de feminicídio.

NA PANDEMIA

Desde que a pandemia de coronavírus começou, 497 mulheres perderam suas vidas. Foi um feminicídio a cada nove horas entre março e agosto, com uma média de três mortes por dia. São Paulo, com 79 casos, Minas Gerais, com 64, e Bahia, com 49, foram os estados que registraram maior número absoluto de casos no período. No total, os estados que fazem parte do levantamento registraram redução de 6% no número de casos em comparação com o mesmo período do ano passado.

Os dados são do segundo monitoramento Um Vírus e Duas Guerras, feito por parceria entre sete veículos de jornalismo independente, que visa monitorar a evolução da violência contra a mulher durante a pandemia. A atualização revelou que entre maio e agosto foram mais 304 casos de feminicídio, 11% a menos do que o mesmo período de 2019. O primeiro levantamento da série, divulgado em junho, mostrou que nos meses de março e abril, quando iniciou o confinamento da população por causa do vírus, 195 mulheres foram mortas em 20 estados.

TIPOS DE VIOLÊNCIA CONTRA MULHER

Entre tantas outras, compõem o panorama cultural de uma sociedade patriarcal que legitima, banaliza, promove e silencia diante da violência contra a mulher.
Mudar essa mentalidade e combater os estereótipos de gênero é uma maneira de enfrentar e não tolerar mais esse tipo de agressão.
Conhecia também uma violência praticada de forma quase invisível, que é o preconceito contra as mulheres, desrespeito que abre caminho para atos mais severos e graves contra nós. Apesar de nossas conquistas, mesmo não tendo as melhores oportunidades, ainda costumam dizer que somos inferiores, e isso continua a transparecer em comentários públicos, piadas, letras de músicas, filmes ou peças de publicidade. Dizem que somos más motoristas, que gostamos de ser agredidas, que devemos nos restringir à cozinha, à cama ou às sombras.

Referências:
https://www.ufrgs.br/telessauders/noticias/dia-internacional-de-luta-contra-violencia-mulher-25-de-novembro/
https://catracalivre.com.br/cidadania/brasil-registra-um-caso-de-feminicidio-a-cada-7-horas/

https://www.brasildefato.com.br/2020/10/10/uma-mulher-e-morta-a-cada-nove-horas-durante-a-pandemia-no-brasil

https://www.institutomariadapenha.org.br/lei-11340/tipos-de-violencia.html
https://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2019/11/plataforma-eva-mulheres-violencia/

Maria da Penha
Trecho do livro Sobrevivi… posso contar (1994)

BRASIL. Lei n. 11.340, de 7 de agosto de 2006. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm. Acesso em: 27 jul. 2018.
PENHA, Maria da. Sobrevivi… posso contar. 2. ed. Fortaleza: Armazém da Cultura, 2012.

 

LIGUE: 180

A Central de Atendimento à Mulher é um serviço criado para o combate à violência contra a mulher e oferece três tipos de atendimento: registros de denúncias, orientações para vítimas de violência e informações sobre leis e campanhas.
Não se cale, denuncie.

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#SANTAMARIA: JUSTIÇA PARA ISADORA https://redesina.com.br/justica-para-isadora/ https://redesina.com.br/justica-para-isadora/#respond Sun, 12 Aug 2018 00:18:25 +0000 http://redesina.com.br/?p=4648 Na tarde deste sábado, 11 de agosto em Santa Maria, RS, um ato de protesto pede justiça por Isadora Viana Costa, modelo de 22 anos, vítima de feminicídio. Isadora foi assassinada em Santa Catarina, no dia 08 de maio último, pelo então namorado Paulo Odilon Xisto Filho, denunciado pelo Ministério Público daquele estado e preso …

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Na tarde deste sábado, 11 de agosto em Santa Maria, RS, um ato de protesto pede justiça por Isadora Viana Costa, modelo de 22 anos, vítima de feminicídio. Isadora foi assassinada em Santa Catarina, no dia 08 de maio último, pelo então namorado Paulo Odilon Xisto Filho, denunciado pelo Ministério Público daquele estado e preso preventivamente em julho.

O ato, organizado pelo pai da modelo, Rogério Froner Costa, e por familiares e amigos, reuniu mais de 150 pessoas na Praça dos Bombeiros em atividades que incluíram apresentações de dança, teatro, música, além de manifestações públicas.

“O Feminicídio é uma ferida aberta em nossa sociedade. E, infelizmente, não para de sangrar nunca.  Cada perda é uma dor imensa.
Gritamos nenhuma a menos, mas continuamos sendo ceifadas. Precisamos de ações fortes, educativas e, principalmente, precisamos estar juntas em nossa defesa e contra a impunidade. Isadora não é a primeira e nem será a última a perder a vida apenas por ser mulher. A justiça para ela é a justiça para todas nós” (texto do evento e fan page criados para Isadora)

REDES SOCIAIS:

https://www.facebook.com/justicaparaisadora/

Eventos no face:

https://www.facebook.com/events/1893842507580949/

https://www.facebook.com/events/874399019427579/

 

 

Confira as lives da cobertura do ato:

Apresentação artística / Performance Familiares, amigos, entidades e moradores de Santa Maria-RS se reuniram para pedir justiça e homenagear Isadora, uma jovem vítima de feminícidio. Fan page: https://www.facebook.com/justicaparaisadora/Eventos:https://www.facebook.com/events/874399019427579/https://www.facebook.com/events/1893842507580949/#SomosTodosIsa

Posted by As mulheres que dizem NÃO on Saturday, August 11, 2018

Familiares, amigos, entidades e moradores de Santa Maria-RS se reuniram para pedir justiça e homenagear Isadora, uma jovem vítima de feminícidio. Fan page: https://www.facebook.com/justicaparaisadora/Eventos:https://www.facebook.com/events/874399019427579/https://www.facebook.com/events/1893842507580949/#SomosTodosIsa

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Familiares, amigos, entidades e moradores de Santa Maria-RS se reuniram para pedir justiça e homenagear Isadora, uma jovem vítima de feminícidio. Fan page: https://www.facebook.com/justicaparaisadora/Eventos:https://www.facebook.com/events/874399019427579/https://www.facebook.com/events/1893842507580949/#SomosTodosIsa

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Familiares, amigos, entidades e moradores de Santa Maria-RS se reuniram para pedir justiça e homenagear Isadora, uma jovem vítima de feminícidio. Fan page: https://www.facebook.com/justicaparaisadora/Eventos:https://www.facebook.com/events/874399019427579/https://www.facebook.com/events/1893842507580949/#SomosTodosIsa

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Familiares, amigos, entidades e moradores de Santa Maria-RS se reuniram para pedir justiça e homenagear Isadora, uma jovem vítima de feminícidio. Fan page: https://www.facebook.com/justicaparaisadoraEventos:https://www.facebook.com/events/874399019427579/https://www.facebook.com/events/1893842507580949/#SomosTodosIsa

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Apresentação artística / dançaFamiliares, amigos, entidades e moradores de Santa Maria-RS se reuniram para pedir justiça e homenagear Isadora, uma jovem vítima de feminícidio. Fan page: https://www.facebook.com/justicaparaisadora/Eventos:https://www.facebook.com/events/874399019427579/https://www.facebook.com/events/1893842507580949/#SomosTodosIsa

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Apresentação Artística / músicaFamiliares, amigos, entidades e moradores de Santa Maria-RS se reuniram para pedir justiça e homenagear Isadora, uma jovem vítima de feminícidio. Fan page: https://www.facebook.com/justicaparaisadora/Eventos:https://www.facebook.com/events/874399019427579/https://www.facebook.com/events/1893842507580949/#SomosTodosIsa

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Irmã LourdesFamiliares, amigos, entidades e moradores de Santa Maria-RS se reuniram para pedir justiça e homenagear Isadora, uma jovem vítima de feminícidio. Fan page: https://www.facebook.com/justicaparaisadora/Eventos:https://www.facebook.com/events/874399019427579/https://www.facebook.com/events/1893842507580949/#SomosTodosIsa

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Apresentação artística / músicaFamiliares, amigos, entidades e moradores de Santa Maria-RS se reuniram para pedir justiça e homenagear Isadora, uma jovem vítima de feminícidio. Fan page: https://www.facebook.com/justicaparaisadora/Eventos:https://www.facebook.com/events/874399019427579/https://www.facebook.com/events/1893842507580949/#SomosTodosIsa

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Chamada para o ato feita pelo pai de Isadora e divulgada nas redes sociais:

 

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Dolorido relato de uma mãe agredida junto com a filha no carnaval de Salvador https://redesina.com.br/dolorido-relato-de-uma-mae-agredida-junto-com-a-filha-no-carnaval-de-salvador/ https://redesina.com.br/dolorido-relato-de-uma-mae-agredida-junto-com-a-filha-no-carnaval-de-salvador/#respond Wed, 14 Feb 2018 19:10:54 +0000 http://redesina.com.br/?p=3754 Por uma mulher que prefere não se identificar em Salvador-BA Nunca vi bloco mais odiado do que os Muquiranas. Odiado por LGBT e até por homens conscientes. Mas, principalmente, por nós, mulheres, que sofremos com os machismo deles todos os dias. Inclusive quando eles não estão fantasiados e não os conseguimos identificar. Eles são asquerosos. …

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Por uma mulher que prefere não se identificar em Salvador-BA

Nunca vi bloco mais odiado do que os Muquiranas. Odiado por LGBT e até por homens conscientes. Mas, principalmente, por nós, mulheres, que sofremos com os machismo deles todos os dias. Inclusive quando eles não estão fantasiados e não os conseguimos identificar.

Eles são asquerosos. Se vestem de mulher para assediar, agredir e ofender mulheres.

Segunda 12/02, aniversário de minha filha, que completou 20 anos. Nós fizemos um almoço e descemos para ver o Attooxxa na praça Castro Alves. Eu não sou de pular carnaval (podemos falar depois sobre isso), mas politicamente eu vejo muitas incoerências. Inclusive minha.

Quando quis ver o Attoxxa, eu queria ver , conhecer esse fenômeno de quem tanto falam. E eles são lindos. É uma resistência, uma força e super queridos.

Saímos às 17:oo e tivemos medo de passar pelo meio da pipoca de canário que estava atrasada. Mas, apesar de muito cheia, as pessoas apenas brincavam. Pulavam muito e cantavam as músicas que eu não gosto. Não gosto de muitas coisas naquela relação, mas admiro a beleza nos olhos de quem se sente, naquela canção, representado. Sem agressão física, sem assédio. Tudo certo.

Passamos Canário e fomos livre até a casa de Itália. Encontramos alguns malditos muquiranas no caminho,  que tinham o prazer em jogar água na nossa cara. Eu não entendo esse prazer em ver pessoas irritadas ou chateadas. Eles sabem que atirar água no olho com aquela arma dói muito, mas o fazem com prazer. Não entendo porque a segurança não impede que eles andem com aquilo na mão.

Fugimos até o final da Carlos Gomes, mas uma vez lá, encontramos o bloco inteiro vindo. Eles saíram às 13:00 do Campo Grande (segundo um amigo). Não fazíamos ideia de que o bloco poderia, ainda, estar passando às 18:00.

Assim mesmo, não é culpa nossa de o agressor estar na rua. Não é culpa nossa, nem da roupa que usamos, nem da nossa atitude. As pessoas precisam parar de culpar a vítima pelos assédios e agressões.

No fim da Carlos Gomes já estávamos as seis amigas, chateadas e cansadas de tanto pedir, implorar, mandar eles pararem de jogar água isoladamente.

Então, juntos, mais de 40 começaram a bater. Dar tapas muito fortes. Na bunda, no rosto, no peito, na genital. Tenho muita vergonha de falar sobre isso. Foi uma violência muito grande passar por isso. Só consigo chorar.

Nem dava para ver quem fazia. Eles batiam e corriam. Sempre vinham por detrás. Tentávamos sair dali mas estávamos cercadas por todos os lados. A prima de minha filha, de 16 anos, estava conosco e, na tentativa de defendê-la, fui agredida brutalmente por esses lixos que se dizem homens.  Mais de 20 homens que se juntaram para agredir física e moralmente seis mulheres que não aceitaram que pegassem em nossas partes íntimas.

Um deles ia bater em minha filha pelas costas, porque ela jogou o brinquedo dele no chão. Ele levantou a mão com tanta força para bater nela, quando ela virou de costas, que eu nem sei o que poderia acontecer. Eu o segurei. Ele e outros me bateram na barriga, nas costas. Ainda dói. Física e moralmente.

Eles batiam e diziam: “não sabe brincar, não desce pro play”.

Xingavam a gente. Um deles cuspiu no meu rosto, dizendo que ia tirar o meu batom, mas que eu estava muito feia. Passaram a mão entre as minhas pernas. E eu não estava parada. Gritava. Pedia socorro. Os outros, em volta, riam.

Eles separaram a gente. Minha filha e outra amiga do resto do grupo.

Quando as encontrei, minha filha estava com o braço roxo e sem poder mexer a mão. Ela luxou a mão lutando contra machistas que covardemente nos agrediam cantando a canção “mulheres no comando, mulheres no poder”.

O que ganhamos foi um discurso moral da sociedade dizendo que não deveríamos ter reagido.  Na minha opinião isso é apologia ao estupro. Não temos que aceitar isso.

Ensinem aos seus filhos desde pequenos para que não brinquem com quem não quer brincar, não beijem quem não quer ser beijado.

Conseguimos chegar na praça. Eu não me mexi. Vi o show parada. Chorando.

Mais tarde, os muquilixos só não mexeram conosco de novo porque estávamos com quatro homens que encontramos lá na praça. Esses lixos só “respeitam” a gente quando há homens por perto. Por que eles só respeitam homens? Medo? Não sei.

Mas assim como eles se unem para fazer o mal,  nós precisamos nos unir também. Deter esse o machismo que nos oprime e nos cega.

 

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Ligue 180
A Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência – Ligue 180 é um serviço de utilidade pública gratuito e confidencial (preserva o anonimato), oferecido pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, do Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, desde 2005.
O Ligue 180 funciona 24 horas, todos os dias da semana, inclusive finais de semana e feriados, e pode ser acionada de qualquer lugar do Brasil e de mais 16 países (Argentina, Bélgica, Espanha, EUA (São Francisco), França, Guiana Francesa, Holanda, Inglaterra, Itália, Luxemburgo, Noruega, Paraguai, Portugal, Suíça, Uruguai e Venezuela). Desde março de 2014, o Ligue 180 atua como disque-denúncia, com capacidade de envio de denúncias para a segurança pública com cópia para o Ministério Público de cada estado. O Ligue 180 é a porta principal de acesso aos serviços que integram a Rede nacional de enfrentamento à violência contra a mulher, sob amparo da Lei Maria da Penha.

 

 

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