Arquivos poesia - Rede Sina https://redesina.com.br/tag/poesia/ Comunicação fora do padrão Thu, 15 Feb 2024 15:48:04 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.4.4 https://redesina.com.br/wp-content/uploads/2016/02/cropped-LOGO-SINA-V4-01-32x32.jpg Arquivos poesia - Rede Sina https://redesina.com.br/tag/poesia/ 32 32 Uma Eterna Despedida https://redesina.com.br/uma-eterna-despedida/ https://redesina.com.br/uma-eterna-despedida/#respond Thu, 29 Feb 2024 12:09:41 +0000 https://redesina.com.br/?p=120870 A vida, apesar de tantos fascinantes encontros É, também, uma eterna despedida   Quando nascemos, nos despedimos do útero materno Quando estamos alegres, nos despedimos da tristeza Quando crescemos, nos despedimos da infância Quando estamos gratos, nos despedimos do egoísmo Quando estamos maduros, nos despedimos dos pais Quando nos aceitamos, nos despedimos da raiva Quando …

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A vida, apesar de tantos fascinantes encontros

É, também, uma eterna despedida

 

Quando nascemos, nos despedimos do útero materno

Quando estamos alegres, nos despedimos da tristeza

Quando crescemos, nos despedimos da infância

Quando estamos gratos, nos despedimos do egoísmo

Quando estamos maduros, nos despedimos dos pais

Quando nos aceitamos, nos despedimos da raiva

Quando nos formamos, nos despedimos da Universidade

Quando oramos, nos despedimos do vazio existencial

Quando nos casamos, nos despedimos da solteirice

Quando aprendemos, nos despedimos da ignorância

Quando procriamos, nos despedimos da pressão social

Quando mudamos, nos despedimos do passado

Quando nos aposentamos, nos despedimos do trabalho

Quando nos encorajamos, nos despedimos de medos

 

Assim, no transcurso da vida, naturalmente nos despedimos…

 

Nos despedimos de coisas

Nos despedimos de invejas descabidas

Nos despedimos de ideais

Nos despedimos de ganâncias malparidas

Nos despedimos de desejos

Nos despedimos de arrogâncias indevidas

Nos despedimos de pessoas

Nos despedimos de insignificâncias desmedidas

 

E no último segundo, como um último suspiro, nos despedimos da própria vida.

 

PS: Para citar esta Poética Despedida:

Cargnin dos Santos, Tadany. Uma eterna despedida.

 

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Alegorias de gente https://redesina.com.br/alegorias-de-gente-2/ https://redesina.com.br/alegorias-de-gente-2/#respond Thu, 15 Feb 2024 15:16:45 +0000 https://redesina.com.br/?p=120863 Todos na mesma onda, humanos sobreviventes Um dia ela acordou pensando em liberdade…       Todos na mesma onda, humanos sobreviventes Um dia ela acordou pensando em liberdade Alguns na miséria, outros descendentes Mas ela notou que ao seu redor havia muita maldade Muitos lúcidos, vários dementes Mas que tudo era questão de personalidade …

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Todos na mesma onda, humanos sobreviventes

Um dia ela acordou pensando em liberdade…

 

 

 

Todos na mesma onda, humanos sobreviventes

Um dia ela acordou pensando em liberdade

Alguns na miséria, outros descendentes

Mas ela notou que ao seu redor havia muita maldade

Muitos lúcidos, vários dementes

Mas que tudo era questão de personalidade

Uns elevando-se, outros decadentes

Pois em essência existe a divindade

Alguns fervorosos, outros descrentes

Mesmo assim, havia também leviandade

Muitos tranquilos, vários impacientes

E o que ela mais queria era a serenidade

Uns foscos, outros fulgentes

Pois somente em pensar, sentia-se uma beldade

Alguns energia, outros entorpecentes

Que podiam ser vistas com doces olhos de sobriedade

Muitos transitórios, poucos permanentes

E ela queria ser sempre assim, desejos de longevidade

Uns modestos, vários prepotentes

Uma harmonia na luta entre crueldade e bondade

Alguns descaminhos, outros oriente

Visto que entendia o valor da fraternidade

Uns melifluentes, vários estridentes

Pois era detentora de uma intensa sensibilidade

Muitos compotas, poucos vertentes

Uma abundância essencial manifesta em sua totalidade

Ahh esse exuberante calidoscópio terrenal, alegorias de gente

De amor com o todo, brindando a vida com sua irrestrita lealdade.

 

PS: Para citar este Poema:

Cargnin dos Santos, Tadany. Alegorias de gente.

 

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14ª Sina Poética anuncia Prêmio de Poesia em Santa Maria-RS https://redesina.com.br/14a-sina-poetica-anuncia-premio-de-poesia-em-santa-maria-rs/ https://redesina.com.br/14a-sina-poetica-anuncia-premio-de-poesia-em-santa-maria-rs/#respond Wed, 07 Feb 2024 14:47:48 +0000 https://redesina.com.br/?p=120828 No cenário cultural de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, a Sina Poética desponta mais uma vez como uma expressão vibrante da arte literária. Além de celebrar Iemanjá, a 14ª edição do sarau, que ocorreu na sexta-feira, 2 de fevereiro, também foi marcada pelo anúncio do 1º Prêmio de Poesia, no qual autores e …

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No cenário cultural de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, a Sina Poética desponta mais uma vez como uma expressão vibrante da arte literária. Além de celebrar Iemanjá, a 14ª edição do sarau, que ocorreu na sexta-feira, 2 de fevereiro, também foi marcada pelo anúncio do 1º Prêmio de Poesia, no qual autores e autoras nascidos ou residentes do município poderão se inscrever. A iniciativa faz parte dos projetos contemplados na Lei Paulo Gustavo.

A expectativa é que a premiação contribua para o enriquecimento cultural da cidade, incentivando a produção literária e promovendo a valorização da expressão artística. Os detalhes sobre as inscrições, critérios e premiações serão divulgados no mês de março.

Odoyá Senhora das Águas. Com este tema, a Sina Poética promoveu mais um evento para celebrar a poesia e Iemanjá, no Boteco da Maré. A primeira parte da noite contou com microfone aberto para manifestações literárias e artísticas. Na sequência, teve show com Eveliny, em ritmo de pré-Carnaval.

O sarau Sina Poética, idealizado pela Rede Sina, tornou-se uma tradição cultural na região, oferecendo um espaço acolhedor para a celebração da poesia em suas diversas formas.

A fundadora da Rede Sina, Melina Guterres que também atua como jornalista, editora e escritora, também é autora de uma das poesias que foi apresentada durante o sarau e está publicada no livro Engasgos. 

Confira como foi a 14ª Sina Poética:

 
 
 
 
 
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Show com Eveliny: 

 
 
 
 
 
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Mais informações:

Sarau Sina Poética
www.redesina.com.br/sinapoetica

História: Drive Sina Poética

Playlist no YouTube


Mostra de arte e poema a Iemanjá
www.redesina.com.br/mostraandodar

Mais sobre Melina
www.redesina.com.br/melinaguterres

Engasgos
https://redesina.com.br/?s=engasgos

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10 POEMAS de Ivana Silveira Brasil https://redesina.com.br/10-poemas-de-ivana-silveira-brasil/ https://redesina.com.br/10-poemas-de-ivana-silveira-brasil/#respond Sat, 27 Jan 2024 04:24:24 +0000 https://redesina.com.br/?p=120731   Paixões de Outono As borboletas chegam Coloridas como o arco-íris Carregando em suas patas Cheiros leves de amor E com todo o seu calor Me fazendo suspirar Lembrando de como o seu ritmo Faz meu coração dançar.   Cadeado Enfrentando uma fechadura Com 7 chaves Sendo 1 A verdadeira Escondida entre outras 6 Afinal …

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Paixões de Outono

As borboletas chegam

Coloridas como o arco-íris

Carregando em suas patas

Cheiros leves de amor

E com todo o seu calor

Me fazendo suspirar

Lembrando de como o seu ritmo

Faz meu coração dançar.

 

Cadeado

Enfrentando uma fechadura

Com 7 chaves

Sendo 1

A verdadeira

Escondida entre outras 6

Afinal

Não é sendo igual  as outras

Que rainhas ganham os reis.

 

Ampulheta

O tempo está correndo

Então não fique para trás

Porque pode ser só

Um momento agora

Mas daqui um tempo

Suas lembranças valerão

Um preço jamais visto antes.

 

Bala Perdida

Minha arma é feita de poesia

A munição se faz

Das letras

Que me descrevem

Do choro.machucados

Que me carregam

Carregando as balas

Posso dizer

Que o sangue

Não é para

E sim por

Vôce.

 

Aparências

Nada me abala

só a mala

que minha mente

Pediu para eu trazer

cheia de entulhos.barulhos.furos

E toda estraçalhada

olho em volta e vejo

todas aquelas bagagens

Belas como uma esmeralda

escrito em sua capa

o nome coração

Mas então, no raio-x

vejo que todas elas

estavam por um triz.

 

 

Beleza Feita de Precauções

Cuidados refletidos no espelho

pensando que talvez um beijo

resolveria tudo

Mas não vai

milhões de municípios

são a favor da guerra

Porém a condição nos espera

apenas para caçoar

e falar

que nossos traços do reflexo

Nunca vão agradar.

 

Liberdade

Quando a luz de viver em paz

é proporcionada a nós

se torna algo lindo

porém em alguns casos

paz demais é chato

para quem admira o barulho

e liberdade demais

vira perigo

para os que amam se arriscar

tudo demais pode ser observado

de várias maneiras alternativas

e qualquer coisa transparente

não precisa ser 100% verdadeira.

 

Manobras

Emoções são feitas

de memórias e sensações

Lembra daquela série que tu ama?

ela estabelece conexões

assitindo ela todos os dias

E quando acabar

um vazio vai ficar

mas não deixe o final de uma conexão

te machucar

Pois existem outros programas

que podem te conectar

sem pesar.

 

A Arte de Amar

Existem várias perguntas

sobre o amor

Uma delas é

se esse sentimento vira dor

ou como ele acaba

Virando nada

Para mim

a paixão se torna vazio

eterninade, saudade

Ou qualquer sentimento inexplicável

que não seja amor.

 

CAPITALISMO

Um chá sendo servido

para um rato

em uma xícara de porcelanato

Enquanto o gato

junta a água da chuva

em suas patas

Sendo a diferença

de uma letra apenas

o rato é manso

Mas transmite veneno

o gato é arisco

porém maltratando-o

Ele vira escravo do medo

e tu constrói

um sistema igual

Entre ti e o animal.

 

Ivana Silveira Brasil

Tem 14 anos, é estudante do 9º ano da escola Padre Ângelo Bartelle em Rosário do Sul-RS

 

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Andarilho descaminhado. Caminho Encontrado. https://redesina.com.br/andarilho-descaminhado-caminho-encontrado/ https://redesina.com.br/andarilho-descaminhado-caminho-encontrado/#respond Fri, 29 Dec 2023 12:09:27 +0000 https://redesina.com.br/?p=120375 Primeiro, pensei que ter dinheiro seria o paraíso. Mas não tardei em entender que ele apenas me aprisionava em desnecessários cuidados.     Primeiro, pensei que ter dinheiro seria o paraíso. Mas não tardei em entender que ele apenas me aprisionava em desnecessários cuidados.   Depois, acreditei que a fama seria o oráculo de uma …

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Primeiro, pensei que ter dinheiro seria o paraíso.

Mas não tardei em entender que ele apenas me aprisionava em desnecessários cuidados.

 

 

Primeiro, pensei que ter dinheiro seria o paraíso.

Mas não tardei em entender que ele apenas me aprisionava em desnecessários cuidados.

 

Depois, acreditei que a fama seria o oráculo de uma vivência festiva.

Mas, em pouco tempo, percebi que ela era um devaneio destemperado.

 

Posteriormente, imaginei que o poder seria a panaceia para minhas angústias.

Mas, rapidamente compreendi que ele era um cativeiro organizadamente libertino.

 

Em seguida, julguei que a justiça seria a balança que equilibraria minha caminhada.

Mas, instantaneamente, visualizei que ela tinha um viés deliberadamente condicionado.

 

Após, sonhei que uma companheira seria a fortuna que embelezaria minha essência.

Mas, velozmente, entendi que ela vinha com sua mísera bagagem de cobranças, demandas e insatisfações.

 

Então, por fim, apesar dos efêmeros e transitórios entusiasmos, alegrias e recompensas de todas as experiências, assim como suas tantas frustrações, dores e desilusões.

Entendi, finalmente compreendi, que somente o conhecimento, o amor incondicional e a verdade brindam ao ser humano um sereno, próspero e ascendente legado.

 

Ou seja, da ignorância às experiências.

Das experiências ao entendimento.

Do entendimento às lúcidas escolhas.

Das lúcidas escolhas à liberdade.

Da liberdade à serenidade.

Da serenidade ao amor.

Do amor ao viver plenamente.

Aqui e agora, plenamente vivo, em todas as experiências.

 

PS: Para citar este reflexivo Poema:

Cargnin dos Santos, Tadany. Andarilho descaminhado. Caminho Encontrado.

 

 

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Alegorias de gente https://redesina.com.br/alegorias-de-gente/ https://redesina.com.br/alegorias-de-gente/#respond Fri, 15 Dec 2023 12:09:23 +0000 https://redesina.com.br/?p=120369 Todos na mesma onda, humanos sobreviventes Um dia ela acordou pensando em liberdade Alguns na miséria, outros….     Todos na mesma onda, humanos sobreviventes Um dia ela acordou pensando em liberdade Alguns na miséria, outros descendentes Mas ela notou que ao seu redor havia muita maldade Muitos lúcidos, vários dementes Mas que tudo era …

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Todos na mesma onda, humanos sobreviventes

Um dia ela acordou pensando em liberdade

Alguns na miséria, outros….

 

 

Todos na mesma onda, humanos sobreviventes

Um dia ela acordou pensando em liberdade

Alguns na miséria, outros descendentes

Mas ela notou que ao seu redor havia muita maldade

Muitos lúcidos, vários dementes

Mas que tudo era questão de personalidade

Uns elevando-se, outros decadentes

Pois em essência existe a divindade

Alguns fervorosos, outros descrentes

Mesmo assim, havia também leviandade

Muitos tranquilos, vários impacientes

E o que ela mais queria era a serenidade

Uns foscos, outros fulgentes

Pois somente em pensar, sentia-se uma beldade

Alguns energia, outros entorpecentes

Que podiam ser vistas com doces olhos de sobriedade

Muitos transitórios, poucos permanentes

E ela queria ser sempre assim, desejos de longevidade

Uns modestos, vários prepotentes

Uma harmonia na luta entre crueldade e bondade

Alguns descaminhos, outros oriente

Visto que entendia o valor da fraternidade

Uns melifluentes, vários estridentes

Pois era detentora de uma intensa sensibilidade

Muitos compotas, poucos vertentes

Uma abundância essencial manifesta em sua totalidade

Ahh esse exuberante calidoscópio terrenal, alegorias de gente

De amor com o todo, brindando a vida com sua irrestrita lealdade.

 

PS: Para citar este Poema:

Cargnin dos Santos, Tadany. Alegorias de gente.

 

Se você deseja receber estes pensamentos e poemas diretamente no seu WhatsApp, envie uma mensagem para +91 9503299259 (Índia), que te adicionarei à lista (não é grupo).

 

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4 POEMAS DE ORLANDO FONSECA https://redesina.com.br/4-poemas-de-orlando-fonseca/ https://redesina.com.br/4-poemas-de-orlando-fonseca/#respond Mon, 20 Nov 2023 19:54:37 +0000 https://redesina.com.br/?p=120344   ESTADO DA ARTE (BÉLICA)   Diáspora Noite áspera: De onde viemos? Para onde vamos?   O clarão do míssil não esclarece, apenas estilhaça páginas da História. Incendeia manchetes dos jornais, (ob)escurecendo o hoje.   No fragor da batalha (das batalhas), a Humanidade caminha trôpega. Para onde? Para onde?     SOU DA PAZ   …

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ESTADO DA ARTE (BÉLICA)

 

Diáspora

Noite áspera:

De onde viemos?

Para onde vamos?

 

O clarão do míssil

não esclarece,

apenas estilhaça

páginas da História.

Incendeia manchetes

dos jornais, (ob)escurecendo

o hoje.

 

No fragor da batalha

(das batalhas),

a Humanidade

caminha trôpega.

Para onde? Para onde?

 

 

SOU DA PAZ

 

Não sou de levar

desaforos para casa.

Tampouco sou de lhes deixar

motivos por aí.

 

NADA PESSOAL

 

Se é para ter um

personal, que seja o

Fernando em Pessoa.

 

ESTRANHO

 

Por vezes penso em fazer coisas

das quais me arrependo em seguida.

Por vezes penso ter feito coisas

das quais me esqueci de

qualquer arrependimento.

Guardo na lembrança

um porém,

testemunho do que

teria sido após o que fiz,

como se não me importasse muito

se fiz ou deixei de fazer.

 

Vezes sem conta não entendo

porque fiz o que fiz,

ou disse o que disse,

ou não disse nada quando

devia ter dito –

uma ironia que fosse.

 

Me olho no espelho como

se fosse um outro que me examina

sem reservas, logo pela manhã.

Que me diz saber o que

não lembro ter sonhado,

dormi o que deveria ter vivido.

Mas eu pergunto: e daí?

 

Tenho sido demais o que antes

não pensava ter sido.

Tenho sido tantos que já

não sei dizer se sou o que era,

ou quem era o que sou.

Por mais estranho que pareça,

não me assusto com a surpresa

de ser apresentado ao que fui,

ao que sou, ao que teria sido.

 

Uma coisa posso lhes dizer

com certo prazer cultivado:

Sou o único estranho

que me levaria para casa

sem qualquer receio.

 

           

ORLANDO FONSECA

Orlando Fonseca nasceu em Santa Maria, em 7 de outubro de 1955. Professor Titular aposentado da UFSM, onde atuou por 31 anos, na área de produção textual nos Cursos de Comunicação Social e Letras. Doutor em Teoria da Literatura, pela PUCRS, 1997, e Mestre em Literatura Brasileira pela UFSM, 1991. Exerceu o cargo de Secretário da Cultura de Santa Maria, no período de 2001-2004; Pró-Reitor de Graduação na UFSM, 2010-2013. Patrono da Feira do Livro de Santa Maria em 2005. Cronista do Jornal Diário de Santa Maria e Site claudemirpereira.com.br. Presidente do Conselho Municipal de Política Cultural (CMPC – 2018-2019); Presidente do Coletivo Memória Ativa (2018-). Terá romance publicado pela parceria Rede Sina| Bestiário dia 6 novembro de 2023 no Mojju Gastro Pub.

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04/11 – 19h – LANÇAMENTO DO LIVRO “ENGASGOS” DE MEL INQUIETA EM PORTO ALEGRE https://redesina.com.br/04-11-19h-lancamento-do-livro-engasgos-de-mel-inquieta-em-porto-alegre/ https://redesina.com.br/04-11-19h-lancamento-do-livro-engasgos-de-mel-inquieta-em-porto-alegre/#respond Thu, 02 Nov 2023 19:51:19 +0000 https://redesina.com.br/?p=120257 “E no hiato de um grito, nasce um livro” LANÇAMENTO DO LIVRO “ENGASGOS” DE MEL INQUIETA ACONTECE SÁBADO DURANTE SARAU DE POESIA – 13ª SINA POÉTICA NO TABLADO ANDALUZ “E  no hiato de um grito, nasce um livro”, afirma Melina Guterres, jornalista, fundadora da Rede Sina, que estará lançando neste sábado, 04/11, seu primeiro livro …

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“E no hiato de um grito, nasce um livro”

LANÇAMENTO DO LIVRO “ENGASGOS” DE MEL INQUIETA ACONTECE SÁBADO DURANTE SARAU DE POESIA – 13ª SINA POÉTICA NO TABLADO ANDALUZ

“E  no hiato de um grito, nasce um livro”, afirma Melina Guterres, jornalista, fundadora da Rede Sina, que estará lançando neste sábado, 04/11, seu primeiro livro de poemas, no Tablado Andaluz, a partir das 19h durante a 13ª Sina Poética, sarau de poesia organizado pela autora. Durante o evento também estarão acontecendo lançamentos de livros de autores publicados pela parceria da Rede Sina com a editora Bestiário de Porto Alegre. O livro é o sexto da parceria que começou em abril deste ano.

Engasgos traz versos de protestos, chamados de “manifestos longe do oco” pela autora. O livro tem apresentação da Taiasmin Ohnmacht*. “Mel parece nos dizer que, para alcançar um final tranquilo, é preciso ser inquieta, pois há muita luta para quem tem por horizonte a igualdade e a justiça social. Engasgo traz um convite: sejamos flores, mas de aço”, diz.  Na orelha feita pela Mária Rita Py* ela lembra “no poema que dá nome à obra, a autora transborda indignação e empatia.(…). Nas dores de afro-brasileiras, de prostitutas, trans ou gays, exercita sabedoria”.

No posfácio do João do Corujão*, “Ouso dizer que Melina, tão afetuosa nas suas relações interpessoais, exercita o fazer poético com a mesma força de Conceição, Elisa Lucinda ou outras manas que fazem das suas palavras as potentes ferramentas para criar outros mundos possíveis, sem permitir que esqueçamos os horrores que clamam por justiça e mudanças de atitudes.”, afirma João.  E a Rozzi Brasil* que assina a contra-capa conclui. “Engasgos é um grito contra os preconceitos que aprisionam.

Mel Inquieta (Melina Guterres). Foto: Dartanhan Baldez Figueiredo

Mel conta que estava com outro livro quase pronto, quando decidiu que seu primeiro livro individual deveria trazer mais a voz das suas indignações.

“Parecia um erro começar de outra forma que não essa. Tem poemas de 2004 a 2023, quando consegui decidir que o foco estava mais nos protestos que propriamente nos versos, nasceu o livro”.

Sobre assinar com o nome artístico, ela diz que o nome nasceu em um momento de muita indignação, “então nada mais próprio que usar ele neste livro.”.  Melina também publica seus poemas na sua conta no instagram @poesiacommel . Outras atividades e escritos dela podem ser encontrados em: https://redesina.com.br/melinquieta/

Engasgos teve pré-lançamento na 12ª Sina Poética no dia 5//10, lançamento oficial em Santa Maria dia 25/10. O livro deve participar de uma série de circuitos e custa R$ 50,00.

O livro pode ser comprado em Porto Alegre dia 4/11 no Tablado Andaluz (dia do lançamento), na livraria Érico Veríssimo e no site da editora Bestiário em:https://www.bestiario.com.br/livros/engasgos.html

Instagram Poesia com Mel:

LEIA TAMBÉM: 
13ª SINA POÉTICA POA
SARAU DE POESIA REALIZADO PELA REDE SINA CHEGA EM PORTO ALEGRE
O sarau organizado pela Rede Sina desde 2018 em Santa Maria já teve edição no Rio de Janeiro e no próximo dia 4 chega a Porto Alegre, no Tablado Andaluz. Nele, além do tradicional microfone aberto para manifestações literárias e artísticas, acontecem os lançamentos dos livros publicados através da parceria Rede Sina e Editora Bestiário (de Porto Alegre) e mostra de arte com artistas de Porto Alegre, Santa Maria e Santiago.

04/11 – SÁBADO | 13ª SINA POÉTICA 

19h às 20h – Sessão de autógrafos com autores (Mel Inquieta Melina Guterres), Boca Migotto, Vitor Biasoli, Gabriel Araújo, Pitto Foliatti, Márcio Bernardes)

20h às 21h – Sarau de poesia Sina Poética / leitura de poemas Inscrições para recitar no local.  

21h – 21h30 – intervalo

21h30- 23h – Sarau de poesia, leitura de poemas e outras manifestações artísticas 

No Tablado Andaluz  (Av. Venâncio Aires 556ª. Cidade Baixa)
Entrada opcional (contribuição voluntária de 10 ou 5 reais)

Reservas:  51 99873-0809

LIVROS | saiba mais sobre as obras

Engasgos de Mel Inquieta/Melina Guterres (poesia)

A Última Praia do Brasil de Boca Migotto (romance)

Os Caminhos de Santa Teresa de Vitor Biasoli (romance)

Papá da Terra, Mamá da Água de Gabriel Araújo (poesia)

Crônicas dos Tempos da Peste de Márcio Bernardes (crônicas)

Textos Collhidos à Mão de Pitto Foliatti (poesia)

Mais informações em:
SARAU SINA POÉTICA EM POA:
_________

REDE SINA | BESTIÁRIO NA FEIRA DO LIVRO DE PORTO ALEGRE 

Nos dias 4 e 10 de novembro,  5 autores publicados, através da parceria da Rede Sina com a editora Bestiário, vão estar autografando suas obras na Praça dos Autógrafos na 69ª Feira do Livro de Porto Alegre.  Os livros podem ser adquiridos durante a Feira na banca Érico Veríssimo.

04/ 11 – sáb – 14h

Os Caminhos de Santa Teresa de Vitor Biasoli (romance)

Papá da Terra, Mamá da Água de Gabriel Araújo (poesia)

Crônicas dos Tempos da Peste de Márcio Bernardes (crônicas)

Textos Collhidos à Mão de Pitto Foliatti (poesia)

10/11 – sex – 19h

A Última Praia do Brasil de Boca Migotto (romance)

Todas as obras estão disponíveis na banca Érico Veríssimo.
O livro Engasgos não estava pronto a tempo de ser lançado na Feira deste ano, mas está sendo disponibilizado também na banca.

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25/10 – QUA – 18H30 | LANÇAMENTO DO LIVRO ENGASGOS DE MEL INQUIETA https://redesina.com.br/25-10-qua-18h30-lancamento-do-livro-engasgos-de-mel-inquieta/ https://redesina.com.br/25-10-qua-18h30-lancamento-do-livro-engasgos-de-mel-inquieta/#respond Sun, 22 Oct 2023 07:58:15 +0000 https://redesina.com.br/?p=120185 Na próxima quarta, dia 25, a partir das 18h30 no Mojju Gastro Pub (R. Duque de Caxias 927, entre Venâncio e Andradas) será lançado o livro de poemas “Engasgos” da Mel Inquieta (Melina Guterres), jornalista e fundadora da Rede Sina. O livro chamado pela autora de “Manifestos” traz versos/protestos.  O lançamento conta com mostra de …

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Na próxima quarta, dia 25, a partir das 18h30 no Mojju Gastro Pub (R. Duque de Caxias 927, entre Venâncio e Andradas) será lançado o livro de poemas “Engasgos” da Mel Inquieta (Melina Guterres), jornalista e fundadora da Rede Sina. O livro chamado pela autora de “Manifestos” traz versos/protestos.  O lançamento conta com mostra de arte, leituras dos poemas e show de Paola Mattos e Erick Côrrea. O restaurante ainda vai oferecer em seu cardápio uma nova opção o “Caldinho de Feijão da Mel Inquieta”, em homenagem a autora que gosta muito de caldos. As reservas podem ser feitas pelo whats 55991319422. A entrada gratuita até às 21h, após, couvert de R$ 8,00.

Engasgos é o sexto livro publicado através da parceria da Rede Sina com a editora Bestiário. Tem apresentação da Taiasmin Ohnmacht. “Mel parece nos dizer que, para alcançar um final tranquilo, é preciso ser inquieta, pois há muita luta para quem tem por horizonte a igualdade e a justiça social. Engasgo traz um convite: sejamos flores, mas de aço”, diz.  Na orelha feita pela Mária Rita Py ela lembra “no poema que dá nome à obra, a autora transborda indignação e empatia.(…). Nas dores de afro-brasileiras, de prostitutas, trans ou gays, exercita sabedoria”.

No pósfácio do João do Corujão, “Ouso dizer que Melina, tão afetuosa nas suas relações interpessoais, exercita o fazer poético com a mesma força de Conceição, Elisa Lucinda ou outras manas que fazem das suas palavras as potentes ferramentas para criar outros mundos possíveis, sem permitir que esqueçamos os horrores que clamam por justiça e mudanças de atitudes.”, afirma João.  E a Rozzi Brasil que assina a contra-capa conclui. “Engasgos é um grito contra os preconceitos que aprisionam.

Mel conta que estava com outro livro quase pronto, quando decidiu que seu primeiro livro individual deveria trazer mais a voz das suas indignações.

“Parecia um erro começar de outra forma que não essa. Tem poemas de 2005 à 2023, quando consegui decidir que o foco estava mais nos prostestos que propriamente nos versos, nasceu o livro”.

Sobre assinar com o nome artístico, ela diz que o nome nasceu em um momento de muita indignação, “então nada mais próprio que usar ele neste livro.”. Melina também publica seus poemas na sua conta no instagram @poesiacommel . Outras atividades e escritos dela podem ser encontrados em: https://redesina.com.br/melinquieta/ 

Engasgos teve pré-lançamento na 12ª Sina Poética no dia 5/10 e ttambém deve ser lançado em novembro em Porto Alegre e participar de uma série de circuitos (confira abaixo).

Para compras online basta acessar o site da editora Bestiário clicando aqui. 

25/10 – QUARTA-FEIRA – LANÇAMENTO EM SANTA MARIA

18h30 às 20h – Sessão de autógrafos
20h – Fala da autora. Espaço aberto: leituras dos poemas e comentários
21h às 23h – Show Paola Mattos e Erick Corrêa
No bar e restaurante Mojju Gastro Pub (R. Duque de Caxias 927, entre Venâncio e Andradas)
Entrada free até às 21h, após couvert R$ 8,00.

 

 

CIRCUITO ENGASGOS E OUTROS LIVROS DA PARCERIA REDE SINA/BESTIÁRIO:

Em Porto Alegre:
04/11 – 19h – 13ª SINA POÉTICA | TABLADO ANDALUZ (sarau e banca) | Av. Venâncio Aires 556ª. Cidade Baixa
10/11 – 14h – Instituto Caldeira.

Em Santa Maria:
24/11 – 14ª Sina Poética Orgulho Negro | Boteco da Maré | Visconde de Pelotas, 984
08/12 – sexta -19h – Atêlie da Gare | GARE
12/12 – terça – 19h – 15ª SINA POÉTICA | especial autores Sina/Bestiário com leitura dramáticas | Mojju Gastro Pub | Duque de Caxias, 927 |
18/12 – seg – 19h – Confraria Gastro beer | Bozzano, 695 |
22/12 – sex – 199 – Easy Going | R. Duque de Caxias, 984

DEPOIMENTOS COMPLETOS SOBRE O LIVRO EM:

LIVRO: ENGASGOS DE MEL INQUIETA

 

 

 

COMPRAS ONLINE EM:

https://bestiario.com.br/livros/engasgos.html

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LIVRO: ENGASGOS DE MEL INQUIETA https://redesina.com.br/livro-engasgos-de-mel-inquieta/ https://redesina.com.br/livro-engasgos-de-mel-inquieta/#comments Wed, 27 Sep 2023 03:29:26 +0000 https://redesina.com.br/?p=120060 SINOPSE: Engasgos é dividido em três partes onde os temas sociais se transformam em versos/manifestos. A primeira parte traz temas e referências a determinadas pessoas ou situação política do país. Na segunda parte, a abordagem é a arte, artistas suas esperanças, ruínas e resistência. Na terceira parte, a autora reflete sobre o universo feminino, suas …

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SINOPSE:

Engasgos é dividido em três partes onde os temas sociais se transformam em versos/manifestos. A primeira parte traz temas e referências a determinadas pessoas ou situação política do país. Na segunda parte, a abordagem é a arte, artistas suas esperanças, ruínas e resistência. Na terceira parte, a autora reflete sobre o universo feminino, suas dores e lutas. Engasgos é um livro de poemas, “manifestos longe do oco”.

SOBRE A AUTORA: 

Melina Guterres (Mel Inquieta),  nasceu em 27 de setembro de 1982 em Santa Maria-RS. É formada em jornalismo pela Universidade Franciscana-UFN. Já morou na Bahia, Pará. Rio de Janeiro, Sâo Paulo. Trabalhou para Uol, Folha de São Paulo, Estadão, Revista Istoé.  É fundadora e CEO da Rede Sina.  Engasgos é seu primeiro livro individual. Mais sobre ela em: https://redesina.com.br/melinaguterres/

Formato: 14 x 21 cm.
Páginas: 78
Gênero: Poesia brasileira
Publicação: Bestiário, Rede Sina. 2023
ISBN ‎978-65-6056-006-2
Pré-venda: R$ 40,00

Engasgos é o sexto livro da parceria da Rede Sina com a editora Bestiário

Compre online em: https://bestiario.com.br/livros/engasgos.html

 

LANÇAMENTOS:

Pré-lançamento em:

05/10/2023

05/10 – QUI – 19H30 | 12ª SINA POÉTICA

O QUE DIZ QUEM JÁ LEU ENGASGOS

A POESIA INQUIETA DE MELINA GUTERRES

Engasgos é o livro de estreia da poeta Melina Guterres, mas não se trata de uma artista iniciante. Mel Inquieta, nome artístico, é figura cultural bastante atuante no Rio Grande do Sul, e especialmente na região de Santa Maria. Organizadora de saraus e presença frequente no cenário literário, ela também é roteirista e diretora de produções audiovisuais.

Jornalista, criadora do site cultual Rede Sina, Mel exerce o ofício da palavra a partir da escolha por uma arte afetada pela pólis, pelo estar no mundo desde o lugar de divergência, daquelas a quem o reconhecimento é negado, que são silenciadas, invisibilizadas.

Engasgos traz o testemunho da poeta que faz de sua voz a voz de muitas, e, de seus poemas, instrumento singular e coletivo. Engasgo não é um título qualquer, à medida em que vamos avançando na leitura, identificamos em seus versos aquilo que também não pudemos dizer, o que foi chocante demais para escutar, as palavras que faltaram, pois o universo lírico-político que a autora compartilha é matéria comum a nossas existências.

Poemas-denúncia, poemas-manifesto, poemas-políticos, a poetisa se coloca como leitora-tradutora sensível do tempo em que vive e que lhe atravessa o corpo.

Não sou mulher do teu tempo

Temos séculos de distância

E o meu peito

Aprendeu a fazer do mau tempo

Um século por segundo

Melina possui uma atuação profissional reconhecida para além da região Sul e, atenta às artimanhas do poder, não permite aos leitores fechar os olhos e ouvidos à violência que permeia o espaço social, oferecendo a sua poesia como linguagem corte, limite àqueles que devoram corpos, sobretudo os femininos. Do início ao fim, o livro parece gritar um de seus versos: Chega de Silêncios. Assim, Melina se põe a falar e põe a falar outras palavras, outros dizeres, outros modos de estar no mundo.

Os poemas do livro reivindicam, protestam e denunciam, não só isso, mas também fazem algo mais: sonham. Conforme vamos percorrendo suas páginas, Engasgos vai transmutando revolta em esperança por um novo mundo corporificado a partir dos feminismos de todas as cores e origens.

Quero ver em mim crescer um novo país

Mel parece nos dizer que, para alcançar um final tranquilo, é preciso ser inquieta, pois há muita luta para quem tem por horizonte a igualdade e a justiça social.

Engasgo traz um convite: sejamos flores, mas de aço.

Taiasmin escreve o prefácio de Engasgos

Taiasmin Ohnmacht

Taiasmin Ohnmacht, é psicóloga e psicanalista, entre outros trabalhos, publicou o romance Vozes de Retratos Íntimos (Taverna), romance que em 2022 foi vencedor na categoria Narrativa Longa, do prêmio AGES e do prêmio Açorianos, também finalista nos prêmios Jabuti, São Paulo de Literatura e Academia Rio-grandense de Letras.

ENGASGADO

Após a leitura destes poemas, é evidente que não posso me alongar, pois sei que todos eles estão reverberando em sua cabeça e em seu coração.

Pablo Neruda diz em “Confesso que vivi” que um ser humano é resultado das circunstâncias em que vive.

Melina escreve como quem clama na praça pública, na ágora contemporânea, contra as injustiças e crueldades do nosso tempo, especialmente, nos recentes seis anos de obscurantismo vividos por nós no território brasileiro.

Os algozes e verdugos não se intimidaram nem à luz do sol ou ao silêncio da madrugada, mas, como já dizia o poeta Carlos Assumpção do alto dos seus noventa e quatro anos, os poetas não se calam. Frente ao horror e ao inominável, os poemas gritam, denunciam e protestam, mesmo que os engasgos possam surpreender durante as leituras ou declamações.

A candura de Conceição Evaristo torna-se um petardo quando confrontada com o racismo, a misoginia, a homofobia ou tantas práticas do terror praticadas contra a diversidade social e cultural. Ouso dizer que Melina, tão afetuosa nas suas relações interpessoais, exercita o fazer poético com a mesma força de Conceição, Elisa Lucinda ou outras manas que fazem das suas palavras as potentes ferramentas para criar outros mundos possíveis, sem permitir que esqueçamos os horrores que clamam por justiça e mudanças de atitudes.

Melina, obrigado pelos seus poemas. Seguiremos juntos e, mesmo nos engasgando, as nossas vozes não serão silenciadas.  Protestaremos!

João do Corujão escreve o posfácio de Engasgos

João Luiz de Souza (João do Corujão)

Curador do Corujão da Poesia, movimento poético criado em 2005 e que promove saraus semanais desde então.

Engasgos não oferece espaço para melancolias ou desistências.

Poemas onde se encontram cada um dos marginalizados, brasileiros e brasileiras açoitados pelos estereótipos, forjados pelos preconceitos. Marginais.

Surpreenda-se!

Engasgos são gritos, murmúrios inconformados.

Análises ora de dentro, às vezes de fora, de quem por empatia ou por lugar de fala sofre sem se deixar vencer

pela acomodação com que incomoda.

Engasgos é um grito contra os preconceitos que aprisionam.

Rozzi Brasil escreve a contra-capa de Engasgos

Rozzi Brasil

Professora, produtora, cineasta, compositora, escritora ativista antirrascista. Autora do livro “Histórias da Cabrochinha” sobre violência contra mulheres negras” e do curta “Procuram-se Mulheres” sobre mulheres compositoras do samba.

Mel, Melina, menina, mulher que nos presenteia com Engasgos. Pura preciosidade! A autora espelha a dura realidade que está a nos desafiar no dia a dia. Projeta estranhas figuras, o cenário nebuloso coberto de brumas, sombreado de árvores e aves em voo errante. Ao firmar o olhar, desenha a imagem de uma amazona alada, chega cirandando versos, clama por justiça, revisita a cidade e honra partidas e despedidas.

No poema que dá nome à obra, a autora transborda indignação e empatia. Faltou ar, sentiu fome, cuspiu fogo, engasgou-se com os 80 tiros contra Evaldo, com as balas perdidas de Ágatas e Joãos. Na esquina, estendidas no chão estão Carol, Mônica, Verônica. Nas dores de afro-brasileiras, de prostitutas, trans ou gays, exercita sabedoria. O poema engasgou-se, morreu na censura da arte, nos cortes da educação, na reforma da previdência.

Melina escolhe a militância em versos de denúncia e de esperança. Vencendo as brumas, a amazona alada chega: Veni, vidi, vici: POETA!

Mel Poeta! Melina Poeta!

Maria Rita escreve a orelha de Engasgos

Maria Rita Py Dutra

Professora aposentada, alfabetizadora, pedagoga, escritora e poeta, militante do Movimento Social Negro.

 

Compre com desconto na pré-venda em: https://bestiario.com.br/livros/engasgos.html

 

 

 

 

 

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